ARTIGO NINOBELLIENY/ O Desarmador de Bombas/ Uma das mais difíceis e perigosas especializações das esferas policial e militar, é a de concluir com sucesso o desarme de todo o tipo de artefato explosivo preparado para matar centenas e até milhares de vidas, do aparelho mais rudimentar ao sofisticado. Nem sempre o desmontador, por melhor que seja, obtém resultados positivos. E não há uma segunda chance. O profissional deve ter atributos raros, como frieza, calma, precisão, resistência, conhecimento técnico, foco e memória, ciente de uma enorme responsabilidade. Tirando o iminente perigo mortal de um explosivo real, na vida corporativa, política ou familiar, também existem pessoas-bomba e felizmente, os que nascem com o dom de desarmar bombas, bombas imprevisíveis ou feitas com antecedência para explodirem na exatidão do tic-tac de um relógio. O detonador só quer a demolição e a destruição das relações, instituições e propósitos, tudo em nome de frustrações pessoais, vingança ou chantagem, e na mente dele, não há nada a perder, qualquer resultante é lucro. Já o desmontador, é especialista em diálogo, negociação e pacificação, quer a manutenção do bem, e luta com paciência pelo resultado feliz. Algumas pessoas nascem com este dom, que não deve ser desperdiçado, indo trabalhar na diplomacia propriamente dita, nos negócios, na política e em qualquer parte onde existam necessidades ( sempre há) de alguém que ouça mais do que fale e fale somente o que realmente possa cumprir.  Aos poucos, mas valorosos desarmadores de bombas teóricas, praticamente mortais nas intenções egoísticas, ciumentas, invejosas e inseguras, este artigo é dedicado.