Imóveis abandonados em Campos oferecem riscos à segurança e à saúde
Para além das questões sanitárias, o caso também impacta na segurança, remete ao caso dos três jovens sequestrados e levados para uma residência abandonada no Parque Leopoldina, onde foram torturados e, dois deles, assassinados, no último dia 8.
No Parque Dom Bosco, próximo a um colégio, existem duas residências abandonadas na mesma rua e, em uma delas, foi necessário colocar cerca elétrica para evitar que pessoas usem ou guardem drogas no terreno, como já chegou a acontecer no local segundo moradores, que preferiram não se identificar.
“Antes da cerca aqui, era todo dia pessoas entrando para usar drogas. Também tinha pessoas com uso de crack... Também faziam exposição até de relações sexuais aqui no prédio. E com crianças aqui na frente, na escola. Então, quando a gente falou com o responsável pelo imóvel, ele colocou a cerca, amenizou essa situação. Pessoas pararam de entrar com frequência. E a gente também, na hora que vê, a gente pede pra sair, fala que é uma propriedade privada, porque é questão de segurança... Tem pacientes aqui do lado, aqui na frente também tem outra clínica, tem escolas aqui na frente, e a segurança acaba sendo prejudicada. E com a cerca aqui a gente até teve a segurança um pouco mais preservada”, disse.
Na avenida Sete de Setembro, existem três imóveis abandonados e com vegetação alta, trazendo também os riscos citados anteriormente, principalmente de animais peçonhentos e que trazem doenças devido ao tamanho do matagal.
Na rua Marechal Deodoro, existem outros dois lugares abandonados e apenas um tem o selo de “Notificado” da Prefeitura de Campos. A Prefeitura se posicionou sobre toda a situação, explicando que, com o objetivo de eliminar os riscos à população, tanto da saúde quanto a segurança pública, fiscalizações estão sendo realizadas, assim como notificando cada proprietário.
“Os imóveis negligenciados e esquecidos pelos proprietários podem oferecer uma série de risco à população, entre os quais estão os de saúde pública e segurança. E, visando mitigar e eliminar esses riscos, incluindo os imóveis urbanos abandonados que não há acesso, o Departamento Posturas vem realizando fiscalização e notificando o proprietário para fazer a limpeza e manutenção dos mesmos”, diz a nota.
Já o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informou que, durante o trabalho de visita domiciliar ou ações complementares, como, por exemplo, de prevenção combate ao mosquito Aedes aegypti e roedores, “havendo condições de acesso ao imóvel abandonado, o agente de endemias entra, faz a vistoria e o tratamento necessário, entretanto reforça que é de responsabilidade do proprietário adotar medidas para sanar os problemas causados pela situação de abandono em respeito à coletividade”.
A Folha entrou em contato com a Polícia Militar para saber se existe a possibilidade de realizar rondas nesses locais ou até mesmo uma operação especial para que essa fiscalização aconteça e a segurança seja reestabelecida no município. Em resposta, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou, através do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que a unidade realiza policiamento ostensivo e preventivo em todo o município de Campos, “com suas radiopatrulhas em seus roteiros e o Grupamento de Motopatrulhas que aumenta ainda mais o alcance das equipes policiais militares no terreno”.
Campos está, cada vez mais, com número crescente de imóveis abandonados, por toda cidade. A situação impacta áreas diversas, como a saúde pública que, devido a vegetação alta, atrai animais como ratos e mosquitos Aedes aegypti, transmissores de doenças como leptospirose, dengue, chikungunya e zika. Em 2023, a Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria de Ordem Pública, notificou 1.789 imóveis em estado de abandono no município de janeiro a agosto. Até o fechamento, a Folha não conseguiu resposta sobre atualização desses número.
Para além das questões sanitárias, o caso também impacta na segurança, remete ao caso dos três jovens sequestrados e levados para uma residência abandonada no Parque Leopoldina, onde foram torturados e, dois deles, assassinados, no último dia 8.
No Parque Dom Bosco, próximo a um colégio, existem duas residências abandonadas na mesma rua e, em uma delas, foi necessário colocar cerca elétrica para evitar que pessoas usem ou guardem drogas no terreno, como já chegou a acontecer no local segundo moradores, que preferiram não se identificar.
“Antes da cerca aqui, era todo dia pessoas entrando para usar drogas. Também tinha pessoas com uso de crack... Também faziam exposição até de relações sexuais aqui no prédio. E com crianças aqui na frente, na escola. Então, quando a gente falou com o responsável pelo imóvel, ele colocou a cerca, amenizou essa situação. Pessoas pararam de entrar com frequência. E a gente também, na hora que vê, a gente pede pra sair, fala que é uma propriedade privada, porque é questão de segurança... Tem pacientes aqui do lado, aqui na frente também tem outra clínica, tem escolas aqui na frente, e a segurança acaba sendo prejudicada. E com a cerca aqui a gente até teve a segurança um pouco mais preservada”, disse.
Na avenida Sete de Setembro, existem três imóveis abandonados e com vegetação alta, trazendo também os riscos citados anteriormente, principalmente de animais peçonhentos e que trazem doenças devido ao tamanho do matagal.
Na rua Marechal Deodoro, existem outros dois lugares abandonados e apenas um tem o selo de “Notificado” da Prefeitura de Campos. A Prefeitura se posicionou sobre toda a situação, explicando que, com o objetivo de eliminar os riscos à população, tanto da saúde quanto a segurança pública, fiscalizações estão sendo realizadas, assim como notificando cada proprietário.
“Os imóveis negligenciados e esquecidos pelos proprietários podem oferecer uma série de risco à população, entre os quais estão os de saúde pública e segurança. E, visando mitigar e eliminar esses riscos, incluindo os imóveis urbanos abandonados que não há acesso, o Departamento Posturas vem realizando fiscalização e notificando o proprietário para fazer a limpeza e manutenção dos mesmos”, diz a nota.
Quanto ao número de imóveis abandonados, a secretaria municipal de Fazenda não respondeu até o fechamento.
Já o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informou que, durante o trabalho de visita domiciliar ou ações complementares, como, por exemplo, de prevenção combate ao mosquito Aedes aegypti e roedores, “havendo condições de acesso ao imóvel abandonado, o agente de endemias entra, faz a vistoria e o tratamento necessário, entretanto reforça que é de responsabilidade do proprietário adotar medidas para sanar os problemas causados pela situação de abandono em respeito à coletividade”.
A Folha entrou em contato com a Polícia Militar para saber se existe a possibilidade de realizar rondas nesses locais ou até mesmo uma operação especial para que essa fiscalização aconteça e a segurança seja reestabelecida no município. Em resposta, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou, através do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que a unidade realiza policiamento ostensivo e preventivo em todo o município de Campos, “com suas radiopatrulhas em seus roteiros e o Grupamento de Motopatrulhas que aumenta ainda mais o alcance das equipes policiais militares no terreno”.
“No entanto, quaisquer logradouros que tragam insegurança às suas vizinhanças podem e devem ser comunicados à Polícia Militar para que o planejamento seja devidamente alterado, se for o caso. O batalhão mantém e manterá sempre o patrulhamento ostensivo como forma de garantir a segurança da população de bem”, finaliza a nota. (I.S.)