Campista atrai curiosos com pesca magnética no rio Paraíba do Sul
Que peixe, que nada. A pesca magnética no Rio Paraíba do Sul, em Campos, é a forma de relaxar encontrada por Niltinho do Mercado, como prefere ser chamado. Niltinho há três meses escolheu um trecho na Ponte Barcelos Martins, a Ponte de Ferro, para jogar seu ímã e esperar pela surpresa. No período, o que chama atenção é a quantidade de moedas datadas de 1987 e 1988, no valor de 10 Cruzados. Ele já conseguiu tirar das águas do Paraíba cerca de 13 quilos dessas moedas.
Essa moeda foi criada no Brasil pelo Plano Cruzado, como parte de um pacote de medidas para tentar conter a inflação, mas que perdeu o valor com o Plano Verão que instituiu o Cruzado Novo, em 1989.
Comunicativo e alegre, ele se mostra disposto a falar da sua experiência de pescador magnético com quem para no local e para pela simples curiosidade, segundo Niltinho essa tem sido sua terapia,pelo menos quatro dias na semana. "Venho e passo a tarde aqui na ponte. Escolhi esse trecho pela Segurança, já que o policiamento é constante, e acabei ficando. Além de que é raro eu jogar o ímã e não subir moedas. Sempre me pergunto quem as perdeu", diz.
Sem vocação para anzol e iscas, Niltinho não quer saber nada de peixe.Ele conta que viu na internet vídeos de pesca magnética e se interessou. Não perdeu tempo e o passo seguinte foi comprar o ímã, que é amarrado a uma corda com comprimento suficiente para chegar ao fundo do rio. O lançamento da peça na água também necessita de certa habilidade e força, além de cuidado com segurança.
- Gosto da expectativa do que vou conseguir resgatar a cada jogada do ímã. As moedas estou guardando, já tenho até compradores, mas não quero vendê-las. Também já tirei uma bicicleta, facas e outras peças de metal; algumas deixo aqui para o pessoal do reciclável - destaca Niltinho que como todo pescador tem sempre uma história e brinca: "Isso aqui está sendo meu passatempo, meu momento de descanso. Se ficar em casa, minha mulher é igual ao Alexandre de Moraes (Ministro do Supremo Tribunal Federal ) tá sempre mandando fazer alguma coisa".
Sua diversão também ganhou espaço nas redes sociais. Niltinho, quando os curiosos se avolumam, passa o seu endereço eletrônico no Instagram, por onde, segundo ele, tem registrado a experiência e pretende atrair seguidores. A maior parte das perguntas dos curiosos de plantão é: "Você ganha o quê com isso?". "Minha resposta é sempre descanso, mas vá que eu encontre um tesouro", conclui.