Projeto para alterar clima em semiárido é virada de chave, assegura Wladimir
Dora Paula Paes - Atualizado em 26/08/2023 10:43
Reprodução rede social
 
A alteração da classificação climática das regiões Norte e Noroeste Fluminense para clima semiárido é mais do que um sonho político que seria possível. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, afirma que é “virada de chave para o agronegócio da região”. Até o ano passado, a pauta estava na Câmara dos Deputados. Agora, está no Senado. Em Brasília, Wladimir foi até aos senadores Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho pedir a retomada da discussão acerca da PL 1.440/19.

O projeto quando estava na Câmara dos Deputados foi de autoria de Wladimir enquanto deputado. Sua irmã, a ex-deputada Clarissa Garotinho e o ex-deputado Felício Laterça também abraçaram a causa. Os municípios fluminenses classificados como clima semiárido têm possibilidades, muito importantes, para conseguir crédito com juros baixos para desenvolvimento de atividades produtivas locais. Outra vantagem alocada, trata-se de aporte no fundo de recursos nos governos federal,estadual e municipal.
Na região Norte nove municípios serão beneficiados. Já na Noroeste Fluminense serão 13 contemplados, de acordo com o projeto inicial. “Essa medida é a virada de chave para o agronegócio de toda a região, sendo uma pauta suprapartidária de grande relevância para uma região que tem a agropecuária como vetor de desenvolvimento”, comentou Wladimir.

Ao destacar a luta dos municípios do interior do Rio para a aprovação desse projeto de lei, o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca de Campos, Almy Júnior, ressalta: “O clima complicado de nossa região gera diversos problemas e insegurança em relação ao processo produtivo. O prefeito, quando deputado, construiu uma proposta para viabilizar amparo aos produtores de forma a amenizar prejuízos sofridos em razão do clima, uma espécie de seguro que facilita acesso a crédito, um seguro agrícola fundamental paras que os agricultores tenham menos riscos diante do desequilíbrio climático cada vez mais intenso em toda a região e tenham segurança para investir e desenvolver a agricultura, o agronegócio. Acreditamos que o Senado entenderá a importância do tema e o projeto voltará a ser discutido e aprovado”.

Presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), em Campos, e vice-presidente daFederação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Tito Inojosa, é esperançoso de que a região possa receber a classificação. “AFleplana apoia. Já estivemos com a senadora Tereza Cristina Dias, ministra da Agricultura, e com o senador Portinho, pedindo. Agora, nada melhor do que o prefeito de Campos, que é o grande líderpolíticonosso, esteja à frente”, disse ele.

Mesmo não estando na região semiárida brasileira, os municípios do interior fluminense apresentam característicasmuito similares, principalmente, com índice pluviométrico baixo. A grande estiagem de 2017 sempre é lembrada para reforçar a necessidade do projeto. Na ocasião, mais de 20 mil cabeças de gado morreram,avolumandoum prejuízo de R$ 70 milhões, quando 14 municípios decretaram situação de emergência.

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