Entre março e julho, FGTS inativo liberado
20/01/2017 21:16 - Atualizado em 22/01/2017 23:35
Luiz Chaves-Palácio Piratini
Encontro / Luiz Chaves-Palácio Piratini
“Os trabalhadores que possuem saldo em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço poderão sacar os recursos no período de 13 de março até 14 de julho, obedecendo alguns critérios propostos pela Caixa”. A afirmação foi feita nessa sexta, em Porto Alegre, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Os critérios da Caixa, segundo o ministro, serão analisados e aprovados pelo presidente Michel Temer.
Contas inativas são as que deixam de receber depósitos devido à rescisão do contrato de trabalho. A ordem para os saques será baseada no mês de aniversário do trabalhador. O ministro disse ainda que não haverá limitação. “Três itens foram apresentados ao presidente. A ordem de chamada pelo aniversário é a primeiro deles. Também foi analisado o período, que será de março a julho. O último diz respeito ao montante a ser liberado e o total do valor era um deles. O presidente resolveu nem considerar os demais. Portanto, vai ser liberado o saldo total das contas inativas”, afirmou Eliseu Padilha.
Nos últimos dias de dezembro, Temer anunciou que o governo vai liberar o saque de contas do FGTS inativas até dezembro de 2015. A medida faz parte de uma tentativa do governo de reaquecer a economia. O trabalhador, se quiser, poderá sacar, para qualquer fim, todo o valor que tem na conta inativa.
O Governo Federal estima que cerca de 10, 2 milhões de trabalhadores podem sacar o dinheiro e o valor deve alcançar pouco mais de R$ 40 bilhões. “Seguramente, R$ 30 bilhões ou mais serão lançados no mercado. Por quê? A gente sabe que em situações como essa, cerca de 70% até 73% buscam o dinheiro, vão fazer o saque. O resto vai continuar depositado”, analisou Padilha.
O ministro se reuniu com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Na agenda, a marcação de uma data para tratar da renegociação da dívida do estado com a União, definida para a próxima terça-feira, dia 24, em Brasília.
Imediatamente após o Rio de Janeiro, segundo afirmou o ministro, o caso do Rio Grande do Sul entrará na pauta do ministério da Fazenda. “Deveremos ter o primeiro encontro logo. Tão pronto seja firmado o acordo do Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul ganhará por inteiro a ocupação dos técnicos do ministério”, disse.
Questionado sobre as contrapartidas do acordo, Padilha frisou que é preciso que cada estado também proponha um ajuste fiscal. “Cada estado tem suas circunstâncias peculiares. Essa é a contrapartida”, finalizou. 

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