RJ 238, a Estrada dos Ceramistas, segue com obras paralisadas
Ingrid Silva - Atualizado em 12/06/2024 01:06
Estrada dos Ceramistas com obras ainda paralisadas
Estrada dos Ceramistas com obras ainda paralisadas / Genilson Pessanha
A RJ 238, conhecida como Estrada dos Ceramistas, segue com as obras paralisadas e de acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), sem previsão de retorno. O projeto passa por readequação. Enquanto isso, com o trajeto desviado para a Avenida Arthur Bernardes - que está absorvendo todo o trânsito pesado a caminho do Porto do Açu e da Baixada Campista, motoristas e moradores reclamam do caos instalado.

Na terça-feira (11), o caminhoneiro Gilvan Gomes, que transporta tijolos, disse que a obra está demorando. Segundo ele, passa por avenidas movimentadas, como a 28 de Março e a Arthur Bernardes, e a dificuldade é grande.

“Essa obra (na Estrada dos Ceramistas) está demorando demais. Nós dependemos dela. Eu passo pela 28 de Março e o trânsito é horrível para caminhão, principalmente. Essa demora na entrega da obra da Estrada dos Ceramistas atrapalha o nosso trabalho por causa do trânsito e da população também”, disse Gilvan.
Genilson Pessanha


Já outro caminhoneiro, Cássio Antônio, lembrou do aumento no trajeto. Para ele, o caos tomou as principais vias da cidade com o fechamento para essa obra da Estrada dos Ceramistas. Ele ressalta que além do trajeto estar mais demorado, ele consegue entender que existem riscos para as outras pessoas que trafegam nas vias, além de que a atenção precisa estar redobrada, principalmente, na Arthur Bernardes com os pedestres e os ciclistas. “O trânsito pesado está passando por dentro da cidade. Nada, nada, demora uma hora a mais para a gente chegar à BR 101. Já o trajeto pela Ceramistas é de 15 minutos”, ressalta.

O motorista tem consciência de que passar com caminhão pesado pelo centro da cidade não é bom por causa dos carros pequenos, dos pedestre e dos ciclista. “A gente tem que sair mais cedo de casa. O desejo é que essa obra seja finalizada o mais rápido”, completa Cássio.

O engarrafamento no cruzamento entre as avenidas Arthur Bernardes e a José Alves de Azevedo tem sido diário, tirando a paciência dos motoristas.
Caminhoneiro Gilvan Gomes
Caminhoneiro Gilvan Gomes / Genilson Pessanha


Caminhoneiro Cássio Antônio
Caminhoneiro Cássio Antônio / Genilson Pessanha
O motorista Roberto Ferreira, que estava enfrentando o engarrafamento na área, também na terça-feira, falou sobre a urgência da conclusão das obras na Estrada dos Ceramistas. “A gente espera que depois da obra melhore, né? Do jeito que tá aí, tá difícil. Tem que passar por dentro da cidade, trânsito do caramba. É muito difícil para nós que mexemos com caminhão. Ninguém aguenta mais. Olha aí, o trânsito que a gente vai pegar”, disse Roberto apontando a fila de carros que tinha pela frente.
Genilson Pessanha
Quando questionado sobre cronograma das obras, o DER-RJ informou que no momento “a obra da Estrada dos Ceramistas passa por adequação do projeto. A via permanece interditada até a conclusão da obra. O cronograma será divulgado assim que os ajustes ao projeto forem concluídos”, diz trecho da nota.
Genilson Pessanha


Iniciada em novembro do ano passado, a obra, orçada no valor de R$ 55 milhões, tinha prazo de oito meses, como informado em agosto de 2023. De acordo com o Diário Oficial publicado, as obras seriam para implantação, recuperação do pavimento, terraplanagem, drenagem e sinalização para o acesso ao Porto do Açu através da RJ 238 à BR 101, de Ponta da Lama até o Parque Santa Maria, em Campos. Contudo, até então, as obras seguem paralisadas por conta de um processo de readequação do projeto, segundo nota do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). A situação acontece desde janeiro deste ano, sobrecarregando o fluxo de veículos pesados, principalmente, na avenida Arthur Bernardes.
Genilson Pessanha




Interdição — Em maio de 2022, parte da RJ 238 foi fechada para reforma na ponte sobre o canal de Tocos. A liberação do trecho ocorreu quase cinco meses depois. A rodovia também ficou interditada em dezembro de 2022, por conta de alagamento na pista, em consequência das chuvas no período.
A estrada é o principal acesso para caminhões que saem do Porto do Açu, em São João da Barra, em direção à BR 101 e também para os caminhões que transportam tijolos das cerâmicas na Baixada Campista. 

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