Carla Machado: 'Vou participar da eleição de qualquer forma'
“Eu falei que estaria ativamente participando do processo. E vou estar de qualquer forma, porque a gente deseja o melhor para Campos”. A declaração é da deputada estadual e pré-candidata a prefeita de Campos pelo PT, Carla Machado, que participou do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, nessa sexta-feira (17). Mesmo diante da incerteza se poderá ser candidata ou não, com base na tese do “prefeito itinerante”, Carla confirma estar no páreo como pré-candidata. No entanto, não foi tão certeira ao responder indagações sobre a situação jurídica que entende que um prefeito que tenha exercido dois mandatos não pode concorrer ao mesmo cargo em nenhum outro município, como é o caso dela que esteve à frente da Prefeitura de São João da Barra por duas gestões. Sobre o assunto, a parlamentar disse aguardar os acontecimentos. A pré-candidata também comentou as recentes pesquisas de intenção de voto, que apontam o prefeito Wladimir Garotinho como favorito à reeleição e ela em segundo lugar. Carla destaca que acredita que o números possam melhorar para ela, quando a campanha de fato começar. Sobre projeção à Câmara de Vereadores, ela disse que acredita que seu grupo fará uma boa bancada, mas que ela não faz expectativas em cima de projeções. A deputada estadual falou, ainda, sobre o trabalho na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e que tem admirado a postura de Rodrigo Bacellar (União) como presisente da Casa. Inclusive, ela diz que o prefeito Wladimir deveria olhar Bacellar como um amigo. Ex-prefeita de SJB, Carla Machado também falou sobre sua sucessora Caputi, que é pré-candidata à reeleição. Ela também comentou sobre sua renúncia ao cargo de prefeita para disputar as eleições para deputada, que segundo ela não foi motivada por aumento da bancada de oposição na Câmara à época.
Tese do “prefeito itinerante” — Eu escuto essa história já há um bom tempo. Inclusive, o próprio prefeito Wladimir, desde o ano passado, retrasado, insiste em dizer que eu não posso ser candidata. Eu nem pensava em ser pré-candidata. E na minha vida inteira sempre tinha na época da eleição ‘Carla não vai poder ser candidata’, e acabava que eu vinha e ganhava a eleição. A lei, ela pura e simples, nem sempre ela avalia casos específicos. Eu fiquei em São João da Barra como prefeita até abril de 2022. Então eu vou ter até a eleição dois anos e meio afastado. Campos e São João da Barra. São João da Barra é um município menor. Hoje eu estou em outra jurisdição. Eu estou a nível de estado. Estou no Rio de Janeiro. Então há controvérsias. Eu tenho um amigo que é advogado também, um grande advogado. Ele está fazendo um parecer e ele fala para mim, que eu vou conseguir ter essa liberação. Agora, ele se baseia em fato, dentro da lei, porque a lei é genérica. Ela não contou aí, de repente, com as especificidades do meu caso. Então nós vamos aguardar. Eu acredito que até mês que vem a gente tenha uma solução. E o que tiver de ser, será. Na realidade, as pessoas estão muito preocupadas com poder, cargo. Eu não estou preocupada com isso.
“A lei é genérica” — O fato é: aqueles que têm medo que eu seja candidata ainda afirma veementemente que eu não posso ser. Eu acho que eu não preciso de consenso. Eu preciso é que eu tenha maioria quando a questão for decidida. E ninguém é juiz, ninguém aqui é dono da verdade. As verdades são relativas, elas não são absolutas. A lei é muito genérica. Ela não é específica. Então vamos fazer o seguinte: se eu não puder ser, vai ser divulgado. Aí fala, ‘Carla não pode ser candidata’. Tem uns que acham que eu posso. Vamos deixar a justiça deliberar e fica mais fácil. Enquanto isso, eu sou pré-candidata, sim. (…) Eu vejo com forte chance, de acordo com o parecer que me foi dado por um jurista de renome, que essa possibilidade seja mais real do que alguns pensam. Vamos aguardar os acontecimentos. Porque a justiça deve se posicionar.
Eleições em Campos — Eu falei, quando voltei meu título aqui para Campos, que eu estaria ativamente participando do processo. E vou estar de qualquer forma, porque a gente deseja o melhor para a Campos. (…) Eleição é trabalho e não começou ainda esse processo. Até pouco tempo, não tinham muitos pré-candidatos. Hoje já tem bastante. Será que todos ficarão até as convenções? Não sabemos ainda como vai desenrolar. Depende de muito diálogo. Agora, eu acho que seria importante essa união por Campos. Que se dê no primeiro turno, que se dê no segundo, mas tem que ter. É isso.
Pré-candidatura — Na realidade, não estava, no início, muito animada, porque eu tenho outras coisas também para fazer. Eu toco a Casa de Pedro, uma casa que tem cunho social, ajuda as crianças, principalmente as crianças mais carentes, crianças autistas. Tinha pensado até que na minha questão política, no Executivo, eu não daria continuidade. Mas eu vejo que Campos está padecendo, as pessoas estão sofrendo. E alguns amigos, o próprio partido, têm conversado muito comigo a respeito disso. E a gente está pensando, e eu vou agora aguardar. Até então não tinha me mexido, até mesmo as redes sociais, tem gente que adora uma rede social, que tudo que faz, coloca. Eu quase nem mexo nas minhas redes sociais, não acho que eu esteja fazendo um “petáculo”, entendeu? Não sou cantora. Não canto nem em banheiro, porque senão eu perco até meu voto. Mas eu estou aí, sei da minha experiência administrativa e da avaliação. (…) Então, a gente vai fazendo aquilo que pode porque a lei é genérica. E até que me prove o contrário. Eu não estava pré-candidata, agora estou. A gente vai ver realmente a possibilidade. Na convenção do partido, se assim desejarem, porque eu falo sempre que a gente está dentro de um partido e que tem que conversar, temos que ver aí as possibilidades reais de vitória. Porque eu já falei, eu não gosto de entrar para perder ou para fazer número, eu entro para ganhar.
Motivação ao pleito — A gente, antes de pensar em nós mesmos, se a gente sabe que a gente tem a condição de ajudar de forma coletiva para melhor bem-estar das pessoas, eu acho que a gente não pode se acovardar. E é isso que tem me motivado. Eu não sou de entrar em algo, numa disputa, que eu não tenha ali a viabilidade de vitória, entendeu? E isso perpassa por conversa, por pesquisa, por outras situações, para a gente entrar em um projeto que possa dar frutos, que possa ser vitorioso. O que muda é isso. Antes, eu tinha compromisso com São João da Barra, que me deu todas as oportunidades. Eu sou muito grata, e é o que eu falo sempre, é o meu povo amigo de São João da Barra. Uma mulher, sem dinheiro, professora. Na época, eu vim candidata a vereadora, eu fui a segunda mais votada naquele pleito, isso em 1996. Meus alunos, que tinham feito minha música, um rap lá, eu só tinha um carrinho de som, porque, na época, podia carro de som. (…) Então, desde lá de trás, nessa ocasião, eu só perdi para o presidente da Câmara, candidato à reeleição. Então, desde lá de trás, o povo de São João da Barra votou em mim como mulher, professora. A gente só tem que agradecer. Eu não poderia, em 2017, por eu ter dado o apoio político a Neco, e o município deixou de cumprir com suas obrigações, com os servidores, com os programas sociais, o grau de endividamento que deixou o município, que a gente modificou esse estado de coisa, eu não poderia deixar de retornar para fazer com que o município voltasse a ter o equilíbrio financeiro, que voltasse a ter os programas acontecendo. E eu tinha que estar lá, porque eu acho que política é missão. No período do Covid, São João da Barra deu exemplo. E foi o ano mais difícil da nossa administração, porque nós tivemos ali a queda da receita proveniente dos royalties de petróleo. Então, eu acho que eu não podia me furtar de contribuir com a nossa experiência num momento mais difícil que o município teve. E não era meu momento ainda aqui em Campos. Eu tive, em São João da Barra, que ficar esses 40 anos.
Pesquisas — Por que que nas últimas pesquisas que fizeram, eu tenho quase 20% sem fazer nada? É porque as pessoas, além de me conhecerem, que eu fui criada aqui em Campos, nascida e criada, também elas veem a administração de São João da Barra, que foi considerada um município de maior liquidez pela Firjan. Vê aí os números do Cagedda questão dos percentuais de pessoas com carteira assinada. Temos lá um programa bacana que nós implantamos, que é o Cartão Universitário, que o pobre não tinha como ir para a faculdade e passou a ter essa possibilidade, inclusive, de fazer odontologia, de medicina, com transporte universitário, que, inclusive, São João da Barra emprestou aqui para a Campos, para resolver problema de transporte, a licitação lá, onde eles pegaram carona. Tem o transporte gratuito no município, entre todos os distritos, um transporte decente, as pessoas não precisam ficar exprimidas dentro das vans, muitas vezes sem nem ter como ir de um lugar para outro, porque nem van tem. Enfim, são coisas, o cartão cidadão de São João da Barra, que está em torno de R$ 600,00, acho que aqui é R$ 200, R$ 200 e pouco. Então, quer dizer, são coisas que as pessoas comparam, mas não comparam porque Carla está em São João da Barra influenciando Campos. Porque é o que eu falei, dois anos que estou fora, não fui a uma inauguração, nem à prefeitura. Porque simplesmente eu cumpri o meu papel. (…) A briga é boa. Muita água passa por debaixo da ponte. Depois dessa entrevista minha aqui, com certeza a próxima pesquisa eu vou estar bem melhor. Estou tendo a oportunidade de estar falando para toda Campos. Essa é a minha avaliação. Talvez eu não tenha tido como adversário uma candidata como eu, com vasta experiência e aprovada, muito bem avaliada nos governos que eu fiz. Talvez eu não tenha tido uma oposição assim.
Correntes do PT — Campos tem oportunidades diversas. Campos não tem que aceitar somente um e achar que já ganhou. A soberba, ela é inimiga da vitória. (…) Estou no páreo e pré-candidata. E, se tiver algo em contrário, eu serei a primeira a falar. Tem o Jefferson, professor maravilhoso, foi nosso reitor, um trabalho excelente. O Helinho (Anomal), ali no sindicato, são pessoas valorosas por demais. Mas a gente precisa ver a viabilidade. Eu apareço em todas as pesquisas como, depois do prefeito com o mandato, a melhor avaliada. Então a gente tem que ver chances reais de vitória. (…) Existem várias conversas ainda, mas há pretensão, como a do Jefferson, a do Hélio Anomal. Nós temos lá pessoas valorosas, a Odisséia, o Luciano D’Angelo, Tezeu, entre tantos, ali dentro do Partido dos Trabalhadores. E também temos outros partidos que a gente tem uma relação boa, que a gente ainda vai dialogar pelo bem de Campos. Tudo é conversa. A gente vai dialogando. Cada um, cada partido responde por si. Eu ainda nem posso responder pelo Partido dos Trabalhadores. É um consenso. Eu acredito que, sanados todos os problemas, devido à intenção de votos nas pesquisas feitas, não tem muita discussão por uma questão de inteligência. Não por causa de falta de valor, porque eu já falei que os companheiros são por demais valorosos.
Nominatas — Acredito que faremos uma bancada boa. Está sendo buscado isso, os pré-candidatos estão com o trabalho firme. E tem que ter representação diversa, dos vários segmentos. Mas, principalmente, tem que ter lá a representação de pessoas com vontade de fazer acontecer, de fiscalizar o Executivo, de representar bem suas comunidades. (…) Eu acho que eleição para vereador, eu vejo, por exemplo, pesquisa apenas como indicativo. Só vai dar legal 10 dias antes que se tem uma ideia. Então, é trabalho o que eu falo. Para pré-candidato a vereador, trabalhe, trabalhe, crie meta, e assim vem a vitória. E o resultado é decorrente do trabalho de todo um grupo, porque ninguém se elege sozinho. Eu, por exemplo, fui candidata em 2014, ajudei o partido com 24 mil votos. Dessa vez, o partido me ajudou. Fiz minha meta de conquistar 35, quase que foi. Foi 34.800 e alguma coisa. Então, é o conjunto que faz com que a gente chegue lá. Então, o trabalho tem que ser não só de um pré-candidato ou de um candidato, mas sim do desempenho de todo um grupo. Aí eu não faço essa expectativa, não tenho essa projeção em mente.
“A lei é genérica” — O fato é: aqueles que têm medo que eu seja candidata ainda afirma veementemente que eu não posso ser. Eu acho que eu não preciso de consenso. Eu preciso é que eu tenha maioria quando a questão for decidida. E ninguém é juiz, ninguém aqui é dono da verdade. As verdades são relativas, elas não são absolutas. A lei é muito genérica. Ela não é específica. Então vamos fazer o seguinte: se eu não puder ser, vai ser divulgado. Aí fala, ‘Carla não pode ser candidata’. Tem uns que acham que eu posso. Vamos deixar a justiça deliberar e fica mais fácil. Enquanto isso, eu sou pré-candidata, sim. (…) Eu vejo com forte chance, de acordo com o parecer que me foi dado por um jurista de renome, que essa possibilidade seja mais real do que alguns pensam. Vamos aguardar os acontecimentos. Porque a justiça deve se posicionar.
Eleições em Campos — Eu falei, quando voltei meu título aqui para Campos, que eu estaria ativamente participando do processo. E vou estar de qualquer forma, porque a gente deseja o melhor para a Campos. (…) Eleição é trabalho e não começou ainda esse processo. Até pouco tempo, não tinham muitos pré-candidatos. Hoje já tem bastante. Será que todos ficarão até as convenções? Não sabemos ainda como vai desenrolar. Depende de muito diálogo. Agora, eu acho que seria importante essa união por Campos. Que se dê no primeiro turno, que se dê no segundo, mas tem que ter. É isso.
Pré-candidatura — Na realidade, não estava, no início, muito animada, porque eu tenho outras coisas também para fazer. Eu toco a Casa de Pedro, uma casa que tem cunho social, ajuda as crianças, principalmente as crianças mais carentes, crianças autistas. Tinha pensado até que na minha questão política, no Executivo, eu não daria continuidade. Mas eu vejo que Campos está padecendo, as pessoas estão sofrendo. E alguns amigos, o próprio partido, têm conversado muito comigo a respeito disso. E a gente está pensando, e eu vou agora aguardar. Até então não tinha me mexido, até mesmo as redes sociais, tem gente que adora uma rede social, que tudo que faz, coloca. Eu quase nem mexo nas minhas redes sociais, não acho que eu esteja fazendo um “petáculo”, entendeu? Não sou cantora. Não canto nem em banheiro, porque senão eu perco até meu voto. Mas eu estou aí, sei da minha experiência administrativa e da avaliação. (…) Então, a gente vai fazendo aquilo que pode porque a lei é genérica. E até que me prove o contrário. Eu não estava pré-candidata, agora estou. A gente vai ver realmente a possibilidade. Na convenção do partido, se assim desejarem, porque eu falo sempre que a gente está dentro de um partido e que tem que conversar, temos que ver aí as possibilidades reais de vitória. Porque eu já falei, eu não gosto de entrar para perder ou para fazer número, eu entro para ganhar.
Motivação ao pleito — A gente, antes de pensar em nós mesmos, se a gente sabe que a gente tem a condição de ajudar de forma coletiva para melhor bem-estar das pessoas, eu acho que a gente não pode se acovardar. E é isso que tem me motivado. Eu não sou de entrar em algo, numa disputa, que eu não tenha ali a viabilidade de vitória, entendeu? E isso perpassa por conversa, por pesquisa, por outras situações, para a gente entrar em um projeto que possa dar frutos, que possa ser vitorioso. O que muda é isso. Antes, eu tinha compromisso com São João da Barra, que me deu todas as oportunidades. Eu sou muito grata, e é o que eu falo sempre, é o meu povo amigo de São João da Barra. Uma mulher, sem dinheiro, professora. Na época, eu vim candidata a vereadora, eu fui a segunda mais votada naquele pleito, isso em 1996. Meus alunos, que tinham feito minha música, um rap lá, eu só tinha um carrinho de som, porque, na época, podia carro de som. (…) Então, desde lá de trás, nessa ocasião, eu só perdi para o presidente da Câmara, candidato à reeleição. Então, desde lá de trás, o povo de São João da Barra votou em mim como mulher, professora. A gente só tem que agradecer. Eu não poderia, em 2017, por eu ter dado o apoio político a Neco, e o município deixou de cumprir com suas obrigações, com os servidores, com os programas sociais, o grau de endividamento que deixou o município, que a gente modificou esse estado de coisa, eu não poderia deixar de retornar para fazer com que o município voltasse a ter o equilíbrio financeiro, que voltasse a ter os programas acontecendo. E eu tinha que estar lá, porque eu acho que política é missão. No período do Covid, São João da Barra deu exemplo. E foi o ano mais difícil da nossa administração, porque nós tivemos ali a queda da receita proveniente dos royalties de petróleo. Então, eu acho que eu não podia me furtar de contribuir com a nossa experiência num momento mais difícil que o município teve. E não era meu momento ainda aqui em Campos. Eu tive, em São João da Barra, que ficar esses 40 anos.
Pesquisas — Por que que nas últimas pesquisas que fizeram, eu tenho quase 20% sem fazer nada? É porque as pessoas, além de me conhecerem, que eu fui criada aqui em Campos, nascida e criada, também elas veem a administração de São João da Barra, que foi considerada um município de maior liquidez pela Firjan. Vê aí os números do Cagedda questão dos percentuais de pessoas com carteira assinada. Temos lá um programa bacana que nós implantamos, que é o Cartão Universitário, que o pobre não tinha como ir para a faculdade e passou a ter essa possibilidade, inclusive, de fazer odontologia, de medicina, com transporte universitário, que, inclusive, São João da Barra emprestou aqui para a Campos, para resolver problema de transporte, a licitação lá, onde eles pegaram carona. Tem o transporte gratuito no município, entre todos os distritos, um transporte decente, as pessoas não precisam ficar exprimidas dentro das vans, muitas vezes sem nem ter como ir de um lugar para outro, porque nem van tem. Enfim, são coisas, o cartão cidadão de São João da Barra, que está em torno de R$ 600,00, acho que aqui é R$ 200, R$ 200 e pouco. Então, quer dizer, são coisas que as pessoas comparam, mas não comparam porque Carla está em São João da Barra influenciando Campos. Porque é o que eu falei, dois anos que estou fora, não fui a uma inauguração, nem à prefeitura. Porque simplesmente eu cumpri o meu papel. (…) A briga é boa. Muita água passa por debaixo da ponte. Depois dessa entrevista minha aqui, com certeza a próxima pesquisa eu vou estar bem melhor. Estou tendo a oportunidade de estar falando para toda Campos. Essa é a minha avaliação. Talvez eu não tenha tido como adversário uma candidata como eu, com vasta experiência e aprovada, muito bem avaliada nos governos que eu fiz. Talvez eu não tenha tido uma oposição assim.
Correntes do PT — Campos tem oportunidades diversas. Campos não tem que aceitar somente um e achar que já ganhou. A soberba, ela é inimiga da vitória. (…) Estou no páreo e pré-candidata. E, se tiver algo em contrário, eu serei a primeira a falar. Tem o Jefferson, professor maravilhoso, foi nosso reitor, um trabalho excelente. O Helinho (Anomal), ali no sindicato, são pessoas valorosas por demais. Mas a gente precisa ver a viabilidade. Eu apareço em todas as pesquisas como, depois do prefeito com o mandato, a melhor avaliada. Então a gente tem que ver chances reais de vitória. (…) Existem várias conversas ainda, mas há pretensão, como a do Jefferson, a do Hélio Anomal. Nós temos lá pessoas valorosas, a Odisséia, o Luciano D’Angelo, Tezeu, entre tantos, ali dentro do Partido dos Trabalhadores. E também temos outros partidos que a gente tem uma relação boa, que a gente ainda vai dialogar pelo bem de Campos. Tudo é conversa. A gente vai dialogando. Cada um, cada partido responde por si. Eu ainda nem posso responder pelo Partido dos Trabalhadores. É um consenso. Eu acredito que, sanados todos os problemas, devido à intenção de votos nas pesquisas feitas, não tem muita discussão por uma questão de inteligência. Não por causa de falta de valor, porque eu já falei que os companheiros são por demais valorosos.
Nominatas — Acredito que faremos uma bancada boa. Está sendo buscado isso, os pré-candidatos estão com o trabalho firme. E tem que ter representação diversa, dos vários segmentos. Mas, principalmente, tem que ter lá a representação de pessoas com vontade de fazer acontecer, de fiscalizar o Executivo, de representar bem suas comunidades. (…) Eu acho que eleição para vereador, eu vejo, por exemplo, pesquisa apenas como indicativo. Só vai dar legal 10 dias antes que se tem uma ideia. Então, é trabalho o que eu falo. Para pré-candidato a vereador, trabalhe, trabalhe, crie meta, e assim vem a vitória. E o resultado é decorrente do trabalho de todo um grupo, porque ninguém se elege sozinho. Eu, por exemplo, fui candidata em 2014, ajudei o partido com 24 mil votos. Dessa vez, o partido me ajudou. Fiz minha meta de conquistar 35, quase que foi. Foi 34.800 e alguma coisa. Então, é o conjunto que faz com que a gente chegue lá. Então, o trabalho tem que ser não só de um pré-candidato ou de um candidato, mas sim do desempenho de todo um grupo. Aí eu não faço essa expectativa, não tenho essa projeção em mente.
Representatividade feminina — Eu acho que tem que mudar. Lugar de mulher é onde ela quiser. E precisa de mais mulheres que levem a sério a política. E não é só mulheres, não. As pessoas de bem. Muitas vezes a gente vê as pessoas: “ah, político, que é isso, que é aquilo”. Tem que entrar. Porque, como dizia Gandhi: “Seja a paz que você quer que tenha no mundo”. Não é isso? Então, seja, faça a política que você quer que aconteça. Seja candidato, leve a sério, lute. Por quê? É difícil? É. Ninguém está aqui para pegar mentira e enganar. Mas todos nós somos capazes. Então, vamos lá, vamos animar mulherada, porque precisa ter uma flor dentro daquela Câmara. Algumas flores para enfrentar aquele jardim, para levar mais leveza. Então, vamos torcer para que mude esse estado de coisas.
Mandato na Alerj, após Prefeitura — Eu estranhei muito, porque foram 13 anos como prefeita de São João da Barra. Hoje deputada estadual, dois anos afastada, e a gente, independente de estar afastada do Executivo municipal, a gente conviveu com isso há muito tempo, e eu quero aproveitar e agradecer foram 13 anos de contas com parecer aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado e respaldados, esse voto favorável pela Câmara de São João da Barra, porque tem muitos prefeitos que tem necessidade de dois terços da Câmara para fazer com que o parecer se modifique, que possa ser aprovado. E a gente, graças a Deus e à equipe de trabalho, conseguiu essa vitória e fechamos definitivamente a questão com São João da Barra, em termos de prestação de contas. Foram votadas essa semana três contas. De abril até dezembro, a atual prefeita Carla Caputi que responde, mas até abril eu também tinha que prestar conta. E ela com os dois terços. E também tivemos aí o parecer favorável do Tribunal de Contas e foi votado no plenário da Câmara essa semana e a gente agradece muito.
Relação com Rodrigo Bacellar — Eu estou na Alerj e tenho admirado a postura do presidente, Rodrigo Bacellar. Não votei nele para presidente. Não votei, deixo bem claro isso. Quem votou foi Bruno Dauaire, aliado de Wladimir. E, na realidade, o Rodrigo, apesar de eu não ter votado nele para presidente da Alerj, ele trata todos da mesma forma, com respeito. Se tivesse uma eleição para presidente, pela maneira de tratar, pela questão democrática dentro da Alerj, o respeito aos pares, eu votaria em Rodrigo hoje. Não estou fazendo aqui apologia, não tenho parceria, somos partidos diferentes, e o PT, alguns dos companheiros lá votaram com o Rodrigo. Na ocasião foi feita uma votação. Inicialmente, eu me coloquei, o partido foi discutindo isso. Então, se for da vontade do partido, se ele vier a uma reeleição, a gente tem essa inclinação, mesmo que a gente respeite o voto de bancada. Então, eu não tenho essa aproximação toda, mas tem minha admiração, tem meu respeito pelo trabalho que desenvolve dentro da Alerj.
Alianças políticas— Com relação à aliança futura, perpassa por diálogo, por conversa, por projetos em comum, e isso vai ser discutido no tempo certo. Na realidade, tudo é um consenso. Eu acho que a palavra nunca ou não, eu acho que eu já adquiri a maturidade, nós não podemos falar. Nós estamos em um projeto de libertação de Campos. E tudo vai ser visto, conversado, dialogado, que eu acho que a conversa tem que haver. Agora, o mais importante que qualquer tipo de aliança partidária é ter aliança com o povo.
Wladimir x Bacellar — Quem falou que eu não quero apoio? Eu quero todos os apoios. Se o Wladimir quiser me apoiar, eu quero apoio dele também. O Wladimir teve todo o apoio do Rodrigo por um bom tempo. Por isso que ficou até passeando sozinho, sem oposição dentro de Campos. Agora que há realmente uma oposição. Mas quantas coisas também o Rodrigo ajudou para poder trazer recurso para Campos. Wladimir deveria considerar Rodrigo um amigo dele. Isso que eu acho. Gratidão é isso.
Mandato na Alerj, após Prefeitura — Eu estranhei muito, porque foram 13 anos como prefeita de São João da Barra. Hoje deputada estadual, dois anos afastada, e a gente, independente de estar afastada do Executivo municipal, a gente conviveu com isso há muito tempo, e eu quero aproveitar e agradecer foram 13 anos de contas com parecer aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado e respaldados, esse voto favorável pela Câmara de São João da Barra, porque tem muitos prefeitos que tem necessidade de dois terços da Câmara para fazer com que o parecer se modifique, que possa ser aprovado. E a gente, graças a Deus e à equipe de trabalho, conseguiu essa vitória e fechamos definitivamente a questão com São João da Barra, em termos de prestação de contas. Foram votadas essa semana três contas. De abril até dezembro, a atual prefeita Carla Caputi que responde, mas até abril eu também tinha que prestar conta. E ela com os dois terços. E também tivemos aí o parecer favorável do Tribunal de Contas e foi votado no plenário da Câmara essa semana e a gente agradece muito.
Relação com Rodrigo Bacellar — Eu estou na Alerj e tenho admirado a postura do presidente, Rodrigo Bacellar. Não votei nele para presidente. Não votei, deixo bem claro isso. Quem votou foi Bruno Dauaire, aliado de Wladimir. E, na realidade, o Rodrigo, apesar de eu não ter votado nele para presidente da Alerj, ele trata todos da mesma forma, com respeito. Se tivesse uma eleição para presidente, pela maneira de tratar, pela questão democrática dentro da Alerj, o respeito aos pares, eu votaria em Rodrigo hoje. Não estou fazendo aqui apologia, não tenho parceria, somos partidos diferentes, e o PT, alguns dos companheiros lá votaram com o Rodrigo. Na ocasião foi feita uma votação. Inicialmente, eu me coloquei, o partido foi discutindo isso. Então, se for da vontade do partido, se ele vier a uma reeleição, a gente tem essa inclinação, mesmo que a gente respeite o voto de bancada. Então, eu não tenho essa aproximação toda, mas tem minha admiração, tem meu respeito pelo trabalho que desenvolve dentro da Alerj.
Alianças políticas— Com relação à aliança futura, perpassa por diálogo, por conversa, por projetos em comum, e isso vai ser discutido no tempo certo. Na realidade, tudo é um consenso. Eu acho que a palavra nunca ou não, eu acho que eu já adquiri a maturidade, nós não podemos falar. Nós estamos em um projeto de libertação de Campos. E tudo vai ser visto, conversado, dialogado, que eu acho que a conversa tem que haver. Agora, o mais importante que qualquer tipo de aliança partidária é ter aliança com o povo.
Wladimir x Bacellar — Quem falou que eu não quero apoio? Eu quero todos os apoios. Se o Wladimir quiser me apoiar, eu quero apoio dele também. O Wladimir teve todo o apoio do Rodrigo por um bom tempo. Por isso que ficou até passeando sozinho, sem oposição dentro de Campos. Agora que há realmente uma oposição. Mas quantas coisas também o Rodrigo ajudou para poder trazer recurso para Campos. Wladimir deveria considerar Rodrigo um amigo dele. Isso que eu acho. Gratidão é isso.
Controle orçamentário — Eu acho que o vereador, o deputado, tem a região onde ele milita mais diretamente. Então, eu já fui vereadora e agora estou deputada, como já fui prefeita. Eu como prefeita deliberei a favor das emendas impositivas. Então, como deputada, se tiver muito bom, por exemplo, aqui, o que eu pude fazer foi atender Campos na Uenf, no Hospital Veterinário, numa escola daqui de Campos. Coloquei recurso para a Fundação da Infância e da Criança, porque ali poderíamos, em cima de projetos, atender as Aapes, os centros de autism. A parte cultural aqui do Villa Maria. Para a Saúde de São João da Barra, para a Saúde de São Francisco. E eu acho que seria um ganho muito grande, porque a gente que não é governo, porque eu não sou deputada da base do governo de Cláudio, a gente teria uma maneira como atender melhor a região que a gente representa. Então, acho que isso é legal sim. Não é um percentual grande dentro do orçamento, no geral, e que garantiria benefícios para todas as partes.
Renúncia ao cargo de prefeita — Eu não saí, nem sairia, por questão de ter uma Câmara com maioria de oposição. Até porque eu já tinha passado por isso antes, uma determinada época, e a gente trabalhou, eu me mantive lá, isso nas minhas duas primeiras gestões, com Alexandre, Gersinho, e no final saí com 87% de aprovação daqueles dois mandatos iniciais. Então, não seria uma Câmara contra que me tiraria de uma administração, porque uma coisa que eu nunca fui foi covarde. Eu sempre tive ideais, propostas, metas que eu alcancei.
Herança deixada por Neco — Peguei o município com caixa de previdenciário arrombado e deixei quite. INSS devendo. Graças a Deus, Neco, na época, não conseguiu arrumar aquele empréstimo pela venda do futuro, de mais de 30 anos para ter que paga. Porque, sinceramente, eu peguei com dois terços do meu orçamento comprometido. E nunca deixei de pagar os salários. São João da Barra sempre, enquanto eu estava prefeita de lá, deu os maiores índices de reajuste salarial para o servidor público. Enfim, eu acho que este exemplo de gestão eu deixei, e é por isso que me leva até aqui, quase 20% das intenções de voto, sem eu abrir minha boca.
Renúncia ao cargo de prefeita — Eu não saí, nem sairia, por questão de ter uma Câmara com maioria de oposição. Até porque eu já tinha passado por isso antes, uma determinada época, e a gente trabalhou, eu me mantive lá, isso nas minhas duas primeiras gestões, com Alexandre, Gersinho, e no final saí com 87% de aprovação daqueles dois mandatos iniciais. Então, não seria uma Câmara contra que me tiraria de uma administração, porque uma coisa que eu nunca fui foi covarde. Eu sempre tive ideais, propostas, metas que eu alcancei.
Herança deixada por Neco — Peguei o município com caixa de previdenciário arrombado e deixei quite. INSS devendo. Graças a Deus, Neco, na época, não conseguiu arrumar aquele empréstimo pela venda do futuro, de mais de 30 anos para ter que paga. Porque, sinceramente, eu peguei com dois terços do meu orçamento comprometido. E nunca deixei de pagar os salários. São João da Barra sempre, enquanto eu estava prefeita de lá, deu os maiores índices de reajuste salarial para o servidor público. Enfim, eu acho que este exemplo de gestão eu deixei, e é por isso que me leva até aqui, quase 20% das intenções de voto, sem eu abrir minha boca.
Eleição em São João da Barra — Eu vejo que ela (Carla Caputi) está muito bem. E quando eu converso com ela, eu falo, eleição só está a ganhar depois de apurada. É trabalho até o fim. É botar a sandalinha da humildade e caminhar.
Críticas ao governo Wladimir — A população é que está na ponta, é que sofre no dia a dia pelo descaso, é o agricultor sem apoio, é o pescador passando fome, é o pessoal da Baixada com poucas possibilidades e pouca atenção, é o descaso na saúde, é a falta de remédio, é a falta do leite. Enfim, são coisas que a gente tem que ver que são mais importantes. E a geração de emprego e renda, capacitação da nossa juventude. As escolas, elas precisam educar de forma séria, fazer a inclusão que precisa ser feita. Agora eu vi, conseguiu lá, e acho ótimo, o governo Lula está abrindo esses PACs, e Campos conseguiu se credenciar para receber esses R$ 540 milhões para compra de ônibus. Esse empréstimo, que parece que são dois anos de carência, e acho que mais de 10 anos para pagar. Não precisava nem disso, porque Campos tem dinheiro em caixa. Parece que tem mais de R$ 1,5 bilhão, tem gente que fala mais de R$ 2 bilhões, e o povo está padecendo, apertado nas vans. E quando passa. Há quanto tempo que está sofrendo? E com o dinheiro em caixa. Enfim, são coisas que temos que entender. Esse recurso dá para pagar 108 ônibus. Cento e oito ônibus é o suficiente para atender toda a Campos? E como vai ser a gerência disso? E o plano de mobilidade? Como vai se dar? Como vai ser a questão das vans? Porque são pessoas também que precisam trabalhar. Vão ser mais desempregados? Não há clareza.
Possível visita de Lula a Campos — Na realidade, o Lula tem visitado vários lugares, vários municípios, e, se ele vier, vai ser muito bem-vindo. Eu digo que, talvez eu não seja orgânica no partido, mas eu sempre fui das primeiras a vestir a camisa de Lula aqui e de trabalhar. A política, infelizmente, tomou o rumo do radicalismo. É direita, é esquerda, é inimigo e não sei o quê. Não tem que ser isso. Tem que haver respeito. E, principalmente, tem que ter união das pessoas, respeito e união pelo bem coletivo. Eu vejo dessa forma.
Conservadorismo em Campos — Eu acho que essa questão não me afeta tanto não, porque as pessoas conhecem a maneira de eu trabalhar. São João da Barra é o que era antes de mim e o que é agora. São João da Barra é a porta de entrada do desenvolvimento aqui da região Norte e Noroeste Fluminense. Nós temos o complexo logístico portuário do Açu. Nós temos programas sociais que vão muito na linha do governo do PT, do governo de Lula, por quê? É o combate à miséria e à fome. A questão das escolas técnicas. Em São João da Barra, a gente conseguiu. Na época, eu estive em Brasília, levei o IFF para lá (SJB), mesmo com menos de 100 mil habitantes, por conta do porto, e eu também, na época, comprei o terreno. Eu construí a escola, eu já tinha um convênio com a fundação que atendia o IFF, fazia cursos técnicos por todos os distritos lá. Então, quer dizer, nós temos muito esse viés da educação das pessoas, mas também temos o viés do desenvolvimento. Então, pelo trabalho, a gente pega... Eu tenho apoio da esquerda, está certo? E também da direita. Na realidade, o trabalho da gente passa isso, porque as pessoas entendem. Eu sou contra o radicalismo. E a política se radicalizou demais. Essas pessoas se tornaram inimigas umas das outras. Isso não existe. Nós somos um povo único. Temos que entender isso. O povo brasileiro é um povo único. Se reina a discórdia, falta paz para as pessoas. Nós precisamos de paz. É isso que precisamos. Nós precisamos de eficiência. Nós precisamos ter meta. Nós precisamos mudar o estado de coisas que não estão dando certo, que estão fazendo com que a autoestima das pessoas não seja boa. A desesperança tomando conta. Então, é isso. Antes de direita, esquerda, de partido, é um projeto de libertação para Campos.
Críticas ao governo Wladimir — A população é que está na ponta, é que sofre no dia a dia pelo descaso, é o agricultor sem apoio, é o pescador passando fome, é o pessoal da Baixada com poucas possibilidades e pouca atenção, é o descaso na saúde, é a falta de remédio, é a falta do leite. Enfim, são coisas que a gente tem que ver que são mais importantes. E a geração de emprego e renda, capacitação da nossa juventude. As escolas, elas precisam educar de forma séria, fazer a inclusão que precisa ser feita. Agora eu vi, conseguiu lá, e acho ótimo, o governo Lula está abrindo esses PACs, e Campos conseguiu se credenciar para receber esses R$ 540 milhões para compra de ônibus. Esse empréstimo, que parece que são dois anos de carência, e acho que mais de 10 anos para pagar. Não precisava nem disso, porque Campos tem dinheiro em caixa. Parece que tem mais de R$ 1,5 bilhão, tem gente que fala mais de R$ 2 bilhões, e o povo está padecendo, apertado nas vans. E quando passa. Há quanto tempo que está sofrendo? E com o dinheiro em caixa. Enfim, são coisas que temos que entender. Esse recurso dá para pagar 108 ônibus. Cento e oito ônibus é o suficiente para atender toda a Campos? E como vai ser a gerência disso? E o plano de mobilidade? Como vai se dar? Como vai ser a questão das vans? Porque são pessoas também que precisam trabalhar. Vão ser mais desempregados? Não há clareza.
Possível visita de Lula a Campos — Na realidade, o Lula tem visitado vários lugares, vários municípios, e, se ele vier, vai ser muito bem-vindo. Eu digo que, talvez eu não seja orgânica no partido, mas eu sempre fui das primeiras a vestir a camisa de Lula aqui e de trabalhar. A política, infelizmente, tomou o rumo do radicalismo. É direita, é esquerda, é inimigo e não sei o quê. Não tem que ser isso. Tem que haver respeito. E, principalmente, tem que ter união das pessoas, respeito e união pelo bem coletivo. Eu vejo dessa forma.
Conservadorismo em Campos — Eu acho que essa questão não me afeta tanto não, porque as pessoas conhecem a maneira de eu trabalhar. São João da Barra é o que era antes de mim e o que é agora. São João da Barra é a porta de entrada do desenvolvimento aqui da região Norte e Noroeste Fluminense. Nós temos o complexo logístico portuário do Açu. Nós temos programas sociais que vão muito na linha do governo do PT, do governo de Lula, por quê? É o combate à miséria e à fome. A questão das escolas técnicas. Em São João da Barra, a gente conseguiu. Na época, eu estive em Brasília, levei o IFF para lá (SJB), mesmo com menos de 100 mil habitantes, por conta do porto, e eu também, na época, comprei o terreno. Eu construí a escola, eu já tinha um convênio com a fundação que atendia o IFF, fazia cursos técnicos por todos os distritos lá. Então, quer dizer, nós temos muito esse viés da educação das pessoas, mas também temos o viés do desenvolvimento. Então, pelo trabalho, a gente pega... Eu tenho apoio da esquerda, está certo? E também da direita. Na realidade, o trabalho da gente passa isso, porque as pessoas entendem. Eu sou contra o radicalismo. E a política se radicalizou demais. Essas pessoas se tornaram inimigas umas das outras. Isso não existe. Nós somos um povo único. Temos que entender isso. O povo brasileiro é um povo único. Se reina a discórdia, falta paz para as pessoas. Nós precisamos de paz. É isso que precisamos. Nós precisamos de eficiência. Nós precisamos ter meta. Nós precisamos mudar o estado de coisas que não estão dando certo, que estão fazendo com que a autoestima das pessoas não seja boa. A desesperança tomando conta. Então, é isso. Antes de direita, esquerda, de partido, é um projeto de libertação para Campos.