Lesões encontradas no corpo da menina Sofia foram causadas enquanto ela estava viva
Dora Paula Paes 21/03/2024 17:31 - Atualizado em 21/03/2024 18:14
O corpo de Sofia foi encontrado nesta segunda-feira (11)
O corpo de Sofia foi encontrado nesta segunda-feira (11) / Foto: Reprodução
O laudo de necropsia do corpo da pequena Sofia da Silva Santos, de 6 anos, foi divulgado nesta tarde de quinta-feira (21) pelo delegado titular da 146ª DP de Guarus, Carlos Augusto Guimarães, que investiga o caso. De acordo com os exames, a morte da criança foi causada por hemorragia intracraniana, consequente ao traumatismo cranioencefálico, produzida por ação contundente (que poderia ser um ferro, pau, punho, pancada). "As lesões foram causadas com a vítima ainda viva", informou o delegado, com base nos exames.

O laudo pericial do local, já divulgado anteriormente, na terça-feira (19), confirma que a pequena Sofia também foi vítima de abuso sexual. Quanto à violência sexual, Carlos Augusto explica que foram colhidos swabs oral, sugungueal, vaginal e anal para posterior análise de DNA. O intervalo entre a morte e a data da perícia (no dia 12 de março) foi estimado de 2 a 3 dias.
Sofia, de 6 anos, foi encontrada morta (Foto: Rodrigo Silveira)
Sofia, de 6 anos, foi encontrada morta (Foto: Rodrigo Silveira)


O corpo de Sofia foi deixado na calçada de uma residência, no dia 11 de março, no Parque Cidade Luz, em Campos, no dia seguinte ao seu desaparecimento. No mesmo dia, um homem suspeito do crime, identificado como Rayan, que seria vizinho da família da menina, foi assassinado após o "julgamento do tráfico local". A Polícia Civil ainda aguarda o laudo de necropsia do corpo de Rayan. No laudo da perícia do local, ele foi morto a tiros.
Inicialmente, o corpo de Sofia teria sido enterrado em uma área de lama e, posteriormente, deixado em uma calçada, pelo assassino. A menina vestia as mesmas roupas de quando desapareceu. A polícia chegou a encontrar um pedaço queimado de um vestido infantil, de cor azul, no quintal em frente à casa de Rayan, mas de acordo com Carlos Augusto, em princípio a peça não seria dela.
A mãe e o padrasto, que já disseram à polícia que conheciam Rayan, e teriam bebido com ele na noite anterior ao desaparecimento, já foram ouvidos.
As autoridades policiais seguem com a investigação e, momentaneamente, ainda sem descartar motivações e participação de terceiros na morte da criança.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS