Campistas lançam e divulgam livros na Bienal do Rio
Matheus Berriel - Atualizado em 06/09/2023 11:09
Vicente Rangel, Carlos Eduardo Gonçalves Wekid e Ana Souza
Vicente Rangel, Carlos Eduardo Gonçalves Wekid e Ana Souza / Fotos: Divulgação
Celebrando os 40 anos da sua primeira edição, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro está sendo realizada desde a última sexta-feira (1º) e vai até o próximo domingo (10), no Riocentro. Entre os mais de 300 autores brasileiros e estrangeiros prestigiados, há escritores campistas. Pelo menos três deles estão na programação: Carlos Eduardo Gonçalves Wekid, que lançou no último sábado (2) o seu livro “Preso pela carne e pela alma”; Ana Souza, que divulgará neste sábado (9) a obra “Aventuras femininas na planície goitacá”, com boa recepção em Campos desde o ano passado; e Vicente Rangel, cujo livro “As artes do daimon — à procura de uma poética perdida” está sendo relançado durante todo o evento.
Oficialmente lançado no último dia 3 de junho, na Casa de Cultura Villa Maria, em Campos, o livro “As artes do daimon — à procura de uma poética perdida” traz um estudo da chamada “inspiração artística”. Publicada pela Autografia, a obra está sendo apresentada na Bienal do Rio no estande da editora (S17), situado no Pavilhão Verde.
— O livro é resultado de uma tese acadêmica que produzi como requisito para a conclusão do curso de doutorado em Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), modalidade poética, que trata da criação de obras literárias e artísticas — explica o professor e escritor Vicente Rangel. — Trata-se de um estudo sobre a inspiração como elemento detonador da criação de certas obras de arte, fator também conhecido, desde a antiguidade, pelo nome de “daimon”, o mesmo do misterioso conselheiro do filósofo Sócrates — complementa o autor.
Devido a compromissos pessoais, Vicente ainda não compareceu à Bienal, mas pretende marcar presença nesta sexta-feira (8). Uma das novidades da Autografia em 2023, seu livro ficará disponível durante todos os dias da grande feira. “Todas as notícias dão conta de que a receptividade da Bienal está sendo mais que excelente”, comenta.
A expectativa é de que, durante os 10 dias da Bienal, cerca de 600 mil pessoas passem pelo Riocentro. A grande movimentação já pôde ser notada no primeiro fim de semana, inclusive no sábado, quando o petroleiro e escritor campista Carlos Eduardo Gonçalves Wekid lançou “Preso pela carne e pela alma”. Narrando a história de João, o livro retrata aspectos da vida e da cultura no sertão brasileiro.
— Sonhava escrever uma bela história, transformá-la em livro e lançá-lo em uma Bienal. Finalmente, realizei o sonho — publicou Carlos Eduardo nas redes sociais, referindo-se ao lançamento no estande da Casa Editorial.
Na última segunda-feira (9), “Preso pela carne e pela alma” também foi apresentado em uma tarde de autógrafos no foyer da Câmara Municipal de Campos. Já no próximo dia 23, será divulgado em evento na sede da Academia Campista de Letras (ACL).
Muito prestigiada na 11ª Bienal de Campos, no ano passado, a estudante e escritora Ana Souza também vai representar Campos na Bienal do Rio. Atualmente com 18 anos, ela foi convidada pela editora Fábrica do Livro para divulgar ao público carioca e aos visitantes o seu livro “Aventuras femininas na planície goitacá”, lançado quando tinha 16. Com divulgação marcada para este sábado, no estande T26 do Pavilhão Verde, a obra aborda a importância de personagens como as heroínas campistas Benta Pereira e Mariana Barreto; a “Rainha da Bondade”, Finazinha Queiroz; a dançarina Mercedes Baptista, primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, entre outras.

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