Duas mulheres são presas em Campos durante a Operação Príncipe dos Bitcoins
- Atualizado em 06/08/2024 15:02

Delegacia de Polícia do Centro
Delegacia de Polícia do Centro / Genilson Pessanha

Duas mulheres foram presas na manhã dessa segunda-feira (5) em cumprimento de mandado de prisão preventiva após se apresentarem espontaneamente na 134ª Delegacia de Polícia, no Centro de Campos. Elas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pelo crime de estelionato, através de criptomoedas e eram alvos da Operação Príncipe dos Bitcoins.

Em um desdobramento da operação Príncipe do BitCoin, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) denunciou quatro pessoas pelo crime de estelionato, através de criptomoedas. Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes, segundo a polícia, aplicaram o golpe da pirâmide financeira em mais cinco moradores de Campos.

A denúncia do GAECO/MPRJ foi recebida em 11 de julho, pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes. Segundo a ação penal, por meio da A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, os criminosos causaram prejuízo de R$ 234.600,00 às vítimas. Esses crimes foram cometidos nos anos de 2020 e 2021. Os criminosos já respondem a outros processos, pelos mesmos crimes.

Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”. Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a dar aparência de legalidade ao trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.

Ainda segundo a denúncia, após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido.

Em outubro de 2023, o GAECO/MPRJ e a Polícia Civil, por meio da 134ª Delegacia de Polícia, deflagraram a operação Príncipe do BitCoin, com o objetivo de cumprir mandados contra os quatro denunciados. Em novembro, a Civil prendeu Gilson André Braga dos Santos e Ana Cláudia Carvalho Contildes a 25 quilômetros da fronteira do Brasil com o Paraguai. Os dois eram considerados foragidos desde o fim de outubro, quando a delegacia de Campos fez uma operação para desmantelar o esquema.

A quadrilha agia desde o ano de 2016, aplicando o golpe da pirâmide financeira envolvendo a aplicação dos investimentos no mercado financeiro. De acordo com os promotores do GAECO/MPRJ, somente por meio da A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, os criminosos fizeram mais de 43 vítimas, com a promessa de retorno altíssimo e fixo para o investimento aplicado. Investigações do GAECO/MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.

Com informações do MPRJ

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