PF investiga desvios de recursos de projetos de assistência social no RJ
Confiança na justiça
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20) a Operação Sétimo Mandamento, para investigar os crimes de organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre os anos 2017 e 2020. Um dos alvos da operação é o irmão de criação do governador do Rio, Cláudio Castro, Vinícius Sarciá Rocha.
O pai de Cláudio Castro se casou com a mãe de Vinícius, o que leva os dois a ter uma relação de irmão. O governador não foi alvo das buscas desta quarta-feira, mas também está sendo investigado pela PF. Segundo a colunista de O Globo, Malu Gaspar, Castro teve os sigilos telemático, fiscal e bancário quebrados por autorização do ministro do Superior Tribunal de Justiça Raul Araújo, no âmbito do inquérito.
Estão sendo cumpridos, nesta quarta, três mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STJ, na cidade do Rio de Janeiro. Policiais federais cumprem ainda sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e seis medidas de afastamento de sigilo telemático.
De acordo com as investigações, a organização criminosa penetrou nos setores públicos assistenciais sociais no âmbito do estado do Rio de Janeiro e realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de "propinas" aos envolvidos nos esquemas criminosos.
O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada.
Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões. As investigações seguem em sigilo, segundo a PF.
Estão sendo cumpridos, nesta quarta, três mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STJ, na cidade do Rio de Janeiro. Policiais federais cumprem ainda sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e seis medidas de afastamento de sigilo telemático.
De acordo com as investigações, a organização criminosa penetrou nos setores públicos assistenciais sociais no âmbito do estado do Rio de Janeiro e realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de "propinas" aos envolvidos nos esquemas criminosos.
O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada.
Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões. As investigações seguem em sigilo, segundo a PF.
Na casa de Sarciá Rocha, a PF apreendeu R$ 128 mil e US$ 7.535 em dinheiro vivo. Foram encontradas também anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens. A Folha ainda não conseguiu o acesso à defesa de Sarciá.
Confiança na justiça
O governo do Rio sustentou, em nota, que Cláudio Castro é investigado desde 2019 e que a operação não traz nenhum elemento novo. De acordo com o texto, o governador mantém sua confiança plena na justiça brasileira.
"Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente", indica a nota.
"Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente", indica a nota.