Com mais de 4 mil casos de dengue, o município de Campos investiga a primeira morte suspeita da doença em 2024. O pastor evangélico Elizeu Souza, de 64 anos, morreu nesse sábado (16), no Hospital São José, na Baixada Campista, horas após dar entrada na unidade. A secretaria municipal de Saúde informou que iniciou as investigações sobre o óbito e encaminhou amostras para exames ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ). A pasta ainda esclareceu que, até o momento, não há nenhuma morte por dengue confirmada no município.

De acordo com a atualização dos casos de dengue e outras arboviroses registrados até a 11ª Semana Epidemiológica de 2024, de janeiro a 16 de março, Campos tem 4.441 notificações para dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico e 117 de chikungunya. Não há registro de zika.
Na estratificação mensal, foram 838 casos de dengue em janeiro; 2.413 em fevereiro e, em março, até o momento, 1.190. De chikungunya foram 46 casos em janeiro, 48 em fevereiro e 26 em março.

Em epidemia pela doença desde o dia 1º de março, em virtude do aumento contínuo do número de notificações da doença, foram estabelecidas novas medidas de enfrentamento e combate à dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Nesta quarta-feira (20), será realizada a segunda reunião do Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses. As reuniões acontecem quinzenalmente, sempre às quartas-feiras, às 9h, com transmissão on-line.

Estado - O número de casos prováveis de dengue no estado do Rio de Janeiro está mais de dez vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano. O nível 3 de enfrentamento à doença, o mais alto determinado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), representa emergência em saúde pública.
Segundo o painel que monitora casos no estado, são 145.111 registros prováveis até 19 de março. Desses, 3.981 precisaram de internação. Foram confirmadas 48 mortes.