Carla Caputi: "A gente quer fazer as 13 cadeiras"
Aluysio Abreu Barbosa, Edmundo Siqueira, Cláudio Nogueira e Gabriel Torres - Atualizado em 30/08/2024 23:55
Carla Caputi
Carla Caputi / Rodrigo Silveira
“A gente tem trabalhado e quer muito fazer, quem sabe, as 13 cadeiras”, declarou a prefeita de São João da Barra, Carla Caputi (União), candidata à reeleição, durante sua entrevista ao programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, nessa sexta-feira (30). Ela abriu a série de entrevistas que o Grupo Folha fará com todos os candidatos a prefeito de SJB e Campos, que teve ordem estabelecida por sorteio no ultimo dia 22. Além de fazer projeções à Câmara de Vereadores, Carla falou sobre a situação do abastecimento de água em SJB. Ao criticar a Cedae, ela disse que estudos apontam que a privatização do serviço é o caminho mais viável para solucionar o problema. A prefeita também pretende implantar uma escola modelo em Atafona e uma creche em tempo integral para a população. A candidata pelo União Brasil destacou, ainda, a questão do avanço do mar que afeta o município há anos. Ela argumentou que a situação é delicada e que não teria como chegar a uma solução definitiva sozinha.
Perfil na política — “Estou há dois anos e quatro meses. Durante esses dois anos e quatro meses, a gente vem trabalhando bastante para implementar a nossa marca, o nosso jeito, e a gente conseguir estar resolvendo e avançando nos problemas e nos acertos de São João da Barra. Eu costumo falar de todos os assuntos com a maior tranquilidade porque eu falo com a verdade daquilo que a gente tem que dizer. E não enganando o eleitor, que é muito comum, né? A gente, em período de eleição, ouve várias propostas ou várias soluções de milagres. Mas isso eu tenho certeza que as pessoas sabem, e as que não sabem vão conseguir ver isso, que não existe milagre. A gente tem que ser muito sério e muito responsável nas coisas. Então eu atribuo tudo isso, e o meu lema é esse: transparência, falar a verdade, explicar na língua das pessoas, porque as pessoas precisam saber de todos os temas que a gente tem que tratar com segurança e com a verdade”.
Legislativo — “Nós temos 56 candidatos, 14 partidos junto com a gente e, atualmente, em São João da Barra são 13 cadeiras. Até o último pleito eram 9, então acrescentaram mais cadeiras, e a nossa expectativa é a melhor. A gente tem trabalhado e a gente quer muito fazer, quem sabe, as 13 cadeiras, mas a gente projeta de 11 a 13 cadeiras. Se Deus quiser. É um desejo. Eu acho que todo gestor, que está no pleito, deseja fazer as 13 cadeiras. Deveria desejar. Se tivesse 20, a gente queria as 20, né? Mas a gente fala muito de fazer as 13, mas trabalha com 11 cadeiras”.
Saúde — “Hoje a gente investe quase 36% na Saúde do nosso município, quando seria obrigatório 15%. E isso representa muita coisa em números, em reais, em dinheiro, investido e nos serviços ofertados. Muita coisa a gente conseguiu fazer aí ao longo desses dois anos e quatro meses, como o Centro de Cardiologia, que já conseguiu estar atendendo muitas consultas, mais 2 mil. São 2 mil consultas, onde é totalmente custeado pelo município de São João da Barra. São exames, são equipamentos de ponta, médicos de excelência, profissionais de muita excelência, atendendo lá no Centro de Cardiologia. Como a gente também já implementou aí a entrega de fraldas, as pessoas que são acamadas em casa, as fraldas geriátricas e alguns tipos de remédio, e temos como proposta estar implementando a entrega de mais medicamentos para várias pessoas. Inauguramos também o Centro de Autismo Pedro Machado, que conta com os melhores profissionais. A gente inaugurou, está em funcionamento e a gente quer ampliar. Cada vez mais estar ampliando os investimentos que a gente faz na Saúde”.
Assistência hospitalar — “Hoje a gente tem, como ao longo dos anos a gente sempre teve, a terceirização da Santa Casa de Misericórdia, que faz o serviço para a população de urgência e emergência e outros serviços. E funciona num espaço que é do município, que é lá onde foi o hospital de campanha, e eles usam o nosso espaço porque eles estão em reforma e estão usando o nosso espaço até eles irem. Mas a minha intenção é a gente estar fazendo em um hospital municipal sim, absorver aí todas as demandas que são permitidas pela legislação. O pessoal muitas vezes fala que São João da Barra usa o sistema de saúde do Ferreira Machado, porque é um hospital regional, que é referência para atender a vários municípios. Fala muito isso. A gente tem uma referência que é o município de Campos, ou seja, pela legislação, os recursos que são repassados da União, que são responsáveis por isso, é para Campos atender a região. Então, mesmo que a gente quiser levar alta e média complexidade da União, que a gente deve ter, a gente não conseguiria tão de imediato assim. A gente precisa ter as autorizações. É um projeto, sim. Porém, a gente quanto município teria que custear tudo isso 100%. E é um valor estratosférico. Então, a gente precisa fazer com responsabilidade”.
Alta e média complexidade — “Pois é, pretender a gente pretende. Mas eu não tenho aqui essa informação de quanto tempo demora pra gente conseguir construir, além de construir, também implementar. Porque não é só implementar, e eu falo muito isso porque as pessoas, a população, ela precisa saber. A gente tem trâmites, tudo tem burocracia, tudo tem um processo. A gente observa muito em época de campanha, isso é muito normal, todo mundo está falando que vai fazer e que eu vou construir, eu vou fazer, mas não esclarece para a população que tem um processo, que tem um prazo, fica no campo das promessas. Isso é muito ruim, porque isso não é verdade, muitas vezes, só promessa, e aí não consegue concluir. E eu gosto de trabalhar com a verdade, acho que é por isso que as pessoas acreditam em mim. Então eu não tenho como te dizer o prazo de construção, principalmente o prazo de legalização. Mas o que eu tenho para dizer é o seguinte: nós vamos fazer sim e vamos dar início aí. E se Deus permitir ao longo desses quatro anos, está pronto aí para a população poder usar”.
Educação — “A gente tem reformando vários colégios, várias escolas, a gente tem vários projetos na Educação. Mas eu tenho muita felicidade em dizer que a gente tem avançado bastante e vamos avançar mais. A primeira proposta é a nossa ampliação das vagas da rede municipal. Como todos sabem, a gente é um município que recebe um complexo portuário do Porto Açu. E, com isso, a população vai crescendo bastante. E, aí, aumenta a necessidade de ter vagas para os alunos estudarem. A gente precisa ampliar as nossas escolas, construir mais escolas. Se Deus quiser permitir, a gente começa em Atafona, construindo uma nova escola modelo, em outros distritos também, e ampliar a oferta de vagas, porque realmente é uma necessidade. Vai aumentando o número de usuários, então a gente precisa ampliar”.
Creche em tempo integral — “Além disso, também isso é um projeto, uma proposta muito sensível para mim, e que, se Deus quiser, a gente vai poder implementar, que é a oferta da creche integral para as crianças, as mães, os responsáveis, os pais, poderem estar trabalhando e deixar as suas crianças com segurança estudando e aprendendo, tendo educação de qualidade na nossa rede. Então, se Deus quiser, é algo que a gente quer muito fazer. Estamos em estudo, porque demanda ampliação, demanda vários pontos, mas é algo que a gente quer fazer. Além de construir as escolas, também implementar na rede nossa, como a gente já vem fazendo, a gente foi o primeiro município a pagar o piso dos professores, a regularizar. Temos também o plano de cargo de salários que a gente está em estudo em andamento para a gente avaliar, investindo na capacitação dos funcionários”.
Rede de ensino — “O IFF é algo muito precioso, onde a gente tem, inclusive, várias parcerias com ele, a gente quer ampliar para capacitar os alunos. O Eucarístico indo pra São João da Barra, como tem outras escolas privadas lá, muito especiais, mostra o desenvolvimento na nossa cidade. Tem que ter essa oferta. Atualmente a gente investe mais de R$ 1 milhão em todo mês para trazer os estudantes pelo transporte escolar, com ar-condicionado, universitário. Mais de 15 ônibus, são quase 900 alunos sendo transportados todos os dias, para poder estar se qualificando, então a gente investe aí também. E temos o sonho de São João da Barra se transformar em um polo universitário também, um polo de estudo, e vamos lutar aí para isso. Inclusive o IFF recebeu há poucos dias atrás, há poucos meses atrás, a primeira autorização que é necessária para estar fornecendo o curso de graduação. Então a gente vê essa notícia muito feliz e vamos investir aí, vamos conversar bastante”.
Bolsas universitárias — “Temos as bolsas universitárias, que a gente conseguiu ampliar até 100% para medicina e para odontologia, lá em São João da Barra, então a gente tem vários alunos podendo se capacitar, fazendo o terceiro grau, e é motivo de muita alegria para a gente. A gente conhece e lida com várias pessoas que têm a possibilidade de serem doutores, pessoas que são amigas, que a gente conhece há muito tempo, desde a infância, e que orgulho é o município poder estar investindo na qualificação do terceiro grau também. Então é motivo de muita alegria e a gente quer permanecer e ampliar, porque é um programa muito especial. É um programa que envolve toda a família, dá qualidade de vida, dá educação, realiza sonhos, transforma a vida das pessoas. E a gente vê um município onde a gente está aí fazendo a gestão, a gente quer continuar fazendo a gestão que oferta isso para as pessoas. Nossa, é uma alegria. Eu fico extremamente realizada, porque eu acho que a missão de todo político, de toda pessoa, independente de ser político, inclusive, é poder atender o próximo, é poder ajudar, é poder cuidar do próximo. Então, isso para mim é uma missão de vida. Eu digo que eu estou na política. Mas a gente é uma pessoa, independente de onde a gente esteja e fazendo o que a gente faz, e que esse deve ser o primeiro objetivo das pessoas, cuidar de pessoas. Isso me realiza muito. E estar à frente do município e poder estar fazendo isso e querer continuar, o que me estimula é justamente levar lá na ponta as pessoas que realmente precisam”.
Transporte público — “São João da Barra é um dos poucos municípios que eu tenho ciência (que tem transporte gratuito). Ao longo desses dois anos e quatro meses, a gente mais que dobrou a frota de ônibus. É uma empresa terceirizada, não é pública. E aí a gente quase que dobrou a gestão, mas ainda assim é necessário crescer ainda mais, porque a gente aumentou o número, tem os horários, mas sempre faltam horários, sempre precisa ajustar mais horários para poder estar atendendo com 100%. de qualidade, de eficiência, de horários, porque é muito volúvel. A gente fala muito que a cidade é muito viva. As necessidades, cada hora é uma. Então é muito vivo. Uma hora está precisando ir lá mais para o 5º, outra hora está precisando ir para a sede, aquela coisa toda. E a gente precisa estar ajustando esses horários. Então minha proposta é a gente aumentar o número de horários, aumentar ainda mais a frota, para que a gente possa atender com qualidade os horários para as pessoas. O programa, quando ele foi criado, foi projetado por um número de pessoas. Hoje, o número mais que triplicou de pessoas utilizando”.
Segurança — “Ao longo dos anos, a gente tem percebido, não só em São João da Barra, porque a criminalidade tem aumentado em todos os locais. Eu atribuo isso aos valores, à época que a gente vive, que não é mais como era. As coisas vão mudando e a gente tem que lidar com essa realidade. O ideal é que a gente não tenha nada. E a gente trabalha muito para isso. A gente tem vários programas em parceria. A segurança pública é dever do Estado. Então a gente trabalha em parceria para que a gente possa estar melhorando essa oferta de segurança para o município. Inauguramos agora várias bases de segurança em vários distritos, quatro bases de segurança dos distritos, e vamos ampliar essas bases de segurança que funcionam com a nossa Guarda Municipal, integrado ao sistema com a Polícia Militar e Civil também, para que a gente possa em tempo real, está monitorando os acontecimentos”.
Sistema de monitoramento — “Além das câmeras que a gente tem em toda a região de São João da Barra, de reconhecimento para auxiliar as investigações do que vem acontecendo, mais um projeto nosso, e aí eu já vou falar mais um pouco do que a gente já tem e o que a gente já faz. A gente ampliar essas bases de segurança para os lugares que ainda não têm. Então, a gente tem em Grussaí, a gente tem em Chapéu do Sol, a gente tem em vários lugares no Açu, mas a gente quer em Cajueiro, a gente quer ampliar para os outros distritos que ainda não têm. Colocar mais câmeras de monitoramento. Porém, essas câmeras, ela consigam pegar as placas e reconhecer na hora. A gente tem um estudo até para a questão da face da pessoa também. Mas essas das câmeras de veículos é algo que a gente está bem perto de começar para poder a gente estar implementando. Também fazemos uma parceria com o Proeis, que são os policiais militares que estão de folga poderem estar prestando serviço nas suas folgas para o município, sendo pago pelo município, para aumentar o efetivo. Porque a gente carece muito de efetivo da Polícia Militar, a gente sabe de todos os problemas que a polícia enfrenta, a questão das baixas, a questão da distribuição, que é difícil, e aí a gente, enquanto município, a gente não fica omisso, a gente vai lá e contrata aqueles que querem trabalhar nas suas folgas para estar fazendo patrulhamento aí”.
Patrulha Rural — “Esse programa da Patrulha Rural é excelente. São cadastrados várias propriedades rurais e a Polícia Militar faz um monitoramento de perto e já é implementado. É muito importante. Muito produtor rural, mora numa localidade rural, e todas as pessoas elogiam muito, que são bem atenciosos, bem monitorados, e a gente ofertou a estrutura também para a Polícia Militar”.
Parceria com a Polícia Civil — “Está saindo aí um convênio com a Polícia Civil, de a gente poder estar ofertando combustível e com a Polícia Militar também. Por quê? Porque a viatura precisa sair do município para abastecer. Tem que vir em Campos para abastecer. E a gente, fazendo esse convênio que a gente já assinou e já está sendo implementado, evita que eles desloquem da cidade e possa sair daquele momento e não atender a população”.
Guarda armada — “Lá em São João da Barra a gente começou já a fazer o processo licitatório. E todos os procedimentos que a gente chama não letal, para os guardas. É teaser, spray de pimenta, cassetete, a implementar esse primeiro tipo de arma não letal. E sobre a arma letal, a gente pretende chegar nesse tema ouvindo a população, porque é algo muito sensível, precisa de muita capacitação, de muito acompanhamento, muita responsabilidade para que isso seja implementado, e psiquiatra, porque uma arma é algo, a gente sabe disso, é algo muito sério e precisa ter esse acompanhamento. Então eu quero ouvir a população, para a gente entender, fazer aí uma consulta pública ao pessoal, o que a população de São João da Barra gostaria”.
Turismo — “O verão é uma grande oportunidade para a gente fomentar a nossa economia. Isso há muitos anos e continua sendo. A gente investe bastante nessa questão do turismo e que é importantíssimo para atender toda a cadeia do comércio. Você atinge desde o ambulante, desde o cabeleireiro, desde o mercado imobiliário, desde a farmácia, desde o posto de combustível. E a gente tem uma população flutuante de verão muito grande na nossa região, muito pela questão da natureza e também pela questão dos investimentos no lazer. Então a gente pretende continuar investindo sim. Eu costumo dizer que as coisas que estão dando certo têm que continuar. O pessoal sente na pele a necessidade de ter esse investimento. E um investimento desse não exclui outros investimentos. Muitas vezes o pessoal fala ‘vamos investir, investe em show ou em lazer e não investe na saúde’. Não é assim. A gente investe, cada coisa tem a sua verba, cada coisa tem o seu orçamento, e uma coisa não exclui a outra. Eu costumo dizer que se dá para fazer tudo, vamos continuar fazendo. Então a gente pensa, sim, em continuar investindo, porque é uma grande oportunidade”.
Cultura — “Logo que a gente assumiu, a gente criou a Secretaria de Cultura. Era junto a Cultura com a Educação, e a gente separou tanto a Cultura quanto o Esporte do Turismo, que era junto. Só em a gente criar essa secretaria, a gente já dá um tratamento muito especial para o tema que merece e que é necessário. Com essa criação da Secretaria de Cultura, muitas coisas já começaram a ser implementadas. Por exemplo, tivemos a primeira Felisan, que é a Feira Literária Sanjoanense, e foi um sucesso. As crianças ficaram encantadas, eu amei. A gente respira a cultura, muitos artistas locais, muitos escritores locais, estavam lá, expondo, e a gente começou a ter esse contato maior. E com a Secretaria de Cultura também está no nosso plano de governo. A gente está criando o plano municipal, a gente fez o conselho, o conselho a gente já criou, mas o plano está sendo criado. O Plano Municipal de Cultura é essencial para trazer recursos”.
Balneário — “A gente não tirou os shows do Balneário. Continua tendo shows de menor porte. Foram os covers, foram outros tipos de atração no balneário. Porque ele sofreu uma reforma recente. Inclusive, ele sempre está em manutenção, sempre está em ampliação. Agora mesmo está em ampliação. E aí a gente preservou muito a questão da família ali nas churrasqueiras, fazendo a sua confraternização. Se a gente colocasse o show de grande porte ali, a gente ia ter que limitar horários. Porque quando o pessoal está fazendo churrasco ali, eles usam faca, usam garrafas, tudo isso é permitido. E um show de grande porte ou de médio porte, a segurança não permite faca ao redor. Então a gente não podia, tinha que escolher. E aí não foram feitos shows maiores no Balneário. E aí fizemos em Grussaí. A princípio a gente começou fazendo ali na beira da praia, no asfalto ali, que a gente tinha autorização, no meio dos shows lá do verão, acabou chegando uma ordem para a gente, judicial, que a gente não poderia mais continuar fazendo ali, porque ali é a questão da preservação das tartarugas, que o pessoal sempre me pergunta, mas só em São João da Barra que tem, outras praias não têm essa proibição de não poder fazer, não poder transitar, mas a gente tem ali a área de preservação das tartarugas e da vegetação também. Então, a gente tem que cumprir e preservar, e não poderíamos estar fazendo ali. Aí a gente deslocou para um outro local, que foi lá na entrada da cidade, ali logo na chegada, os shows”.
Lazer — “A nossa equipe sempre pensou, e eu também penso dessa forma. A gente gostaria de fomentar nos distritos de Grussaí, nos distritos em Atafona e também no Açu, como foi feito. Porque assim divide a geração da renda, divide o consumo. O pessoal de Grussaí fica feliz, o pessoal de Atafona fica feliz, e o pessoal do 5º distrito fica feliz, e é onde a gente tem as praias. E a gente está buscando um outro lugar, se assim Deus permitir, que a gente continue para que a gente possa está fazendo em Grussaí também e retomar os shows de médio porte para o Balneário também. Estamos reformando lá atrás do balneário para não fazer ali na frente. Mas tem a questão das autorizações também da vegetação, que modificou muito. Então a minha proposta é a gente voltar a fazer os shows de médio porte lá no Balneário, também em Grussaí e também no Açu”.
Porto do Açu — “O Porto do Açu é um protagonismo muito importante na nossa cidade, na nossa região, e a gente tem muito orgulho e muita alegria de ter o Porto do Açu no nosso município. Muito se fala sobre a questão de desenvolvimento em São João da Barra, de oportunidades, e está mais do que provado que a gente tem essa grande oportunidade há bastante tempo sediado no nosso município. E o que a gente vem fazendo em relação ao Porto do Açu, em relação à empregabilidade, em relação a toda essa questão? A gente, no município de São João da Barra, tem o Balcão de Oportunidades, onde as pessoas podem estar cadastrando o seu currículo, cadastrando a sua mão de obra. A gente implementou ano passado também, além da mão de obra, os serviços que as empresas ofertam, elas também podem estar cadastrando, e isso está sendo feito para que toda a região, não só o Porto, mas também toda a região, possa estar acessando os serviços que o município também oferta para poder estar fomentando. Além disso, a gente fez e faz várias parcerias de qualificação com o Porto do Açu, de acordo com a mão de obra que eles necessitam. E, ao longo desse tempo, muitas pessoas foram aproveitadas, capacitadas, outras que já trabalhavam pularam para outros cargos, porque foram capacitadas de maneira específica para aquelas vagas. São mais de mil pessoas formadas e várias contratadas. E a gente criou também a possibilidade do município estar fazendo a capacitação, então a gente criou o Plano de Capacitação Municipal, porque era feito em parceria com o Porto, agora o município pode fazer a capacitação diretamente, sem ser só com o Porto. Então isso também é uma forma de poder a gente estar investindo”.
Economia — “A gente cresceu bastante. Estivemos no Caged, há alguns meses atrás, subimos muito, fomos para a posição muito avantajada de contratação de carteira assinada. Visto muito pela questão do Porto também e pela questão do que ele gera em torno. São várias empresas sanjoanenses que podem estar ofertando, não só o serviço, mas também a mão de obra. Então a gente quer fomentar cada vez mais essa parceria com o Porto do Açu. A gente precisa capacitar, porque realmente é específico, e absorver esse impacto todo que ele traz para a nossa região. Mas eu costumo falar, e tem uma frase que é repetida há muito tempo, e que é a pura verdade, e a minha xará sempre falou isso, que São João da Barra era tido como final de linha, e hoje é a porta do desenvolvimento da região, absorvendo o Porto do Açu. Então a gente tem muita oportunidade e a gente fica muito feliz em poder estar recebendo esse empreendimento ao longo desse tempo. Eu acho que isso, por si só, já marca esse longo desse tempo e a gestão que nos antecedeu, que foi a minha xará, que é a Carla (Machado), que trabalhou muito para que isso pudesse acontecer. Então, a gente dá continuidade, a gente quer ampliar e está sempre conversando com o pessoal do Porto para que a gente possa estar ampliando essas oportunidades”.
Emprego — “A gente trabalha e vai intensificar cada vez mais a questão da regularização dos empresários e dos empresários individuais dos MEIs e outros empresários. A gente tem muito trabalho informal. O município tem um trabalho informal e a gente propõe e deixa à disposição do pessoal todo o auxílio. A gente tem a Casa do Empreendedor, onde oferta toda a informação, tem a tecnologia disponível também, para que as pessoas possam estar se formalizando. E, como eu falo, a gente investe um pouco em cada setor para a questão da geração de renda do comércio, por exemplo, quando a gente está investindo no turismo, seja ele de qual gama for. Além disso, das rodadas de negócios, das capacitações, do fornecimento para a prefeitura também, que precisa ser cada vez mais incentivado, e isso é um projeto nosso, porém, tem toda uma burocracia que precisa ser formalizado, precisa ser acompanhado. Hoje a gente tem a lei nova de contratação, que é a lei de licitação que todas as contratações são por pregão eletrônico. E o pregão eletrônico, a legislação existe, várias formalidades. Então a gente precisa tirar esse pessoal da informalidade para que esse pessoal possa se cadastrar, possa estar concorrendo, para estar fornecendo para a gente também, na Prefeitura e em outros lugares, como o Porto do Açu também, e a gente está implementando isso ao longo da nossa gestão. É preciso capacitar, é preciso dar oportunidade, é preciso mostrar oportunidade”.
Avanço do mar — “Esse é um tema bem precioso para a gente. Mesmo que o município que tivesse financeiro para isso e quisesse, se hoje eu quisesse falar assim, vamos fazer sozinhos, se eu tivesse condições financeiras e o município tivesse, eu não poderia, porque tem as competências, tem as licenças, tem a questão da União, tem a questão do Estado. Cada um tem a sua parte ali, porque se trata de mar também e rio. Então, é uma questão que sozinha ou sozinho o município não conseguiria fazer, mesmo que tivesse o dinheiro sobrando ou qualquer coisa desse tipo, não conseguiria. Precisa de ter todo esse envolvimento de todos nessa questão e as autorizações. Não foi conclusivo, não se chegou a um denominador comum, então não pôde-se buscar parcerias para que pudesse ser feito. Logo que a gente assumiu, a gente entendeu a necessidade de atualizar esses estudos, porque eu não posso. A gente está terminando de publicar a licitação para a elaboração do estudo, porque primeiro a gente precisou contratar as pessoas para fazerem esse edital, porque até para fazer um edital desse, você tem que ter conhecimento muito técnico. Eu tenho muita confiança e muita fé que a gente vai conseguir, com o estudo, com as tecnologias, com o estudo mais atualizado, ter um caminho. Porque não dá para se jogar no vento dizendo que esse caminho é esse caminho sem ter a comprovação. É necessário fazer o estudo. É ilegal e irresponsável não fazer de outra forma. Então, esse é o nosso plano. A gente está trabalhando e a gente não deixa nenhum momento de pensar nessa questão da erosão do mar com muito carinho, com muita atenção, que demanda um processo grande e um tempo necessário para cumprir a legalidade”.
Captação de água — “A Cedae oferta um serviço para a gente que não é de boa qualidade, por várias questões. Precisava-se ampliar a rede não só de água, como de esgoto também. Ela vem ofertando esse serviço que não é a contento da população. Foi-se feito, entrou-se na questão judicial para a Cedae sair do município também. Não foi vendida, mas é necessário que ela também não esteja mais no município e que seja feito um serviço de melhor qualidade. E aí, quando eu cheguei, a gente já estava em andamento, a minha xará já estava fazendo essa questão, que era um estudo psra gente poder fazer uma licitação pra concessão da água. E esse estudo também é requisito da lei pra que a gente possa fazer algo com dinheiro público. Então a gente tem em andamento aí um estudo do município inteiro para ofertar água, melhorar a qualidade de água e esgoto também. Saneamento básico e a oferta da água potável para toda a região, todo o nosso São João da Barra. E está terminando esse estudo, é um estudo também prolongado, porque aí entra o Porto do Açu, uma novidade de capacitação, de captação de água, de fornecimento de água, de toda a logística. O estudo está sendo terminado para apontar para a gente essa solução de privatização. Muito se falou também em empresa pública, que algum município pudesse assumir isso, mas os estudos eles indicam que o melhor caminho é a privatização”.
Iluminação pública — “A gente já conseguiu agora implementar quase 75% de LED no nosso município todo e eu tenho certeza que em mais quatro anos a gente vai zerar 100% de instalação de luminária de LED que melhora a qualidade não só também da manutenção, que dá menos manutenção, mas da visibilidade, dá uma sensação de segurança. Expandimos agora também, logo na chegada de Grussaí, da curva até ali onde tem um posto de gasolina, fizemos uma extensão de rede ali, bem bacana com iluminação, em outros pontos também, como lá no bairro de Fátima e outros também. Implementamos o LED, temos o projeto de implementar energia solar também nas escolas, também”.
Obras — “Estamos com mais de 161 obras acontecendo no nosso município, várias entregues e várias em andamento. É tanta obra que, quando eu vou falar, eu fico até embolada aqui para falar de tanta obra que tem. É muita coisa acontecendo e só gosto de lembrar que há menos de dois anos e quatro meses na gestão, a gente pôde estar realizando isso e vamos realizar cada vez mais. Esse é o compromisso com a população de São João da Barra e com todos que nos deram essa oportunidade”.
Agricultura — “O que a gente já faz no município de São João da Barra, e que é muito precioso também, a gente oferta a patrulha mecanizada, que são as máquinas, tem a colheiteira, tem a plantadeira, tem as máquinas lá, as retros e outros tipos de máquinas lá, que ajudam o produtor rural a fazer a sua lavoura, a sua horta. E a gente, além de ofertar as máquinas, a gente oferta o combustível. Então, o produtor vai lá na Secretaria de Agricultura, faz o seu cadastro, o seu pedido, é atendido de acordo com a agenda. E não tem gasto nenhum com essa questão. A gente já fornece isso. Fizemos agora também a reforma da nossa estufa, que é bem bacana também, está terminando aí, prontinha para poder o pessoal utilizar. E a gente quer ainda mais, vamos inaugurar agora um centro de atendimento especializado para o agricultor, com médicos, com dentistas também, vai funcionar lá na subprefeitura, para que ele possa ser atendido aí com prioridade”.
Vice-prefeito — “Sobre o nosso vice-prefeito, a gente costuma conversar muito com o grupo antes de fazer qualquer escolha, ainda mais uma escolha tão importante quanto é a questão do nosso vice-prefeito ou vice-prefeita. E aí a gente levou mais tempo, porque a gente precisava conversar. Temos muitos companheiros valorosos que teriam oportunidade. Alguns nomes foram ventilados mais, como vamos dizer, pelas pessoas do que pela gente. São João da Barra é um município muito político, como outros, mas a política é sempre muito acirrada, sempre foi, e aí existem as especulações. Alguns nomes foram levantados, alguns eram verídicos, outros não eram verídicos, mas enfim, a gente tinha muitos companheiros de mandato também, muito valorosos, que mereciam e que também teriam um perfil para estar compondo a chapa com a gente. Então, foi uma reflexão, foi muito conversado com o grupo, porque a gente gosta do diálogo, a gente gosta de ouvir a todos, e se chegou a escolha do nosso querido vice-prefeito Chico da Quixaba, e que eu ressalto que foi uma excelente escolha porque, além da experiência de vários mandatos, várias oportunidades, já foi vice-prefeito também. Ele traz com ele também a característica de ser um homem muito trabalhador, muito humilde e que pode somar muito conosco”.
Favoritismo — “Tenho muita humildade e muito gosto em ouvir as pessoas. É muito importante para a gente construir um governo ouvindo a cada um, principalmente a população, e a cada um que tenha algo para nos ajudar e nos orientar e nos Informar. Falei sobre isso no nosso primeiro comício agora, que não existe vaidade. Nós somos o mesmo grupo, somos pessoas diferentes, mas somos o mesmo grupo. E é motivo de orgulho para a gente saber que São João da Barra acredita e confirma ao longo desse tempo todo, e se Deus quiser vai continuar confirmando, reconhecendo o trabalho que vem sendo feito ao longo desse tempo todo. Então, não tem vaidade. A gente tem aqui muita torcida para o melhor. O que a gente, como gestor, a gente quer? A gente quer que a população tenha o melhor. E, se assim for reconhecido e for feito, cada vez mais a gente retribui em trabalho. Então, não tem vaidade a todo mundo Eu costumo dizer isso sempre. Eu estou tão focada sempre estou, em trabalhar, que essas questões de vaidade, de outras coisas mais que a gente vê por aí, eu não costumo ouvir muito, não. Eu estou preocupada em dar resultado para o meu povo, que é para isso que eu estou lá”.
Votação mais expressiva que Carla Machado? — “Não, acho que só vai consolidar ainda mais o trabalho que vem sendo feito. Então acho que é muito positivo. Se assim for, tomara que seja. Estamos todos torcendo, inclusive todo o nosso grupo, para que isso aconteça. E fica mais consolidado ainda e mais demonstrado, que ao contrário do que os outros falam, o momento que São João da Barra viveu no passado, o momento que está vivendo no presente, e ainda mais do que viverá no futuro. Eu acredito que a gente tem que, assim como a Bíblia ensina, honrar pai e mãe, a gente tem que honrar todos. Todos aqueles que contribuíram para o desenvolvimento da nossa cidade. E o nosso grupo, liderado por minha querida xará e amiga Carla Machado, de São João da Barra sempre foi honrado pela população de São João da Barra. Ficarei feliz ainda mais se também me honrarem como já estão honrando dessa forma para que a gente possa, todo mundo junto, estar construindo um novo tempo aí em São João da Barra durante esses quatro anos”.

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