José Francisco Rodrigues: Um ano difícil para a economia
José Francisco Rodrigues 07/08/2024 09:18 - Atualizado em 07/08/2024 09:20
José Francisco Rodrigues
José Francisco Rodrigues / Divulgação
Uma das datas mais simbólicas do calendário promocional do comércio acontece no próximo domingo, quando celebramos o Dia dos Pais. Certamente alguns segmentos serão contemplados com um aumento nas vendas, mas não na proporção que esperávamos no curso deste ano.
Não se trata de uma observação pessimista, mas também não podemos ser otimistas ao extremo de deixar de perceber que a economia não caminhou bem ao longo deste ano de 2024, para o qual nutríamos grande expectativas com a tão apregoada reforma tributária.
Estamos na reta final do ano, faltando apenas quatro meses para fazer o balanço, e já podemos adiantar que em 2024 a inadimplência em Campos, assim como no resto do país, aumentou. Tanto isso é fato, que a CDL está em tratativas com o Ministério Público Estadual e outros atores para promover um Feirão Limpa Nome em novembro.
O objetivo não é apenas recuperar o dinheiro que está nas ruas, os chamados recebíveis, mas fazer com que milhares de pessoas em Campos, com pendências ou restrições de crédito, voltem ao consumo, e que assim possamos fechar o ano, na maior data promocional do comércio, o Natal, em condições favoráveis.
Participei de um evento promovido pela Federação das CDLs do Estado do Rio de Janeiro, quando assisti a uma conferência do CEO da Alternata que nos resumiu os pontos mais relevantes da NRF Panorama Mundial do Varejo, a maior feira de varejos do mundo, que acontece anualmente na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.
O que foi nos relatado pelo CEO da Alternata, Ladmir Carvalho, que considero um especialista em futuro, é que o varejo e o comércio em geral têm aqui no Brasil que ter um olho na Inteligência Artificial (IA) e outro na reforma tributária, ainda longe de sua regulamentação.
Desde de que foi aprovada pelo Congresso, a Confederação dos Lojistas tem acompanhado as comissões parlamentares em Brasília onde acontecem essas regulamentações. Até agora, o que fica claro é que a reforma tributária está mais focada em ferramentas novas de arrecadação do que sua simplificação e desoneração, para que deixemos de ser o país com a maior carga tributária do planeta.
* Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos

ÚLTIMAS NOTÍCIAS