Deam: 393 registros em um mês
De acordo com a Prefeitura, o Centro faz parte da Subsecretaria de Políticas para Mulheres e é composto por uma equipe multidisciplinar. “A atuação da Subsecretaria e Ceam conta com atendimento que prioriza a escuta ativa, busca evitar novos traumas e se concentram sistematicamente na segurança, bem-estar e direitos da mulher vítima de violência, para que elas possam alcançar a realização de um projeto de vida autônomo e livre de qualquer tipo de violência”, diz a nota.
Os casos de violência contra a mulher, de diversos tipos, estão cada vez mais recorrentes e isso acontece também em Campos. Em um mês à frente da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a delegada Juliana Buchas contabiliza 393 registros de ocorrências. Desses registros informados pela Deam, do dia 1º de abril até a última segunda-feira (13), 47 autos de prisão em flagrante foram realizados e 10 mandados de prisão foram cumpridos. Além disso, dois casos de estupro e dois de assédio sexual contra menores de idade estão sendo investigados pela delegacia.
Na última semana, de quarta até sexta-feira (17), mais duas prisões foram realizadas pela Deam. Os dois homens que foram presos entre quarta (15) e quinta-feira (16) teriam descumprido medidas protetivas abertas pelas ex-companheiras e possuíam mandados de prisão contra eles. No dia 15, a prisão aconteceu na comunidade de Madureira, em Guarus, logo após o acusado ter agredido a vítima com socos e ofendê-la. Na quinta-feira (16), no distrito de Travessão, o homem ameaçava matar a ex-companheira frequentemente e tentou invadir a casa dela. Os dois foram encaminhados para o presídio.
A delegada titular da Deam, Juliana Buchas, falou sobre o aumento no número de prisões e registros de ocorrências realizadas pela delegacia, além do encorajamento das mulheres.
“Atualmente, nós temos observado um aumento no número de registros de ocorrência, também no número de prisões, envolvendo situações de violência doméstica contra a mulher. Muito desse aumento se deve ao encorajamento e a informação que essas mulheres vêm recebendo. Com muita informação chegando a essas mulheres no sentido de identificar se aquele relacionamento está inserido num contexto de violência, é natural que com a informação e também com a coragem ao ver autores sendo presos por práticas de crimes semelhantes, elas tendem a procurar a delegacia com mais frequência, elas tendem a acreditar no sistema de justiça, acreditar que vai existir uma consequência para aquele crime do qual elas foram vítimas. Então, o nosso objetivo aumentando o número de prisões é também fazer com que mais mulheres denunciem, com que mais mulheres não se calem diante de uma violência sofrida e nós vamos sempre enveredar todos os esforços necessários no sentido de dar uma resposta rápida a essas vítimas de violência”, explicou. (I.S.)
Diante desses frequentes casos de violência contra o gênero feminino, é preciso um trabalho para além de prisões para que seja possível oferecer um apoio para essas vítimas, assim como um trabalho de educação sexual para as jovens. Na última terça-feira (14), a delegada da Deam ministrou uma palestra na escola municipal Maria Lúcia, no Turfe Clube, buscando falar sobre a prevenção do abuso sexual infantil. E, na Prefeitura de Campos, diversas redes de apoio e equipamentos são oferecidas para essas vítimas, como por exemplo, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam – Mercedes Baptista).
Diante desses frequentes casos de violência contra o gênero feminino, é preciso um trabalho para além de prisões para que seja possível oferecer um apoio para essas vítimas, assim como um trabalho de educação sexual para as jovens. Na última terça-feira (14), a delegada da Deam ministrou uma palestra na escola municipal Maria Lúcia, no Turfe Clube, buscando falar sobre a prevenção do abuso sexual infantil. E, na Prefeitura de Campos, diversas redes de apoio e equipamentos são oferecidas para essas vítimas, como por exemplo, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam – Mercedes Baptista).
De acordo com a Prefeitura, o Centro faz parte da Subsecretaria de Políticas para Mulheres e é composto por uma equipe multidisciplinar. “A atuação da Subsecretaria e Ceam conta com atendimento que prioriza a escuta ativa, busca evitar novos traumas e se concentram sistematicamente na segurança, bem-estar e direitos da mulher vítima de violência, para que elas possam alcançar a realização de um projeto de vida autônomo e livre de qualquer tipo de violência”, diz a nota.
Dentre as políticas públicas pensadas pela pasta para além do Ceam, também existe um fluxo de atendimento junto à Defensoria Pública e Deam para que mulheres não sejam revitimizadas, além de cursos de capacitação em parceria com IFF e Faetec com o objetivo de ajudar vítima a conquistar uma autonomia financeira e se reinserir no mercado de trabalho, para que seja possível sair da dependência econômica do agressor.
Também são oferecidos pela Prefeitura: grupo reflexivo mensal para essas mulheres; elaboração de currículo e aproximação junto aos órgãos de RH e CDL para melhor colocação delas no mercado de trabalho; criação da Sala Lilás (junto ao IML) com o intuito de garantir um atendimento humanizado à mulher vítima de violência doméstica, com espaço particular e equipe multidisciplinar. A criação da lei municipal que instituiu o Protocolo Mulher Segura para bares e restaurantes protegerem a mulher em situação de violência e proposta de lei que cria a ronda Maria da Penha também são propostas pensadas pela subsecretaria.
Também são oferecidos pela Prefeitura: grupo reflexivo mensal para essas mulheres; elaboração de currículo e aproximação junto aos órgãos de RH e CDL para melhor colocação delas no mercado de trabalho; criação da Sala Lilás (junto ao IML) com o intuito de garantir um atendimento humanizado à mulher vítima de violência doméstica, com espaço particular e equipe multidisciplinar. A criação da lei municipal que instituiu o Protocolo Mulher Segura para bares e restaurantes protegerem a mulher em situação de violência e proposta de lei que cria a ronda Maria da Penha também são propostas pensadas pela subsecretaria.
Além da Prefeitura e todo o trabalho que tem realizado para com essas mulheres, ainda existem os coletivos, organizações não-governamentais, como o Nós Por Nós e Grupo Mulheres do Brasil de Campos, que buscam trazer informação, defesa e apoio às vítimas. (I.S)