Suzy Monteiro
14/02/2017 22:19 - Atualizado em 16/02/2017 12:21
A Câmara de Campos abre nesta quarta-feira, às 17h, o ano legislativo de 2017. A presença do prefeito Rafael Diniz (PPS) é esperada para a primeira sessão do ano. Uma das prioridades para este ano é a convocação dos aprovados no concurso de 2012, como afirmou o presidente da Casa, Marcão Gomes (Rede), que participou nesta terça do programa Panorama Continental, apresentado por Cláudio Nogueira. Apesar de o governo ter ampla maioria — 17 vereadores, de acordo com Marcão — a oposição promete “fazer barulho”.
A possibilidade de convocação dos aprovados no concurso de 2012 tem sido debatida mesmo durante o recesso.
— Conversei com a Procuradoria do Legislativo e a determinação é para que tire todos os entraves desses processos (dos aprovados no concurso e que tentaram a convocação por meio judicial). Será feito, também, estudo de impacto financeiro para trazer a legalidade desse processo. Estamos tentando fazer o saneamento dessa situação para convocar os aprovados — afirmou o presidente no programa, apresentado pelo radialista Cláudio Nogueira.
Marcão explicou que alguns projetos já entrarão em deliberação, mas todos eles têm que ser encaminhados para as comissões, antes de serem postos em votação.
Falando pela oposição, apesar de ainda não ser o líder oficial, o vereador Thiago Ferrugem (PR) afirmou, em entrevista à Folha, que quer fazer valer seu papel de fiscalizar o governo e garantiu que votará a favor de projetos que beneficiem a população: “Não faremos oposição cega. Jamais atuaria contra a cidade em que eu vivo e crio meu filho”, disse.
Ferrugem acredita, também, que no primeiro semestre, o número de vereadores na oposição, que hoje ele acredita que está entre cinco e oito vereadores, deve aumentar: “Mas este número tende a aumentar. E logo”, aposta. Ferrugem afirma esperar, ainda, que o governo, e a própria Câmara olhem para frente: “A Casa não pode ser palanque político do que já passou. É preciso olhar para frente”, destaca o vereador.
Incerteza — Dos 25 eleitos em 2016, 11 foram condenados no caso do Chequinho, que investigou uso político do Cheque Cidadão. Dos 11, seis não chegaram nem a ser diplomados. No lugar deles, tomaram posse os suplentes. Os vereadores condenados estão tentando reverter o quadro nas instâncias superiores, mas até agora sem resultado positivo.