Coma menos, viva mais e melhor!
Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde (NIH), EUA, publicaram anteontem um artigo com informações que comprovam o que nossos avós já diziam: nós comemos muito!
Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde (NIH), EUA, publicaram anteontem um artigo com informações que comprovam o que nossos avós já diziam: nós comemos muito!
O estudo, realizado em modelo animal durante dois anos, mostra que uma redução de apenas 12% na ingestão calórica total (principalmente em carboidratos), promove a ativação de genes que melhoram a expectativa de vida e ainda aumentam a massa muscular.
De acordo com Luigi Ferrucci, Ph.D., a redução na ingestão de fontes de energia “fáceis” como os carboidratos promove a ativação de genes associados à sobrevivência: "Essas vias genéticas ativadas promovem uma menor perda de massa muscular e óssea em animais idosos e os resultados parecem se repetir em humanos."
Na nossa humilde opinião, passamos por 160 mil anos de evolução recente (Homo sapiens pra cá), como caçadores e coletores, sendo que não se caçava com sucesso todos os dias. Os frutos não contavam com as técnicas de cultivo de hoje, de forma que tendiam a ser azedos (ou menos doces) e menos disponíveis para consumo frequente.
Em prazo curto, em termos evolutivos, começamos a dominar o cultivo de vegetais e a criação de animais, de forma que passamos a contar com muito mais facilidade na obtenção de alimentos... Daí para o exagero “foi um pulo”.
Um grande problema em específico foi a extração de carboidratos simples (açúcares) dos vegetais.
Na natureza, com raras exceções (ex: mel), é extremamente raro se encontrar esse tipo de carboidrato em abundância. O problema é que quando os ingerimos, o pâncreas “bomba” insulina na corrente sanguínea (o grande hormônio que produz gorduras, dentre outros vários efeitos). Já o sistema nervoso nos dá uma “recompensa” de serotonina, como se nosso cérebro dissesse: parabéns, você é um bom sobrevivente.
É fácil prever uma relação de vício com esses carboidratos: quanto mais ingerimos, mais dependentes ficamos desse mecanismo de recompensa...e vai a insulina armazenando gordura sob a pele e entre as vísceras...
Obviamente o nível de atividade física era muito maior do que os confortos modernos nos trazem, poluição, etc, mas que o tal de tirar açúcar das plantas foi bravo, isso foi.