Ataque criminoso aos Três Poderes e prisões
Rodrigo Gonçalves - Atualizado em 30/12/2023 17:00
Janelas danificadas no Palácio do Planalto em ataque
Janelas danificadas no Palácio do Planalto em ataque / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O dia 8 de janeiro de 2023 entrou para a história do Brasil como um dos piores ataques à democracia no mundo. As imagens de invasão e a depredação por bolsonaristas dos edifícios-monumentos que circundam a Praça dos Três Poderes, em Brasília, símbolos da República, logo ganharam a internet e ajudaram também nas investigações que resultaram na detenção de 2.170 pessoas. Dessas, 66 ainda continuam presas. Em Campos, também aconteceram prisões em uma operação da Polícia Federal, que investiga suspeitos por financiar, organizar e participar dos atos antidemocráticos na capital do país.
Um dos que chegou a ser preso foi o bolsonarista Carlos Victor Carvalho, o CVC. O líder do Movimento Direita Campos chegou a ser considerado foragido e foi capturado em uma pousada no município de Guaçuí, no Espírito Santo, no dia 19 de janeiro. Outras duas pessoas foram presas, antes, na mesma operação, sendo um bombeiro militar e uma doceira, também apoiadores de Bolsonaro. Todos já estão em liberdade.
No caso de CVC, a soltura foi expedida pela 7ª Vara Criminal Federal, no dia 13 fevereiro. A defesa dele disse ter apresentado “novas e irrefutáveis provas mostrando que não existia mais motivos para manter o CVC preso”. Ainda segundo a defesa, foram feitas diligências periciais para “comprovar que ele não esteve em Brasília nos últimos quatro anos e a quebra de sigilo bancário para mostrar que não teve qualquer financiamento ou recebimento de valores sob qualquer vértice para qualquer manifestação e ele ainda repudiou os atos”.
O mundo assistiu atônico as cenas de destruição no Palácio Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). A maioria dos vândalos vestia camisa verde e amarela e diziam estar inconformados com a vitória e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorrida uma semana antes.
Falavam em fraude nas urnas e pediam intervenção militar e até prisão do presidente e ministros do STF. A maior parte dos invasores havia saído em marcha do Quartel-General do Exército, onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já estava fora do país nos Estados Unidos, montaram acampamento desde a vitória do petista. O movimento se repetia em outras cidades do país, também em meio a bloqueios de rodovias com violência.
No dia seguinte aos ataques, o presidente Lula se reuniu com os 27 governadores e outras autoridades. Eles caminharam do Palácio do Planalto até STF, em uma demonstração de união e força pela manutenção da democracia.
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS