Denúncia de extorsão a comerciantes no Farol leva à apreensão de drogas
Catarine Barreto - Atualizado em 20/12/2023 10:16
Material apreendido em Farol de São Thomé
Material apreendido em Farol de São Thomé / Divulgação/ PM
Após mais uma denúncia sobre extorsão a comerciantes na Baixada Campista, a Polícia Militar apreendeu, na manhã dessa terça-feira (19), na praia de Farol de São Thomé, 3 kg de maconha em tabletes, pinos de cocaína e material para endolação, em um terreno localizado na rua camarão, na Vila dos Pescadores. Ninguém foi preso.
Recentemente, a Polícia Civil, junto ao Ministério Público e PM, realizou uma operação na Baixada para desarticular uma espécie de “milícia privada”. O grupo investigado faz parte do tráfico de drogas e age oferecendo segurança a empresários, ceramistas e comerciantes da região, implantando o serviço paramilitar para que as terras, empresas e propriedades não sejam invadidas ou assaltadas. Para que isso não aconteça, “era necessário pagamento religioso aos criminosos”, segundo a investigação.
Segundo informações passadas pela PM, no caso dessa terça, os militares receberam denúncias de que comerciantes estariam sofrendo o crime de extorsão por parte de traficantes da região e que o um dos suspeitos também estaria armazenando drogas em um terreno próximo a sua residência.

  Os policiais então foram até o endereço e durante buscas no terreno, encontraram 3kg de maconha, 424 buhcas da mesma droga, 42 pinos de cocaína, 2 mil sacolés para endolação, uma faca e uma balança. O material foi levado para a 134ª Delegacia de Polícia (Centro), onde o caso foi registrado. Ainda não há confirmação da extorsão, segundo a PM.
 Operação contra milícia na Baixada Campista
A Polícia Civil fez uma operação na manhã da última quinta-feira (14) para desarticular uma espécie de “milícia privada” na Baixada Campista. A ação teve início às 05h30 da manhã e contou com a participação da Polícia Militar, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio, e da Guarda Civil Municipal.
Segundo a delegada Natalia Patrão, titular da 134ª DP e que coordenou a operação, o grupo investigado faz parte do tráfico de drogas e age oferecendo segurança a empresários, ceramistas e comerciantes da região, implantando o serviço paramilitar para que as terras, empresas e propriedades não sejam invadidas ou assaltadas. Para que isso não aconteça, “era necessário pagamento religioso aos criminosos”, segundo a investigação.
A operação acontece na região de Tócos, na Baixada Campista, no Açu, em São João da Barra, e também na penitenciária Bangu 4, lugar em que Fernando Silva Balbinot, conhecido como “Fernandinho”, chefe do tráfico de drogas da Baixada Campista estava preso. Ele foi transferido para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e também para um presídio federal, que ainda não teve o nome divulgado. Em conjunto com a corregedoria e o serviço de inteligência da Seap, a Polícia Civil conseguiu apreender dois aparelhos telefônicos na penitenciária.
Um outro integrante do grupo também foi preso dois dias depois no Açu.

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