Atingida pela forte recessão que atinge o país, a relação emprego-desemprego fechou 2016 com a marca do fechamento de grande número de postos de trabalho com carteira assinada. Segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nessa sexta, no ano passado, as demissões superaram as contratações em 1,32 milhão de vagas formais.
Mesmo sendo o segundo pior ano de toda a série histórica, 2016 apresentou uma melhora, se comparado com 2015, quando 1,54 milhão de brasileiros perderam o emprego.
O país fechou o ano de 2016 com um estoque de 38,371 milhões de empregos formais existentes. Esse é o estoque mais baixo desde o final de 2011, quando 38.296 milhões de pessoas ocupavam empregos com carteira assinada no país.
Somente em dezembro, as demissões superaram as contratações em 462.366 vagas com carteira assinada. O fechamento de postos foi menor que o registrado no mesmo mês de 2015, quando 596.208 pessoas perderam o emprego. Dezembro é tradicionalmente um mês que registra demissões.
De acordo com os números do governo, todos os setores da economia fecharam vagas no ano passado. O setor de serviços foi o que mais cortou empregos: 390.109. Em segundo lugar ficou a construção civil, com 358.679. Em terceiro lugar aparece a indústria de transformação, com 322.526 demissões em 2016, seguida pelo comércio, com 204.373 mil.
Segundo o ministério do Trabalho, os estados com maior estoque de empregos formais foram os que mais registraram demissões no ano passado: São Paulo (159.280), Minas Gerais (51.823), Rio de Janeiro (39.846), Paraná (30.457) e Santa Catarina (26.329).