Aulas retomadas nas escolas de Atafona após crime envolvendo estudantes
As aulas nas unidades escolares da rede municipal de São João da Barra Dr. Newton Alves e Professora Dionélia Gonçalves Santos, em Atafona, foram retomadas nesta segunda-feira (11). As escolas ficaram fechadas por uma semana, após o assassinato da estudante Maria Eduarda Silva Barreto, de 17 anos, estuprada e morta por um colega de turma, no dia 1º de dezembro.
A decisão de suspender as aulas partiu da Prefeitura para tranquilizar os pais de alunos e evitar boatos, pois estudantes das duas unidades supostamente teriam sofrido ameaças.
Em nota, nesta segunda, a Prefeitura informou que as aulas foram retomadas normalmente. "A rede municipal de ensino possui 436 alunos matriculados na Escola Municipal Dr. Newton Alves e nos anexos, com turmas dos anos finais do ensino fundamental. Na Escola Municipal Professora Dionélia Gonçalves Santos, são 359 alunos dos anos iniciais do ensino fundamental e das fases finais da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Não houve registro de ocorrência por se tratarem somente de boatos", diz trecho da nota.
A Prefeitura ainda destacou que a Guarda Civil Municipal mantém a ronda escolar em todo o município, e foi reforçada em Atafona em função dos boatos da semana passada, com o objetivo de tranquilizar alunos e pais de alunos.
O secretário municipal de Segurança Pública, Anderson Campinho, já havia divulgado em suas redes sociais, na semana passada: “Todas as possibilidades foram verificadas, e pessoas que pudessem estar relacionadas a essas mensagens (com tom de ameaça) foram contatadas, mas nada de concreto foi constatado. Ninguém quis proceder à delegacia para realizar qualquer tipo de registro contra qualquer pessoa que seja. A gente não descarta nenhuma informação. A gente segue realizando a nossa Ronda Escolar com a Guarda Municipal".
As ameaças ocorreram após a morte de Maria Eduarda, e seu namorado, de 16 anos, ter sido esfaqueado em uma emboscada praticada por Gabriel Conceição Bento, de 18 anos, que está preso e confessou os crimes.
A Polícia Civil ainda investiga a suspeita de canibalismo, pois, além de ter sido esganada, Maria Eduarda teve parte do seio arrancada. Após o crime, que aconteceu na casa do Gabriel, ele foi rendido por populares.