O sistema de voto em lista fechada estará no relatório sobre reforma política na Câmara Federal. A afirmação é do deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da proposta. Se as mudanças ocorrerem, já a partir do próximo ano, a eleição correria através de listas, chamadas de pré-ordenadas, onde o eleitor votará de acordo com uma relação de candidatos apresentada pelo partido. O voto irá diretamente para o partido elegendo os candidatos da lista determinada pela legenda. Atualmente o voto é no candidato.
O deputado – que defenderá, também, o financiamento público para as eleições de 2018 – propõe que esse modelo seja de transição e vigore até as eleições de 2022. Pela proposta do relator, a partir de 2026, as eleições poderiam ocorrer de acordo com o sistema distrital misto, como o que é adotado na Alemanha. Como o modelo alemão é considerado complexo, por dividir o voto em distritos e listas fechadas, Vicente Cândido disse que é preciso mais tempo para ser implantado no Brasil, de forma a se adaptar à realidade do país.
— Não tem um sistema perfeito. Nós vamos escolher, talvez, aquele mais adequado para este momento, com o roteiro de que podemos adotar outro sistema brevemente. Estou propondo a adoção da lista fechada para 2018, 20 e 22 —, disse o relator. A partir de 2026, pode-se experimentar aqui o sistema alemão adaptado às condições brasileiras - acrescentou
O relator disse que as críticas ao sistema de lista fechada são naturais e admitiu que o modelo diminui a possibilidade de renovação dos parlamentares no Congresso. Contudo, ele argumentou que, apesar das limitações, a lista fechada é um sistema melhor que o atual, principalmente no que diz respeito à forma de financiamento. (S.M.) (A.N.)