Corpo da menina Sofia é sepultado e polícia não descarta nenhuma linha de investigação
Dora Paula Paes 12/03/2024 17:31 - Atualizado em 13/03/2024 19:17
 
O sepultamento aconteceu no cemitério do Caju
O sepultamento aconteceu no cemitério do Caju / Foto: Phelipe Soares/ Inter TV
O corpo da menina Sofia da Silva Santos, 6 anos, foi sepultado na tarde desta terça-feira (12), no cemitério do Caju, em Campos. Sofia foi vítima de um crime bárbaro e as flores em rosa e branco coroaram seus sonhos não realizados. Ela foi dada como desaparecida na tarde de domingo (11), mas na segunda-feira (12), seu corpo sem vida, ainda com resquício de lama nos dedos à mostra por debaixo do lençol branco, foi deixado em calçada, no Parque Cidade Luz, em Guarus. A investigação aponta que Sofia da Silva Santos foi estuprada e assassinada por um vizinho da família. Rayan Pierre Coimbra Ressiguier, suspeito de ter violentado e matado a criança, foi morto a pauladas por integrantes do tráfico de drogas. Antes de morrer, o próprio homem teria sido obrigado a buscar o corpo da menina que ele havia enterrado na lama em uma área do bairro.
Nessa terça (12), familiares da menor estiveram no Instituto Médico Legal (IML) para acompanhar trâmites para liberação do corpo da menina, que apresentava indícios de estupro e traumatismo cranioencefálico. Abalada, Sariana da Silva Oliveira, mãe de Sofia, contou que ficou desesperada com o sumiço da filha. Segundo ela, no domingo pediu ao seu filho para que colocasse Sofia para dentro de casa, porém ele não achou mais a irmã.
Familiares de Sofia foram ao IML
Familiares de Sofia foram ao IML / Ingrid Silva
"Eu falei com o Gabriel, que é meu filho, para ver a Sofia e colocar ela para dentro porque já estava passando da hora. Só que ele não conseguiu achar ela. Aí eu peguei e fiquei desesperada. Saí de casa, fiquei procurando até 1h da manhã e nada. As pessoas também me ajudaram a procurar minha filha, aí acharam a sandália dela. Enterraram minha filha. Fizeram uma cova, estupraram e botaram minha filha dentro de uma cova", relatou a mãe.

Sobre o suspeito de ter cometido o crime, Sariana comentou que ele era um conhecido da família. "Eu nem imaginaria que fosse ele não. Conhecia a família dele, sim", disse.


O caso
Segundo as informações preliminares da investigação da 146ª DP, a mãe da menina procurou a delegacia na segunda-feira para relatar o sumiço da criança. À Civil, ela contou que a menina disse que iria na casa de uma coleguinha no mesmo bairro. Mas, por volta das 17h de domingo, a mãe da referida coleguinha informou à mãe de Sofia que a menina não esteve em sua casa.
Sofia, de 7 anos, foi encontrada morta (Foto: Rodrigo Silveira)
Sofia, de 7 anos, foi encontrada morta (Foto: Rodrigo Silveira)


Após iniciarem buscas por Sofia, vizinhos encontraram o par de sandálias da garota em um matagal conhecido como Granja, por volta das 11h de segunda-feira. Ainda de acordo com a 146ª DP, Sofia costumava brincar em frente à casa do suspeito. Ele, de acordo com a Polícia Civil, havia passado a madrugada de sábado (9) para domingo (10) consumindo bebida alcoólica com o padrasto da criança.
O delegado titular da 146ª DP (Guarus), Carlos Augusto Guimarães, disse que policiais estão em diligências para apurar o caso. "Até o momento não há novas informações sobre o caso da criança assassinada", disse. De acordo com ele, nenhuma linha de investigação está descartada e ainda aguarda o resultado dos laudos dos exames periciais. Foi realizada a colheita de material biológico de ambos para verificação de possível abuso sexual, além de laudos de exame dos locais onde os corpos foram encontrados.
 

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