Chequinho: réus comparecem à audiência
Suzy Monteiro 27/03/2017 21:40 - Atualizado em 29/03/2017 12:43
Rodrigo Silveira
Audiência Chequinho / Rodrigo Silveira
Oito testemunhas foram ouvidas, nesta segunda-feira, no Fórum Maria Tereza Gusmão de Andrade, dentro da Ação Penal que tem como réus os vereadores eleitos e não diplomados Ozéias (PSDB), Miguelito (PSL), a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social Ana Alice Alvarenga e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch. Ao contrário das audiências das ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), os réus compareceram, cumprindo o que foi determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ano passado, quando transformou a prisão dos quatro em medidas cautelares. Já para esta terça-feira está marcada a audiência da Aije principal, que tem como réus a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR), os candidatos apoiados pelo seu grupo político à sua sucessão, o ex-vice-prefeito Dr Chicão (PR) e o ex-vereador Mauro Silva (PSDB), além de Ana Alice e Gisele.
No total, foram convocadas 36 testemunhas. Porém, quatro acabaram dispensadas pelo juiz Ralph Manhães antes mesmo do início da audiência, que ocorreu na sala de 2ª Vara de Família, como a de Anthony Garotinho (PR), em 20 de fevereiro. Das 32 testemunhas restantes, até as 19h duas haviam sido ouvidas e começava o depoimento da terceira. Pouco depois, as demais foram liberadas, ficando mais seis para prestarem depoimentos. Até o fechamento desta edição a audiência não havia acabado.
A primeira foi a radialista Beth Megafone, que chegou acompanhada de escolta. Seu depoimento iniciou às 14h30 e só terminou às 17h30.
Do lado de fora da sala estavam Ozéias e Miguelito, com assessores, além de Ana Alice, acompanhada do marido, e Gisele Koch. O advogado de defesa Fernando Fernandes por algumas vezes deixou a sala para conversar com os clientes. Ele chegou a falar que eles poderiam ir embora, mas depois pediu que entrassem na sala para acompanhar a audiência.
Os quatro foram presos ano passado. Ozéias foi o primeiro, no final de agosto, em Travessão. Sua prisão, de acordo com a Polícia Federal, desencadeou a operação Chequinho. Depois foram presas Ana Alice e Gisele, em setembro, e Miguelito, em outubro, quando também voltou a ser preso Ozéias.
Ministra Lóssio deixa TSE no mês de maio
A ministra Luciana Lóssio deixa o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 10 de maio, quando conclui seu mandato.
Lóssio é velha conhecida dos campistas: É relatora de quase todos os processos relacionados ao município e foi determinante, ano passado, nos recursos do caso Chequinho que chegaram ao TSE.
Foram dela as decisões que resultaram na libertação dos então vereadores Ozéias, Miguelito, Thiago Virgílio e Kellinho, além de Ana Alice Alvarenga (Ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social) e Gisele Koch (ex-coordenadora do Cheque), Linda Mara Silva, entre outros. Eles haviam sido presos durante a operação, tiveram pedido de liberdade negado em 1ª e 2ª instância, mas obtiveram resposta positiva no TSE.
Também foi uma decisão de Luciana Lóssio que retirou o marido da então prefeita Rosinha de Bangu e determinou sua transferência para um hospital particular, onde passaria por uma cirurgia para colocação de stent e, depois, para prisão domiciliar.
Antes dela deixa o TSE o ministro Henrique Neves, dia 16 de abril. No lugar de Neves será indicado pelo presidente Temer o jurista Admar Gonzaga.
Para a vaga de Luciana, o indicado deverá ser o ministro substituto Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, que, assim como Gonzaga, também integrará uma lista tríplice a ser encaminhada pelo STF.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS