Após badernas e brigas na Pelinca, Ordem Pública notifica mais de 10 proprietários de bares para apresentação de documentos
Éder Souza - Atualizado em 12/08/2023 09:45
Fiscais na Pelinca
Fiscais na Pelinca / Foto: Divulgação
Mais de 10 proprietários de bares e restaurantes da região da Pelinca, área nobre, comercial e de vida noturna de Campos, foram notificados pela Secretaria de Ordem Pública após um episódio em que um homem foi espancado por outros homens em frente à um bar. O caso aconteceu no final do mês de julho. No meio da confusão, que acontece de forma frequente aos finais de semana, estão os moradores que convivem com a baderna generalizada. Com isso, o vereador Raphael Thuin (PTB) entrou com um pedido de abertura de ação civil pública no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.


Os fiscais da Ordem Pública distribuíram no período noturno as notificações aos donos dos estabelecimentos. Eles receberam a obrigatoriedade de apresentar, no prazo de dez dias úteis, uma série de documentos atualizados como: o alvará de funcionamento 2023, o certificado do Corpo de Bombeiros, a licença da vigilância sanitária e o projeto acústico apresentando ART. (anotação de responsabilidade técnica). Segundo a prefeitura, todos os documentos exigidos já fazem parte da rotina dos bares e restaurantes. A proposta é que todos atendam às exigências do Código de Posturas para que possam garantir o ordenamento desta área da cidade.


O bairro da Pelinca faz parte de uma área nobre da cidade, sendo uma referência comercial, residência e de entretenimento, já que possui diversos bares, boates e restaurantes. Muitas vezes as confusões acontecem já na madrugada, na saída destes locais. Segundo o vereador Raphael Thuin, o bairro sofre há anos com barulho e baderna de pessoas que invadem as ruas no entorno, tirando o sossego dos moradores.
Thuin recorreu ao Ministério Público
Thuin recorreu ao Ministério Público / Divulgação


Thuin destacou que é a favor do comércio e da geração de empregos, desde que as regras e as leis sejam respeitadas. Ele disse que acredita que os episódios de desordem acontecem fora dos estabelecimentos comerciais.
"Os moradores do bairro vêm sofrendo há anos com a desordem, som alto e brigas principalmente nos finais de semana. Há tempos venho denunciando e pedindo providências à Prefeitura, para restaurar a ordem pública na avenida Pelinca e adjacências. Como não houve qualquer ação definitiva, que coíba os atos de vandalismo e violência recorrentes na região, protocolei ontem (quarta-feira), fui obrigado a tomar essa decisão, já que recebo inúmeros pedidos de moradores. Quero deixar claro que não sou contra o desenvolvimento econômico dos bares, restaurantes e boates, mas é necessário que haja um equilíbrio, onde todos sejam respeitados. Não podemos continuar vendo vídeos como esses que circulam, mostrando brigas e até mesmo homicídios na avenida Pelinca" destacou.
Sobre o pedido de abertura de investigação feito pelo parlamentar, o MPRJ não tinha se pronunciado até o fechamento desta edição. 
Casos recentes 
Último caso aconteceu no dia 29 de julho
Último caso aconteceu no dia 29 de julho / Foto: Reprodução
Na noite do 29 de julho, uma briga foi registrada em vídeo que viralizou nas redes sociais. As imagens mostraram pelo menos quatro homens brigando. Um deles foi atingido por socos e chutes, mesmo quando já estava caído no chão. Até uma mesa foi usada para bater na cabeça do homem. Ao tentar levantar por diversas vezes, ele volta a cair devido às agressões.
Já no dia 2 de julho, mais um episódio de baderna foi registrado. Em vídeo gravado por moradores foi possível escutar um som alto na rua e uma concentração de pessoas no cruzamento da avenida Pelinca com a rua Mariano de Brito. No vídeo uma pessoa narra que a bagunça acontece por volta das 4h.
Em ambos os casos, a Prefeitura chegou a informar que segue realizando a operação Choque de Ordem na região da Pelinca e em outros pontos da cidade, com atuação intensificada e ininterrupta no período noturno, em conjunto com a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar.
Já a PM informou que o comando do 8° Batalhão de Polícia Militar (BPM) emprega policiamento na região com equipes em viaturas, em motopatrulhas e com policiais em reforço através do Regime adicional de Serviço (RAS). Os policiais realizam abordagens sistematicamente e cumprem roteiros ostensivos e de baseamento definidos estrategicamente.

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