Palpites que mudaram manchetes de O Globo
Saulo Pessanha - Atualizado em 16/06/2024 12:52
Milton Coelho da Graça, jornalista, morreu aos 90 anos, vítima de Covid-19. Carioca, ele se formou em Economia e Direito, mas seguiu a sua paixão e optou pelo jornalismo.
A carreira foi iniciada no "Diário Carioca". Mas Milton passou por "Última Hora" e "O Globo", além de revistas como "Isto É", "Quatro Rodas", "Placar" e "Playboy".
Milton Coelho da Graça era um contador de histórias. Muitas envolvendo ele próprio. Confiram uma delas:
"Em 1982 eu era editor-chefe de O Globo e quando chegava às 20h começava a preparar a 1ª página. Nesse momento, um contínuo do jornal, apelidado de Cigarrinho — um mulato alto, magricela, sempre com um cigarro no canto da boca — chegava sorrateiramente à minha sala.
Tomava cuidado para não incomodar e ficava recostado à parede, atrás de mim, vendo o que eu fazia.
Quando eu terminava de fazer a manchete ele delicadamente, algumas vezes, me interrompia e dizia:
— Seu Milton! Essa manchete não vai vender lá na Baixada. O povo de lá não vai entender nada disso.
Por conta das peruadas do contínuo já mudei manchetes".

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