PF diz que venda das joias sauditas foi para o patrimônio pessoal de Boslonaro
- Atualizado em 08/07/2024 15:58
Joias teriam sido presenteadas à Michelle Bolsonaro
Joias teriam sido presenteadas à Michelle Bolsonaro / Reprodução-Twitter
Em inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal disse que as joias da Arábia Saudita, vendidas ilegalmente por auxiliares de Jair Bolsonaro, entrou para o patrimônio do ex-presidente e serviu para custear as despesas dele e da família nos Estados Unidos, no início de 2023. Nesta segunda-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes levantou o sigilo que recaia sobre o inquérito que apura suposta apropriação indevida.
As joais saudistas foram dadas de presente ao governo brasileiro durante a gestão Bolsonaro. As peças milionárias deveriam ter ido para o patrimônio do Estado, mas, segundo a PF, o presente foi parar no patrimônio pessoal do ex-presidente.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) na semana passada, todas apontadas como envolvidas na tentativa de desviar e ocultar o presente dado pelas autoridades sauditas.

A PF entregou o relatório impresso do caso no protocolo do Supremo na sexta-feira (5). Mesmo antes da entrega, o teor do documento já havia sido divulgado pela imprensa, o que causou desconforto no gabinete de Moraes. A Corte chegou a divulgar nota para negar que tivesse recebido o relatório antes de seu vazamento.

Entre os indiciados estão o tenente-coronel Mauro Cid, o pai dele, general de Exército Mauro Lourenna Cid, e Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, e Fábio Wajngarten e Frederick Wassef, advogados do ex-presidente.
A PF também relata que o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, repassou US$ 25 mil ao ex-presidente. Valor oriundo das joias.

"Os elementos de prova colhidos, demonstraram que Mauro Cesar Lourena Cid recebeu, em nome e em benefício de Jair Messias Bolsonaro, pelo menos US$ 25 mil, que teriam sido repassados em espécie para o ex-presidente, visando, de forma deliberada, não passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal", afirma a PF.
Quando houve o vazamento de partes do relatório na imprensa, o advogado de Bolsonaro Paulo Cunha Bueno, disse que não se manifestaria por não ter tido acesso ao documento.
Com informações do G1 e Agência Brasil

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