Dora Paula Paes
13/03/2017 22:13 - Atualizado em 14/03/2017 14:40
O prefeito Rafael Diniz se colocou à disposição para ouvir as sugestões e também críticas dos comerciantes que integram a diretoria da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, na desta segunda-feira. O grupo foi pego de surpresa com o volume de informações que tiveram acesso na reunião e do caos administrativo encontrado pela gestão que completa, nesta terça-feira, 74 dias.
“Tivemos avanços, mas as dificuldades são maiores que imaginávamos. A sociedade é imediatista, sou tranquilo, podem vir cobranças, mas, agora, temos que desarmar bombas que nos deixaram”, disse o prefeito, se referindo à dívida de R$ 121 milhões, uma prefeitura que custa R$ 142 milhões e arrecada R$ 95 milhões por mês. De interesse do comércio e indústria, o prefeito pontuou que um grupo de trabalho interno está em ação em relação ao Código Tributário do município, que será debatido com a sociedade e com a Câmara Municipal.
O presidente da CDL, Joilson Barcelos, acompanhou atentamente a explanação didática do secretário de Transparência, Felipe Quintanilha, e chegou a propor a criação de um comitê com a participação de outras entidades e da Câmara Municipal para a elaboração do orçamento municipal, no qual o prefeito concordou. Essa contribuição poderá ser a partir dos próximos orçamentos, já que o de 2017, no valor de R$ 1.5 milhão, elaborado pela gestão passada, está perdido.
Os empresários também querem mais agilidade por parte da secretaria de Fazenda, em suas demandas, como a presença de um fiscal, para o andamento dos processos. “Sabemos da burocracia operacional da secretaria, que conta com seis fiscais. É preciso realizar concurso público, mas sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas estamos prontos para receber a demanda de todos”, disse o secretário de Fazenda, Leonardo Wigand.
— Já conseguimos reduzir os custos em R$ 20 milhões. Pagamos os servidores em dia. Estamos focando a saúde completamente sucateada, negociando dívidas — disse o prefeito, destacando outros problemas encontrados como a possibilidade do aeroporto Bartolomeu Lisandro parar no dia 29 de março, por uma dívida do município de R$ 4,5 milhões.