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Pela primeira vez na história da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), juristas negros tiveram uma noite de homenagens. O momento de reconhecimento às suas contribuições para a Advocacia e para o Brasil ocorreu nessa terça-feira (14), no auditório da 12ª Subseção, durante o evento “136 Anos de Resistência - Luiz Gama e Esperança e Garcia” - um projeto idealizado pelas advogadas Carolina Ramos e Erica Barreto, presidentes da Comissão da Igualdade Racial e do Coletivo Mulheres Negras do Direito, respectivamente.

Compondo a mesa de abertura, além das advogadas Carolina Ramos e Erica Barreto, estavam o presidente da Subseção Filipe Estefan, o presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários Adilson Lucas, o advogado e professor Jorge de Assis e a advogada e professora Maria Amélia Belisario. A noite contou, ainda, com apresentação do cantor e compositor João Damásio.

—Muitos abolicionistas tiveram nomes apagados da história do nosso país, tirando qualquer tipo de protagonismo negro diante do feito da abolição da escravatura, nomes como: Esperança Garcia, Luiz Gama, André Rebouças, José do Patrocínio. Com o evento de hoje, nós buscamos resgatar esses nomes, essa luta, trazendo alguns nomes que representam a continuidade da luta de nossos ancestrais, mostrando que somos parte dessa luta, que ocuparmos os espaços que ocupamos hoje significa dizer que somos o sonho de quem um dia vivenciou e lutou tão bravamente e pagou um alto preço para que hoje nós pudéssemos falar e nos tornar instrumento da justiça – destacou Carolina, primeira mulher à frente da Comissão de Igualdade Racial.

Erica Barreto lembrou a importância do momento, mas, também, a necessidade de avançar cada vez mais para que muitos outros nomes de pessoas pretas passem a estar em locais de relevância.

Presidente da 12ª Subseção da OAB, Filipe Estefan ressaltou que as homenagens era mais do que justas, mas necessárias diante de tão relevantes contribuições dos juristas para a sociedade.