Após dias de tensão envolvendo a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o deputado Rodrigo Bacellar (antes do PL) foi eleito presidente da Casa de Leis fluminense, no dia 2 de fevereiro, sendo o primeiro campista a ocupar o cargo mais alto da Alerj, que está em sua 13ª presidência. O parlamentar era o único candidato, já que o itaperunense Jair Bittencourt, também do PL, anunciou a desistência da disputa minutos antes do início da votação no Palácio Tiradentes. Do total de 69 votos, Bacellar foi eleito com 56, entre eles o do próprio Jair e também dos deputados da região Thiago Rangel e Chico Machado; os outros 13 deputados se abstiveram, como foi o caso da petista Carla Machado.

Rodrigo Bacellar obteve mais de 97 mil votos nas eleições de 2022 e estava, até a posse de 2023, como secretário estadual de Governo, cargo que também ocupou durante o primeiro mandato do governador Cláudio Castro.

Por ter chegado à presidência da Alerj, Bacellar foi também, neste ano, governador do Rio durante cinco dias. No fim de junho, tanto Castro, quanto o seu vice Thiago Pampolha (União), precisaram viajar, sendo o chefe maior do Legislativo fluminense o substituto direto, o que fez com que após 17 anos, o Governo do Estado voltasse a ser comandado por um campista.

Na ocasião da sua posse na presidência da Alerj, Rodrigo abriu o seu discurso com a frase: “Um lamparão chegou ao poder”, fazendo referência a uma expressão campista. Ele também destacou sua lealdade ao governador, agradecendo a parceria e confiança. Os dois são grandes aliados políticos. “O avanço do governo depende do apoio do parlamento, que não vai abrir mão das suas prerrogativas. Cláudio sabe que a minha lealdade e gratidão jamais será subserviência”, disse Bacellar, destacando que: “Um RJ forte só existe com um interior forte”.

Ao longo do ano, algumas especulações de que a relação de Bacellar e Castro estava estremecida foram dissolvidas pelos dois.