Corpo do desembargador José Mota Filho está sendo velado em São Martinho
09/07/2024 19:23 - Atualizado em 09/07/2024 21:27
José Mota Filho
José Mota Filho / PJRJ
O corpo do desembargador aposentado José Mota Filho, de 84 anos, está sendo velado na casa da família, em São Martinho, distrito de Campos. O desembargador morreu nessa segunda-feira (8), em um hospital na cidade de Niterói. Nesta quarta-feira (10), terá uma missa de corpo presente, às 8h, e o sepultamento acontece às 10h, no cemitério de São Martinho.
De acordo com amigos da família, Mota lutava contra um câncer há anos. Na manhã dessa segunda, ele passou mal em casa, em Niterói, e foi levado para o hospital, sendo imediatamente transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde morreu, por volta das 19h.
Durante o velório, a sobrinha do desembargador, Magda Mota, falou sobre o legado e pelo jeito educado e amoroso com todos a sua volta. 
— Ele era uma pessoa boníssima, educadíssima. Deixou um legado, assim, de muito amor. Ele era muito carinhoso, mesmo morando distante. Quando as pessoas faleciam, ele fazia questão de estar aqui. Muito amoroso, toda vez que vinha, ele fazia questão de passar na casa dos irmãos, pra dar um abraço. Eram quatro irmãos, mas já faleceram dois. Então, só deixou coisa boa, só deixou exemplo. Pessoa muito boa. Não tenho palavras para descrever — falou Magda. 
A mulher Conchita diz que Mota sempre foi um homem preocupado com a família. "De origem bem simples, ele estudou, se formou e pode ajudar, principalmente, seus pais. Ele deixa esse legado de carinho com todos", diz ela, lembrando que a saúde do desembargador José Mota piorou muito após a morte do filho único do casal, há três anos.
Campista de São Martinho, José Mota se formou na Faculdade de Direito de Campos, atuou como advogado e ingressou na Magistratura em 1974, em posse realizada no Plenário do Tribunal Pleno do antigo Estado do Rio de Janeiro, em Niterói. Na 2ª instância, atuou na 7ª Câmara Cível. Aposentou-se compulsoriamente do Tribunal de Justiça em 2010, ocasião em que recebeu a Medalha de Honra da Magistratura Fluminense.
— Dr. Mota teve uma carreira brilhante e era uma pessoa muito simples, educadíssima, muito gentil com todo mundo, incapaz de levantar a voz, sempre com uma educação impecável. Por onde passava, só deixava coisas boas — contou a colunista social e amiga da família Márcia Angella.
Segundo Márcia, José Mota Filho morava há muitos anos em Niterói, desde que se casou, mas sempre vinha a Campos e à sua casa na praia do Farol de São Tomé para visitar os amigos.
A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) divulgou nota de pesar sobre o falecimento de José Mota Filho, que dedicou-se ao Poder Judiciário fluminense por 36 anos. “A Amaerj expressa condolências aos familiares e amigos do desembargador e manifesta reconhecimento pela dedicação à Magistratura e ao Judiciário fluminense”.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro também lamentou a morte. “Com profundo pesar, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro lamenta o falecimento do desembargador aposentado José Mota Filho”.

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