Em janeiro deste ano a ANVISA publicou a aprovação do uso de semaglutida no tratamento da obesidade e foi prontamente adotada nas clínicas voltadas ao combate da doença no Brasil. 

Em outros países como o Canadá, o seu uso já era autorizado há bem mais tempo (cerca de 12 anos) para esse fim.

A semaglutida, assim como outros fármacos da mesma linha, simula a ação do GLP-1, um hormônio produzido no trato digestório, que dentre outros efeitos, atrasa a passagem do alimento pelo estômago, resultando em redução importante do apetite.

O problema é que após alguns anos do seu uso contra a obesidade (a finalidade inicial seria o tratamento do diabetes) surgiram vários casos de efeitos colaterais, que podem ser considerados graves.

Pacientes que fizeram uso do medicamento por mais de seis meses tem apresentado quadros de gastroparesia, uma espécie de paralisia do estômago, além de vômitos recorrentes (Vômitos cíclicos).  

A Sociedade Americana de Anestesiologistas publicou um comunicado recomendando aos pacientes que suspendam o uso de 7 a 10 dias antes de cirurgias, pois há o riso de vômito de alimentos durante as cirurgias, mesmo com o jejum pré-operatório...

Regurgitar sob efeito de anestésicos pode causar aspiração de ácido gástrico e alimentos pré-digeridos para os pulmôes, com consequências que podem incluir a morte.

POr outro lado, os fabricantes do medicamento alegam que os casos graves são raros e que o efeito colateral "estômago lento" está descrito na bula...