Foragidos da Operação "Príncipe do Bitcoin", estelionatários de Campos são presos no Paraguai
De acordo com as investigações, os dois fazem parte de uma quadrilha que agia desde o ano de 2016 aplicando golpes envolvendo investimentos no mercado financeiro. Segundo a Polícia Civil, Gilson e Ana Cláudia eram responsáveis pela A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, que fez mais de 43 vítimas, com a promessa de retorno altíssimo e fixo para o investimento aplicado. Investigações também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.
Ana Cláudia Carvalho Contildes, de 39 anos, Gilson André Braga dos Santos, de 42 anos, investigados na operação “Príncipe do Bitcoin”, foram presos nesta quinta-feira (23) no Paraguai. A prisão foi feita pela Polícia Civil, através da 134ª DP, coordenada pela delegada Natalia Patrão. Os dois foram encontrados em uma casa no distrito de Hernandarias, que fica a 25 quilômetros da divisa do Brasil com o Paraguai, próximo a Foz do Iguaçu.
Um vídeo mostra momentos da operação que prendeu os dois no Paraguai.
Veja:
De acordo com as investigações, os dois fazem parte de uma quadrilha que agia desde o ano de 2016 aplicando golpes envolvendo investimentos no mercado financeiro. Segundo a Polícia Civil, Gilson e Ana Cláudia eram responsáveis pela A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, que fez mais de 43 vítimas, com a promessa de retorno altíssimo e fixo para o investimento aplicado. Investigações também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.
Mesmo foragidos, existe a suspeita de que os dois continuavam aplicando golpes, mas no Paraguai. Segundo a Polícia Civil, a suspeita surgiu após informações de uma vítima. A investigação da 134ª DP em conjunto com o MPRJ conseguiu na Justiça o bloqueio online de valores disponíveis nas contas dos denunciados no valor de R$ R$ 1.964.815,96 milhões, incluindo criptoativos e moedas estrangeiras, para ressarcir as vítimas.
Segundo a delegada Natalia Patrão, que estava no Paraguai acompanhando a operação, os presos estão sendo encaminhados para Campos. Eles serão levados para a 134ª DP.
A operação
A operação “Príncipe do Bitcoin” foi deflagrada no dia 25 de outubro, com cumprimento de seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, sendo cinco no total. A investigação é conjunta entre a 134ª DP e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). No dia 28 de outubro, Gilson Ramos Vianna foi preso. Segundo as apurações, Gilson integrava a área de tecnologia da informação da organização criminosa. Ele atuava simulando contas e fazendo a captação de clientes que seriam vítimas do crime. A investigada Ana Paula Contildes Marinho, de 21 anos, segue foragida.
Entenda o esquema
Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”. Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a dar higidez ao trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.
Após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido. Investigações do GAECO/MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.
Entenda o esquema
Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”. Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a dar higidez ao trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.
Após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido. Investigações do GAECO/MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.