Caravana fortalece municípios na tentativa de fortalecer o PT
Para além da Caravana
A escolha do Rio de Janeiro para sediar a 2ª edição da Caravana Federativa tem um simbolismo para além de marcar, no estado, a presença da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, representada por André Ceciliano (PT), integrante do “núcleo duro” do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No combo, vem também a inegável tentativa do Partido dos Trabalhadores de fortalecer suas relações com municípios fluminenses de olho também nas eleições de 2024 com reflexos a 2026, justamente para reconquistar um espaço que perdeu massivamente para o bolsonarismo.
A escolha do Rio de Janeiro para sediar a 2ª edição da Caravana Federativa tem um simbolismo para além de marcar, no estado, a presença da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, representada por André Ceciliano (PT), integrante do “núcleo duro” do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No combo, vem também a inegável tentativa do Partido dos Trabalhadores de fortalecer suas relações com municípios fluminenses de olho também nas eleições de 2024 com reflexos a 2026, justamente para reconquistar um espaço que perdeu massivamente para o bolsonarismo.
“A eleição acabou”
Iniciada pela Bahia, reduto tradicionalmente petista, a Caravana terá sua próxima parada nos dias 19 e 20 de outubro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, outro estado onde a esquerda não tem muita vez. Com a presença de vários prefeitos e outros representantes do Norte e Noroeste Fluminense — como mostra reportagem na página 11 da edição da Folha deste sábado —, a Caravana Federativa foi aberta na última quinta (28) por Ceciliano, o governador Cláudio Castro (PL) e o prefeito Eduardo Paes (PSD) com discursos pacificadores de que é necessário, independentemente das posições políticas, reconstruir o diálogo. “A eleição acabou. Não importa também onde estaremos na próxima eleição. Estamos juntos em nome da população”, declarou o governador.
Iniciada pela Bahia, reduto tradicionalmente petista, a Caravana terá sua próxima parada nos dias 19 e 20 de outubro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, outro estado onde a esquerda não tem muita vez. Com a presença de vários prefeitos e outros representantes do Norte e Noroeste Fluminense — como mostra reportagem na página 11 da edição da Folha deste sábado —, a Caravana Federativa foi aberta na última quinta (28) por Ceciliano, o governador Cláudio Castro (PL) e o prefeito Eduardo Paes (PSD) com discursos pacificadores de que é necessário, independentemente das posições políticas, reconstruir o diálogo. “A eleição acabou. Não importa também onde estaremos na próxima eleição. Estamos juntos em nome da população”, declarou o governador.
No Folha no Ar
O tom dado por Castro foi o mesmo adiantado por Ceciliano ao participar do Folha no Ar, na Folha FM 98,3, na última segunda-feira (25). “É a volta da relação federativa, coisa que nos últimos quatro anos nós não tivemos (...) O presidente Lula determinou que a gente tenha o mesmo atendimento para qualquer governador, seja do PL, do PT, do MDB, do PSD, sem olhar para a eleição passada. É olhar para frente, para o futuro, e fazer o melhor, porque lá na ponta está a população, está o cidadão. Essa é a determinação, e esse é o nosso estilo: tentar conversar com todo mundo, tentar o entendimento, tentar ir para frente”, ressaltou o secretário.
O tom dado por Castro foi o mesmo adiantado por Ceciliano ao participar do Folha no Ar, na Folha FM 98,3, na última segunda-feira (25). “É a volta da relação federativa, coisa que nos últimos quatro anos nós não tivemos (...) O presidente Lula determinou que a gente tenha o mesmo atendimento para qualquer governador, seja do PL, do PT, do MDB, do PSD, sem olhar para a eleição passada. É olhar para frente, para o futuro, e fazer o melhor, porque lá na ponta está a população, está o cidadão. Essa é a determinação, e esse é o nosso estilo: tentar conversar com todo mundo, tentar o entendimento, tentar ir para frente”, ressaltou o secretário.
Nomes a 2024
Também no programa, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) não escondeu as pretensões do PT no território fluminense já para as eleições do próximo ano, principalmente na capital, onde a reeleição de Eduardo Paes (PSD), com o apoio petista, desenharia também um cenário favorável à disputa de 2026. “O presidente é grato ao Paes pela eleição do ano passado. Você vai construindo uma eleição olhando para outra. Na eleição de 2024, a exemplo do Paes, que está olhando (2026), nós também estaremos olhando. Você não tem que estar sempre do lado que vai ganhar. Você precisa construir. E nós sabemos que o PT vai melhorar muito no estado. Vamos ter candidatos competitivos e ter alianças em todo o RJ”.
Também no programa, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) não escondeu as pretensões do PT no território fluminense já para as eleições do próximo ano, principalmente na capital, onde a reeleição de Eduardo Paes (PSD), com o apoio petista, desenharia também um cenário favorável à disputa de 2026. “O presidente é grato ao Paes pela eleição do ano passado. Você vai construindo uma eleição olhando para outra. Na eleição de 2024, a exemplo do Paes, que está olhando (2026), nós também estaremos olhando. Você não tem que estar sempre do lado que vai ganhar. Você precisa construir. E nós sabemos que o PT vai melhorar muito no estado. Vamos ter candidatos competitivos e ter alianças em todo o RJ”.
PT x PL
O maior adversário partidário será o PL, reduto bolsonarista, inclusive em Paracambi-RJ, onde Ceciliano já pavimenta o nome do seu filho, o deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT), como possível prefeitável em 2024. Em Campos, apesar de o prefeito Wladimir Garotinho ter escolhido o PP, já tem apoio declarado do PL nacional. Sem contar a boa relação que tem com o governador, também do PL, e com os senadores do RJ, que são do mesmo partido: Carlos Portinho, Flávio Bolsonaro e Romário.
O maior adversário partidário será o PL, reduto bolsonarista, inclusive em Paracambi-RJ, onde Ceciliano já pavimenta o nome do seu filho, o deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT), como possível prefeitável em 2024. Em Campos, apesar de o prefeito Wladimir Garotinho ter escolhido o PP, já tem apoio declarado do PL nacional. Sem contar a boa relação que tem com o governador, também do PL, e com os senadores do RJ, que são do mesmo partido: Carlos Portinho, Flávio Bolsonaro e Romário.
Senado
Os três senadores estão empenhados para aprovar um projeto de Wladimir, apresentado quando deputado federal, pela abrangência do benefício Garantia-Safra a 22 municípios do estado, além de criar o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Norte e do Noroeste Fluminense. O que representaria para o PL na região um grande ganho eleitoral. Há cerca de um mês, esteve em Brasília, onde foi recebido não só pelos senadores do PL para pedir apoio a seu projeto, mas também, separadamente, com Ceciliano, e o deputado federal Lindbergh Farias (PT). Bem avaliado em pesquisas para 2024, Wladimir é apontado por aliados e também por adversários pelo seu poder de articulação com diferentes grupos.
Os três senadores estão empenhados para aprovar um projeto de Wladimir, apresentado quando deputado federal, pela abrangência do benefício Garantia-Safra a 22 municípios do estado, além de criar o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Norte e do Noroeste Fluminense. O que representaria para o PL na região um grande ganho eleitoral. Há cerca de um mês, esteve em Brasília, onde foi recebido não só pelos senadores do PL para pedir apoio a seu projeto, mas também, separadamente, com Ceciliano, e o deputado federal Lindbergh Farias (PT). Bem avaliado em pesquisas para 2024, Wladimir é apontado por aliados e também por adversários pelo seu poder de articulação com diferentes grupos.
Diálogo
Apesar de o Partido dos Trabalhadores ser o único que já sinalizou uma possível candidatura à disputa direta com Wladimir em 2024, com a sugestão do nome do professor Jefferson Manhães feita por Lindbergh e Ceciliano, o prefeito tem tentado, neste caso, evitar grandes conflitos. “É assim que se faz política, dialogando com todo mundo”, destacou o prefeito quando esteve em Brasília. Recentemente, o prefeito gravou um vídeo em defesa da Petrobras ao lado de Jefferson e outros petistas. Na Caravana dessa quinta, também fez questão de reforçar a boa relação com o secretário de Lula. “Estou aqui prestigiando o meu grande amigo André Ceciliano, nessa Caravana Federativa”, disse.
Apesar de o Partido dos Trabalhadores ser o único que já sinalizou uma possível candidatura à disputa direta com Wladimir em 2024, com a sugestão do nome do professor Jefferson Manhães feita por Lindbergh e Ceciliano, o prefeito tem tentado, neste caso, evitar grandes conflitos. “É assim que se faz política, dialogando com todo mundo”, destacou o prefeito quando esteve em Brasília. Recentemente, o prefeito gravou um vídeo em defesa da Petrobras ao lado de Jefferson e outros petistas. Na Caravana dessa quinta, também fez questão de reforçar a boa relação com o secretário de Lula. “Estou aqui prestigiando o meu grande amigo André Ceciliano, nessa Caravana Federativa”, disse.
Sem decolar
A Azul Linhas Aéreas anunciou nessa sexta-feira (29) que, devido às restrições de capacidade operacional impostas no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, se viu obrigada a fazer mudanças na operação de voos diretos na cidade. Com isso, a partir deste domingo (1º), a empresa suspenderá os voos diretos que partem do Santos Dumont para Campos (RJ), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Seguro (BA) e Vitória (ES). Não é de hoje que alertas vêm sendo feitos por entidades em Campos sobre o desmonte aéreo, que apequena a importância do município que é a “capital” do Norte Fluminense.
A Azul Linhas Aéreas anunciou nessa sexta-feira (29) que, devido às restrições de capacidade operacional impostas no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, se viu obrigada a fazer mudanças na operação de voos diretos na cidade. Com isso, a partir deste domingo (1º), a empresa suspenderá os voos diretos que partem do Santos Dumont para Campos (RJ), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Seguro (BA) e Vitória (ES). Não é de hoje que alertas vêm sendo feitos por entidades em Campos sobre o desmonte aéreo, que apequena a importância do município que é a “capital” do Norte Fluminense.