Arnaldo Neto
14/03/2017 08:00 - Atualizado em 15/03/2017 13:05
A Justiça Eleitoral dá continuidade ao julgamento dos acusados de envolvimento no que foi classificado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) como o “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos. Nesta terça (14), a audiência de instrução e julgamento tem como réu Carlos Alberto Canaã. Primeiro suplente do PTC, ele assumiu uma cadeira na atual legislatura no lugar de Thiago Virgílio (PTC), que, por decisão da Justiça em ação penal originada das investigações da Chequinho, não chegou a ser diplomado. Até o momento, 12 réus nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) foram julgados. Os onze eleitos que tiveram audiências realizadas em novembro do ano passado foram condenados. Na última sexta, foi julgado Geraldinho de Santa Cruz (PSDB), suplente que assumiu nas mesmas condições de Canaã, pela não diplomação de Ozéias (PSDB). A sequência de julgamentos segue até 30 de junho (como pode ser conferido abaixo).
A audiência de instrução e julgamento de Carlinhos Canaã estava prevista, inicialmente, para o dia 30 de maio. No entanto, o juiz Eron Simas, responsável pelas ações, antecipou o julgamento, uma vez que o réu passou a exercer o cargo de vereador. A postura foi a mesma adotada com Geraldinho, que, como quase todos os julgados até o momento, à exceção de Vinicius Madureira (PRP), não compareceu à audiência.
Em recente declaração à Folha, Carlos Alberto Canaã disse que é inocente e que “tem fé no resultado da Justiça”.
Ainda neste mês, no dia 24, acontecerá a audiência da Aije principal, que tem como réus a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR), a ex-coordenadora do Cheque Cidadão Gisele Koch, a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social Ana Alice Ribeiro, além de Dr. Chicão (PR) e Mauro Silva (PSDB), candidatos a prefeito e vice com o apoio da máquina no último pleito, que não foram eleitos.
Foram condenados em primeira instância e já apresentaram recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) os réus Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Ozéias, Roberto Pinto (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Thiago Virgílio e Vinicius Madureira. Eles estão inelegíveis por oito anos e tiveram cassados os diplomas. Após trânsito em julgado, os votos serão anulados. Além de Ozéias e Virgílio, Rangel, Kellinho, Linda Mara, Miguelito e Ozéias não foram diplomados.