Foi sepultado na tarde desta segunda-feira (28), no Cemitério Campo da Paz, em Campos, o corpo do médico ginecologista e obstetra Eduar Chicralla Assad, que faleceu aos 96 anos. O médico passou seus últimos dias sob cuidados médicos em casa. Após uma piora no estado de saúde, foi levado ao hospital, onde não resistiu. Reconhecido pela dedicação e competência no atendimento às gestantes, Eduar deixou a esposa Elisabeth de Andrade Chicralla, os filhos Keila, Consuelo e Leandro, além de netos.
Amigos e familiares prestaram uma última homenagem ao médico, que ao longo de sua longa trajetória profissional, atuou por muitos anos na maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Campos, marcando gerações pela forma humanizada com que exerceu a medicina.
Eduar Chicralla Assad
/
Divulgação
Em relato emocionado, a filha Keila Chicralla destacou a paixão do pai pela profissão e o legado de amor e altruísmo que ele deixou. "Meu pai tinha um amor pela medicina. Não importava se o paciente tinha como pagar ou não. Ele era um médico de uma época em que se praticava a medicina por amor", afirmou. Keila relembrou ainda que, ao atuar em áreas rurais, era comum receber presentes como forma de agradecimento: "Chegava galo, peru... era o que as pessoas humildes tinham para retribuir."
Ela também compartilhou histórias sobre o reconhecimento que Eduar recebia ao longo dos anos, inclusive após sua aposentadoria. "Até hoje, recebo relatos de pessoas que me dizem: 'Seu pai salvou a vida da minha mãe'. Mesmo quem não sabia que eu era filha dele demonstrava gratidão", disse.
Trabalhando até os 84 anos, Eduar era admirado não apenas pela sua competência médica, mas também pela disposição e vitalidade. "Quando fizemos a festa de 80 anos dele, muitos achavam que era brincadeira, porque ninguém acreditava que ele já tinha essa idade", lembrou Keila.