Polícia Civil realiza operação para desarticular espécie de milícia na Baixada Campista
A Polícia Civil fez uma operação na manhã desta quinta-feira (14) para desarticular uma espécie de “milícia privada” na Baixada Campista. A ação teve início às 05h30 da manhã e contou com a participação da Polícia Militar, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio, e da Guarda Civil Municipal.
Segundo a delegada Natalia Patrão, titular da 134ª DP e que coordenou a operação, o grupo investigado faz parte do tráfico de drogas e age oferecendo segurança a empresários, ceramistas e comerciantes da região, implantando o serviço paramilitar para que as terras, empresas e propriedades não sejam invadidas ou assaltadas. Para que isso não aconteça, “era necessário pagamento religioso aos criminosos”, segundo a investigação.
A operação acontece na região de Tócos, na Baixada Campista, no Açu, em São João da Barra, e também na penitenciária Bangu 4, lugar em que Fernando Silva Balbinot, conhecido como “Fernandinho”, chefe do tráfico de drogas da Baixada Campista estava preso. Ele foi transferido para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e também para um presídio federal, que ainda não teve o nome divulgado. Em conjunto com a corregedoria e o serviço de inteligência da Seap, a Polícia Civil conseguiu apreender dois aparelhos telefônicos na penitenciária.
Ao todo, 7 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão a seriam cumpridos, mas apenas os celulares em Bangu foram apreendidos e ninguém foi preso. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Campos. Os alvos foram denunciados pelo GAECO/MPRJ pelos crimes de extorsão qualificada, associação criminosa, coação no curso do processo e associação para o tráfico de drogas.
O histórico de "Balbinot", o traficante chefe da milícia da Baixada Campista
O narcotraficante está preso desde 2018, em Bangu IV, por comandar o tráfico de drogas nos bairros Donana, Nova Goytacazes, Baixa Grande, Tocos, Casinhas do Açu, Marreca e Babosa. De acordo com o GAECO/MPRJ, Fernando continua comandando a organização criminosa de dentro do presídio, inclusive extorquindo empresários, produtores rurais e ceramistas locais, por meio de ligações e chamadas de vídeo.
Com informações das assessorias