Éder Souza
20/07/2024 09:48 - Atualizado em 20/07/2024 09:48
Obras do Terminal da Baixada (Fotos: Genilson Pessanha)
Obras do Terminal da Baixada (Fotos: Genilson Pessanha)
Obras do Terminal da Baixada (Fotos: Genilson Pessanha)
Os terminais de integração dos ônibus de Campos que estão sendo construídos pela Prefeitura ainda estão longe de serem colocados como parte do novo sistema de transporte público do município. A nova previsão é que os pontos, que são divididos em três regiões da cidade — Estação da Baixada Campista, em Donana; Estação Norte, no Parque Nova Canaã; e Estação Sul, em Ururaí —, só devem ficar prontos no primeiro quadrimestre de 2025, segundo informou o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT). Em outubro de 2023, o presidente do órgão, Nelson Godá, disse à Folha que a entrega seria no início de 2024 (aqui), o que não vai mais acontecer.
— A de Ururaí, por atender a uma demanda da população, teve seu local alterado da praça da localidade para a estrada do Araçá, para inclusive se integrar a outros equipamentos públicos como a Vila Olímpica e a Unidade de Saúde na mesma localidade. Estamos aguardando autorização da licença ambiental para início das obras. Sendo assim a previsão para a entrega das três estações fica prevista para o início de 2024, dado que precisamos ter as três unidades prontas para a reformulação do sistema de forma integrada — informou Nelson Godá na reportagem de outubro de 2023.
Em nota divulgada nesta semana, o IMTT informou que as Estações da Baixada e Norte já estão na fase de conclusão e a Estação de Ururaí segue com as obras em andamento, com previsão de conclusão em novembro. A efetivação da operação do sistema deverá ser feita até o primeiro quadrimestre do próximo ano.
“Antes, o IMTT irá proceder com a elaboração dos termos de referência para contratação de pessoal e equipamentos necessários para operação das estações”, disse o órgão.
Aguardando por melhorias no transporte público, moradores de localidades da Baixada Campistas contam com as vans para transitar entre a região e o Centro. O aposentado José Venâncio, que é morador de Donana, acredita que os terminais vão prejudicar ainda mais, já que haverá troca entre os ônibus por parte dos passageiros.
José Venâncio, morador de Donana
/
Foto: Genilson Pessanha
“De transporte, o que tem são as vans, né, porque tiraram os ônibus. E acaba demorando para chegar também. Então, o problema é esse. O terminal vai prejudicar mais o povo de cá, que mora aqui e que vai para a cidade. Tem que vir parar aqui, pegar outro coletivo e depois poder ir para o Centro”, analisou o aposentado.
Também de Donana, Valéria Gomes diz que está na expectativa para o funcionamento do terminal. Ela explica que o sistema vai acelerar a chegada ao trabalho, já que as vans são cheias e os ônibus cabem mais passageiros.
Valéria, passageira de Donana
/
Foto: Genilson Pessanha
“As pessoas têm muita dificuldade de chegar até o trabalho. Nós quase não vemos ônibus circulando, são mais vans e as vans passam muito cheias. Nem todo mundo consegue pegar a van e chegar a tempo para o trabalho. Está bem difícil. A expectativa é de que com o terminal melhore. É o que a população espera, que melhore, porque está bem complicado.
O modelo a ser aplicado em Campos nem é novidade, já que, no governo do ex-prefeito Rafael Diniz (Cidadania), chegou a ser colocado em prática, apesar de ter gerado críticas por conta de terminais improvisados e sem estrutura, sendo pontos questionados pela atual gestão.
Terminais ainda em obras (Fotos: Genilson Pessanha)
Terminais ainda em obras (Fotos: Genilson Pessanha)
Terminais ainda em obras (Fotos: Genilson Pessanha)
Orçadas em cerca de R$ 15 milhões, a Prefeitura explica que as obras estão atrasadas em função das mudanças climáticas, da necessidade de ampliação e desapropriação de algumas áreas e mudança do local de Ururaí, na qual foi necessária, por exemplo, a requisição de licenças ambientais.
O modelo a ser aplicado em Campos nem é novidade, já que, no governo do ex-prefeito Rafael Diniz (Cidadania), chegou a ser colocado em prática, apesar de ter gerado críticas por conta de terminais improvisados e sem estrutura, sendo pontos questionados pela atual gestão.
