Uenf abre edital para elaboração de projeto de restauro do Solar do Colégio/Arquivo Público
Entre cobranças e muita burocracia, mais um passo foi dado no processo que visa à recuperação do Solar do Colégio, na localidade de Tócos, em Campos. Tutora dos R$ 20 milhões destinados pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para restaurar o prédio histórico, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) abriu na última quarta-feira (4) um edital para empresas de arquitetura e engenharia interessadas em elaborar o projeto executivo da obra. O valor de contratação está estimado em R$ 831.669,44.
De acordo com o edital, serão recebidas propostas até as 14h do próximo dia 19. A sessão de lances está marcada para a mesma data, às 15h, e a definição se dará pelo critério de menor preço global. As informações completas estão disponíveis no site da UENF.
Construído pelos jesuítas entre 1652 e 1690, o Solar do Colégio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1946. Foi desapropriado pelo Governo do Estado em 1977, sendo posteriormente doado à Prefeitura de Campos, que instalou no local o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, em 2001. Daí que a importância do solar não está apenas no fato de ser um dos prédios mais antigos do Norte Fluminense. Lá estão abrigados raros acervos documentais de toda a região, reféns da falta de manutenção e das chuvas, que costumeiramente molham o interior de cômodos do imóvel.
Há quase três anos, a responsabilidade pela restauração do Solar do Colégio foi assumida pela Uenf. Isso porque, em janeiro de 2022, a universidade recebeu R$ 30 milhões da Alerj para objetivos distintos. Deste recurso, R$ 8 milhões eram destinados à reforma da Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, cuja primeira etapa foi devidamente reinaugurada no último dia 29. Outros R$ 2 milhões ficaram para ações da própria universidade. Restou, então, a aplicação da maior parte do recurso — exatamente o que aguarda a sociedade campista.