Bolsonaro inelegível e denunciado por joias
Rodrigo Gonçalves 30/12/2023 17:01 - Atualizado em 30/12/2023 17:01
Ex-presidente Jair Bolsonaro na saída do Senado federal
Ex-presidente Jair Bolsonaro na saída do Senado federal / Lula Marques - Agência Brasil
Com a derrota nas urnas em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou o ano de 2023 recluso nos Estados Unidos, já desgastado também com parte do seu eleitorado que cobravam posições sobre questionamentos do resultado das eleições e até pedido de intervenção militar.
Com a volta ao Brasil, só em 30 de março, o ex-presidente passou a figurar o noticiário pelo escândalo das joias sauditas, presenteadas a ele e a então primeira-dama Michelle Bolsonaro; e também por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o tornado inelegível por oito anos.
No caso das joais, Jair e a esposa ainda estão na mira de investigações. O ex-presidente esteve na superintendência da PF para depor sobre o caso e sempre negou irregularidades na guarda de relógios cravejados de diamante e outras peças de valores milionários. Na ocasião, se recusou a responder às perguntas.
O ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid era o braço direito de Bolsonaro acabou preso e conseguiu um acordo de delação premiada onde aponta o ex-presidente como responsável por liberar a venda das peças que deveriam ser da União, entre outras irregularidades como o cartão de vacinação fraudado. Bolsonaro nega as acusações e chegou a dizer que Cid não inventaria nada contra ele.
Sem poder diputar — A primeira ação de inelegibilidade foi em junho, quando, por 5 votos a 2, os ministros do TSE decidiram impedi-lo de disputar cargos públicos até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A pena se referiu à reunião promovida por ele durante a campanha eleitoral de 2022 com embaixadores onde fez acusações, sem provas, da lisura das urnas eletrônicas.
Quatro meses depois, a Corte voltou a condená-lo. Desta vez, por ter usado as cerimônias de celebração do 7 de setembro de 2022 para promover sua campanha à reeleição.

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