Secretaria de Esportes de SFI repudia ato de racismo durante campeonato municipal
09/09/2024 15:49 - Atualizado em 09/09/2024 15:49
Reprodução de vídeo
A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Francisco de Itabapoana e o Esporte Clube Guaxindiba emitiram notas de repúdio contra um ato de racismo ocorrido durante uma partida do Campeonato Municipal de Futebol 2024, no estádio Cenilton Guedes, em São Francisco do Itabapoana. O episódio aconteceu no domingo (8), quando um torcedor não identificado, presente na torcida do time do Esporte Clube Buena, insultou um jogador da equipe adversária de Guaxindiba, chamando o jogador de "macaco".

Em nota oficial, a Secretaria de Esportes expressou profunda tristeza e indignação, ressaltando que, apesar de mais de 136 anos após a Abolição da Escravatura no Brasil, o racismo continua presente de forma explícita, inclusive no esporte municipal. O órgão municipal prestou solidariedade ao jogador de Guaxindiba.
"A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Francisco de Itabapoana repudia veementemente os atos de racismo de um torcedor não identificado, que estava na torcida do time de Buena, discriminando um atleta do time adversário de Guaxindiba, chamando-o de "macaco", durante partida pelo Campeonato Municipal de Futebol 2024. O incidente ocorreu no domingo (8), sendo prestado apoio e solidariedade à equipe de Guaxindiba, em especial à vítima dos insultos racistas", finalizou.
O Esporte Clube Guaxindiba também se manifestou, lamentando o ocorrido e destacando que o atleta Luquinhas foi vítima de um crime racial no durante a partida contra o Esporte Clube Buena. O clube reafirmou que racismo é crime e mencionou a Lei Nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor.

"O Esporte Clube Guaxindiba repudia qualquer ato de injúria racial ou preconceito. Lamentamos profundamente que em pleno século XXI existam tantas situações de racismo dentro e fora das atividades esportivas, bem como a falta de resposta imediata das autoridades competentes para coibir tais atos", disse a nota.
O clube ainda reforçou que dará todo apoio judicial ao atleta. "Infelizmente o que o nosso atleta ouviu não vai se apagar. Infelizmente não podemos voltar no tempo para que ele não passe por isso. Mas podemos cobrar um posicionamento da entidade responsável pelo Campeonato e dos árbitros da partida para que isso não se repita", finalizou.

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