Inquérito contra Padilha autorizado
16/03/2017 09:20 - Atualizado em 16/03/2017 09:22
Eliseu Padilha será investigado por crime ambiental
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou nessa quarta (15) abertura de inquérito para apurar se o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha cometeu crime ambiental na construção de um canal de drenagem no Rio Grande do Sul. A decisão aconteceu no dia seguinte à entrega da lista do procurador geral da República Rodrigo Janot ao STF com 83 pedidos de abertura de inquérito com base nos acordos de delação premiada firmados com 77 executivos da Odebrecht, dentro da operação Lava Jato.
A empresa Girassol Reflorestamento, da qual Padilha é um dos sócios, construiu um canal de drenagem no Balneário Dunas Altas, em Palmares do Sul (RS), área de preservação permanente: “Apurou-se que Eliseu Padilha está entre os sócios da Girassol Reflorestamento, e ainda que constava nas proximidades da intervenção irregular uma placa com os dizeres ‘Fazenda Giriva - Posse de Eliseu Padilha’”, informou o pedido feito pela PGR em fevereiro.
A investigação aponta que a construção “trata-se de intervenção irregular, não licenciada, em área de preservação, de importância muito alta, conforme indicado pelo Ministério do Meio Ambiente”.
De acordo com a PGR, “a abertura do canal e a deposição do material resultaram na alteração dos ambientes naturais existentes no local em uma faixa de cerca de 7 metros de largura e uma extensão de 4.450 metros”.
Nomes - A nova lista de Janot atingiu em cheio a cúpula do governo e do Congresso e caciques dos três maiores partidos do país. Nela constam nomes como o senador Aécio Neves (PSDB), os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff (PT), o presidente Michel Temer (PMDB), cinco ministros e outros 46 parlamentares. (S.M.) (A.N.)

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