Suspense no palco com 'A inocência dos mortos'
Dora Paula Paes - Atualizado em 10/08/2024 08:49
Divulgação/Patrícia Bueno
O espetáculo “A inocência dos mortos”, adaptação teatral homônima do romance de Adriano Moura, chega às últimas apresentações no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos. Em cartaz neste sábado (10) e domingo (11), às 20h, a trama se desenvolve em bairros e ruas de Campos dos Goytacazes, fazendo com que o espectador da cidade se identifique muito com lugares e personagens. E, segundo Moura, o que tem levado o público a um grande processo de identificação.
- Estamos bem animados para o último fim de semana da temporada no Teatro de Bolso. O público tem recebido bem o espetáculo principalmente pela identificação com o ambiente da cidade - revela Adriano, que ainda dirige o drama no palco.
Adriano Moura tambémé autor de “O julgamento de Lúcifer”, “Meu nome é Cícero” e “Invisíveis”, obras que também já ganharam versões para o palco, com a atuação do ator Lucas Machado, que brilha em “A inocência dos mortos”.“Quem leu o livro assiste a uma outra história que, embora tenha origem na obra, possui independência narrativa e com um final diferente. A expectativa sempreé que o espectador se emocione, se revolte, se alegre e, sobretudo, reflita”, destaca Moura.
Na história, um escritor retorna à sua cidade de origem, Campos dos Goytacazes, depois de 20 anos, a fim de ficar próximo da família durante a pandemia de Covid-19. Ao saber da morte misteriosa de um antigo amigo por LGBTfobia e, de posse de um diário escrito por ele, Antônio Prustiano resolve fazer uma investigação para a escrita de um nova peça que mistura suspense, memórias e episódios da história de um país que tenta se reconfigurar e enfrentar seus fantasmas.
No espetáculo - Lucas Machado vive diferentes personagens, desde o escritor investigador, o assassino e a vítima. Tanto o autor, quanto o ator enfatizam que o Brasil é um dos países que mais mata pessoas LGBT. E todo o grupo responsável pela montagem comunga de que além de entretenimento, o teatro nos faça pensar sobre a questão.
“Estou honrado de poder contar essa história. É sem dúvidas o maior desafio da minha carreira. Trabalhar com Adriano diretamente está sendo incrível, pois eu sempre o admirei pelos textos que escreve”, diz o ator.
De acordo com ele, o espetáculo promete um misto de sensações.Principalmente, portratar de temas muitos sensíveis. “Algumas cenas geram desconfortos, pois colocam o espectador no lugar do personagem, os fazendo sentir a dor dele”, entrega.
Divulgação/Patrícia Bueno

O ator Lucas Machado é campista e faz teatro há 10 anos. Além de ator, é também dramaturgo e diretor. “Meus trabalhos mais recentes são ‘O Julgamento de Lúcifer’, no qual interpretei o protagonista Lúcifer, ‘Anti Amor’ na qual interpretei o personagem Fred. Além de atuar, também escrevi essa. Atuei no curta-metragem “Muitas Coisas Mudam” com o personagem Fernando. Em 2023 escrevi e dirigi o espetáculo “A Última Festa”.
Equipe - A trilha sonora original da peça é de Gabriel Araújo, iluminação de Marcos Almeida, figurino de Ingrid Ribeiro, assistência de direção de Daniel Azeredo e preparação corporal de Vitor Belém.

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