Situação de passarelas na RJ 216 traz riscos para população
Yasmim Lima - Atualizado em 29/06/2024 08:35
Passarela de Donana até hoje não foi reconstruída - Foto: Rodrigo Silveira
Passarela de Donana até hoje não foi reconstruída - Foto: Rodrigo Silveira
Há mais de um ano os moradores de Donana, na Baixada Campista reclamam da passarela da ponte que passa pelo Canal de Coqueiros, na RJ 216, em Donana, na Baixada Campista, que caiu no dia 6 de novembro de 2022 e até hoje não foi reconstruída. Enquanto isso, os moradores da região se arriscam para atravessar no movimento intenso da rodovia estadual. A passarela estava interditada desde setembro do mesmo ano e caiu após apresentar rachaduras.
Em fevereiro do ano passado, uma equipe do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ), órgão do Governo do Estadual responsável pela manutenção destes equipamentos, esteve na ponte e retirou a estrutura que havia caído, porém desde então nada foi feito. Em agosto do mesmo ano, o DER havia informado que o trecho estava em fase de licitação, o que continua até o momento.
“O processo licitatório está em fase interna para a realização de ajustes e análise do projeto. O trecho conta hoje com 14 radares, 40 quebra-molas e 10 traffic calming, que são medidas para orientar os pedestres em áreas muito movimentadas”, disse o DER.
Os moradores da região que reclamam da situação que se arrasta há anos. Eles têm que se arriscar e passar pelo mesmo local em que há um fluxo intenso de carros e caminhões, sem contar na estrutura de segurança na lateral da ponte que está instável.
Do lado contrário de onde a passarela caiu, existe outra estrutura, que é recomendável para pedestres e ciclistas passaram, porém, segundo os moradores, é difícil atravessar para o outro lado da rodovia.
“Se uma criança, um adulto, ou até um idoso, passar por aqui e usar essa barra lateral, vai para dentro do rio. Está tudo balançando. Quem passa por aqui é sempre esse sofrimento. Essa passarela deveria ser feita urgentemente. Quando queremos passar por aqui, temos que atravessar para o outro lado, ir para a outra mão, para não passar por aqui, onde a passarela caiu, mais é difícil fazer isso nesse movimento intenso. O adulto que passa por aqui sabe se virar, mas se uma criança passar, o risco de cair é maior”, contou a moradora Joana da Silva.
Para o comerciante Pelé Santos, que passar pelo local, o perigo e os transtornos são diários e a falta de ação dos governantes põem toda a população em risco.
“Estamos correndo muito risco. Para passar por aqui, ou atravessamos para o outro lado da pista, para depois voltar para sua mão novamente, ou você se arrisca e anda junto com o fluxo dos carros. Além disso, o suporte da ponte, o corrimão de segurança, está tudo folgado. Aqui neste trecho as pessoas quase passam por cima das outras, porque não tem espaço e nossos governantes não tomam conta disso. Parece que estão esperando uma tragédia acontecer para consertar”, relatou o comerciante.
Passarela Imperial
Outro problema é a passarela do bairro Parque Imperial, que desde que foi construída, não foi utilizada. Existe um impasse entre a Prefeitura de Campos e o Departamento de Estradas e Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ), que há anos não reforma a estrutura. E, com isso, os moradores assistem a plataforma, feita com investimentos públicos, acabar com o tempo. As placas de metal da passarela foram furtadas e o mato na cabeceira só cresce. A alternativa que a população tem, para chegar ao outro lado, é atravessar a rodovia utilizando o canteiro lateral.
O mato e o lixo na cabeceira da passarela cresce - Foto: Rodrigo Silveira
O mato e o lixo na cabeceira da passarela cresce - Foto: Rodrigo Silveira
O aposentado Jonathan Ribeiro, morador do bairro, contou que para atravessar, ele precisa cruzar a rodovia e passar pela ciclovia, onde o trânsito de bicicletas também é constante.
“Não dá para atravessar por essa passarela aqui, as placas da subida da passarela foram roubadas, e do outro lado está um matagal, então não temos como passar por ela. E, para falar a verdade, ela não faz falta. Desde que ela foi feita, nunca foi usada. A alternativa que nós temos é atravessar a pista. Temos que dar uma volta enorme, passar por essa ciclovia e dividir espaço com os ciclistas, para conseguir acessar o outro lado”.
De acordo com o DER a passarela foi instalada no bairro, pela Prefeitura de Campos, mas que o departamento irá avaliar as condições da estrutura.
“A estrutura foi instalada pela prefeitura de Campos por meio de convênio. O DER abriu processo para avaliar as condições da passarela, incluindo análise da sua estrutura e estudo de viabilidade de implantação de outros dispositivos de travessia no local”.
Até o momento a Prefeitura de Campos não respondeu a demanda.

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