Pouco mais de um mês após o último registro de chuva em Campos, no dia 26 de agosto, voltou a chover na cidade nesta sexta-feira (4) e madrugada de sábado (5). No entanto, a situação causada pela falta de chuva na cidade não deve ser amenizada. Desde junho, segundo o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, Almy Junior, a prefeitura vem relatando as dificuldades enfrentadas pelo município em relação à crise hídrica. Ele disse que ações estão sendo executadas, especialmente sobre recursos hídricos, como limpeza de canais e de bebedouros, com o objetivo de minimizar a seca que assola a região.
“Muitos agricultores que trabalham com a pecuária estão com dificuldade de alimentação para o gado, principalmente aqueles que não tiveram condições de ter uma capineira ou silagem como reserva”, disse o secretário.
Rio Paraíba do Sul, em Campos
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Foto: Rodrigo Silveira
Em razão da estiagem prolongada que afeta o Estado do Rio de Janeiro, os rios de cidades da região estão com níveis abaixo do normal. No Rio Paraíba, em Campos, que recebe água dos outros rios, é possível ver bancos de areia na região central da cidade. Apesar da seca, a Águas do Paraíba, concessionária de água e esgoto do município, informou que não enfrenta dificuldades de abastecimento em razão da estiagem.
Já em outras cidades da região, a situação é bem diferente. Em um comunicado divulgado nesta semana, a Cedae informou que os sistemas de abastecimento de alguns municípios do Norte e Noroeste Fluminense estão em estágio de alerta. De acordo com a companhia, a ausência de chuvas reduziu os níveis dos mananciais utilizados para captação e tratamento de água. No Noroeste, os sistemas que atendem Bom Jesus do Itabapoana, Italva e Porciúncula estão em estágio de alerta. No Norte, a situação se repete no município de Cardoso Moreira.
Todos os sistemas ainda operam com suas capacidades máximas, mas caso a estiagem continue, existe o risco de redução da produção. Até que o regime de chuvas se normalize, a Cedae pede aos consumidores que usem água de forma moderada, adiando tarefas não essenciais que demandem grande consumo. A Companhia monitora frequentemente o nível dos rios e fornecerá atualizações da situação, conforme necessário”, disse a Cedae.
Rio Paraíba do Sul, em Campos
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Foto: Rodrigo Silveira
Histórico de chuvas em Campos Em Campos, conforme dados da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), do início do ano até agora choveu cerca de 709 mm. Os números mostram, ainda, que até o mês de março choveu 359 mm e, desde então, só choveu 80 mm. Em 2023, choveu 754 mm durante todo o ano. A diferença em relação a este ano é que, no ano passado, as chuvas foram mais distribuídas, ocorrendo em abril, maio e agosto, com alternância de meses.
