Dois processos de Campos estão na pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), de segunda-feira. Por coincidência, os dois envolvem, de alguma forma, o Partido da República (PR), do ex-governador Anthony Garotinho (PR).

O primeiro é mais uma tentativa do próprio Garotinho de suspender a Ação Penal (AP) 34-70, na qual foi condenado a nove anos, 11 meses e 10 dias por corrupção eleitoral, repetida 17.515 vezes, associação criminosa, supressão de documento e coação no curso do processo do caso Chequinho.

A defesa de Garotinho quer suspensão da AP até que o pedido de suspeição do juiz Ralph Manhães, que o condenou, seja julgado.

Ralph Manhães conduziu as investigações da parte criminal da operação Chequinho e condenou Garotinho, além de determinar sua prisão domiciliar no último dia 13 de setembro, da qual só foi liberado no dia 26, após decisão favorável no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo entendimento da defesa, o juiz estaria agindo com parcialidade e com objetivos políticos de atingir o ex-governador. Já segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), o uso político do Cheque Cidadão fez saltar o número de beneficiários do programa social de 11.500 mil para 30.500 mil. As irregularidades são negadas pela defesa.

Desde o início da Ação Penal, Garotinho e os outros réus vêm tentando afastar Ralph Manhães da condução do processo. Isso acabou acontecendo na última semana, mas por uma questão burocrática. O TSE determinou, em todo Brasil, o rezoneamento para diminuição de custos. Campos perdeu três zonas eleitorais, entre elas a 100.

Além do HC de Garotinho, também estará na pauta, petição do Partido da República, que pede a perda do mandato do deputado estadual Geraldo Pudim (PMDB). Ex-aliado de Garotinho, Pudim filiou-se ao PMDB de Jorge Picciani, adversário político do ex-governador.

Em nota, Geraldo Pudim foi sucinto ao afirmar: “Aguardo sereno o julgamento do TRE”.