Cinema - Seres de um passado remoto
*Edgar Vianna de Andrade - Atualizado em 01/03/2022 15:31
Parece filme de Roger Corman, mas não é. “Os comedores de cérebro” (“The brain eaters”), dirigido por Bruno VeSota, foi rodado em seis dias ao custo de $ 26.000, em 1958. É aí que entra Corman em mais um filme em que seu nome não aparece. Embora dirigido e produzido por outros, parece que a marca de Corman está gravada nele do princípio ao fim: baixo orçamento, preto e branco, elenco simples, roteiro meio confuso. Enfim, um verdadeiro filme B.
O perigo não vem do espaço nem da radioatividade, mas de um passado longínquo. Vem do Carbonífero, período geológico em que se formaram os combustíveis fósseis e dominado por grandes insetos. Pela semelhança do roteiro com um livro de Robert Heinlein, este o processou, pedindo indenização de $ 150.000. Por um acordo amigável, Corman lhe pagou apenas $ 5.000. É bem o estilo do famoso diretor, ainda vivo. E seu nome não aparece nos créditos...
Não há relação clara do início do filme com todo o seu desenrolar. Um homem é atacado por outro numa rua escura durante a noite. Logo depois, um casal num carro em estrada deserta é atraído por coisas estranhas. Ao procurar por elas, os dois encontram uma nave. Parece nave, mas não é nave. Pelo menos não veio do espaço. As investigações mostraram que ela veio do fundo da Terra. Um senador é designado para desfazer o que se considera uma farsa. Mas a nave está lá. É resistente a tudo. Só se pode entrar nela por uma escotilha aberta. Quem terá coragem para tal? Um dos investigadores entra. Retorna depois de algum tempo. No seu relato, nada existe lá dentro. Apenas um túnel em forma de labirinto.
Mas existe. Seres vindos de milhões de anos passados. Não são insetos. Ou talvez sejam. Não se pode definir que seres rastejantes são aqueles. Muitos deles já apareceram em filmes da mesma época e continuaram a aparecer depois. Eles atacam as pessoas na nuca, fazendo-lhes duas perfurações. Mas eles não devoram o cérebro da vítima, senão que lhes injetam uma toxina que leva a pessoa à morte. Antes de morrer, ela pode se tornar perigosa. Prefeito, telegrafista, policial, mulheres e outros foram atacados.
Não são seres inteligentes. Eles agem cegamente, como o vírus da Sars-Cov 2. Se não atacam para comer cérebros humanos, não se sabe de que vivem. Mas sempre aparece alguém que encontra uma solução para eliminá-los, depois de descobrirem que um professor desaparecido há muito tempo está sob o poder dessas criaturas. Seu objetivo é estranho. Dominar a Terra? Acabar com os conflitos da humanidade? É melhor assistir a “Os comedores de cérebro”.

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