Felipe Manhães: A pujança dos nossos vizinhos capixabas em New York
O estado do Espírito Santo é o maior produtor de cacau, ovos, pimenta-do-reino, mamão, café conilon, gengibre, mármore e granito, do Brasil, além de maior exportador de pelotas de minério de ferro do mundo, e grande produtor de aço e celulose.
Possui um potencial turístico enorme, onde se pode ir do mar até a serra em poucos minutos, a exemplo do balneário mais famoso do estado, Guarapari, que dispensa comentários sobre a beleza única de suas praias, e que agora conta com pesados investimentos no distrito de Buenos Aires, que promete rivalizar com a Rota do Lagarto de Pedra Azul como refúgio de montanha com clima ameno e belos restaurantes, mas com acesso bem mais fácil.
O município de Linhares, por exemplo, tem o maior número de lagoas da América Latina, dentre elas, a maior em volume de água e a mais profunda do Brasil.
Vitória é considerada hoje a capital mais cara do Brasil e foi considerada pela ONU a segunda melhor cidade para se viver no país. Está entre as três capitais brasileiras com maior PIB per capita.
Esta semana, o estado se destaca em Nova Iorque com a presença do governador Renato Casagrande, que participa de fóruns empresariais como o Lide Brazil Investment Forum, realizado na última segunda-feira no Harvard Club, que reuniu empresários norte-americanos e brasileiros para gerar negócios e alavancar investimentos no Brasil e o “ES Day”, durante o Brazilian Regional Markets, organizado pela Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), além de outras agendas com vistas a atrair novos investimentos no estado.
Além disso, apresentou a empreendedores a concessão de seis parques naturais no estado, o que vai proporcionar mais opções de lazer aos capixabas e ampliar os atrativos turísticos para visitantes de fora, gerando empregos e movimentando a economia, com preservação ambiental.
Campos possui uma localização geográfica estratégica, não é à toa que a região foi escolhida pelo empresário Eike Batista para a construção do Porto do Açu. Estamos no meio dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, até mais pertos da capital capixaba do que da nossa.
É preciso todo o investimento público e privado possível em estradas, ferrovias, rede hoteleira e serviços para que a cidade possa aproveitar essa terceira onda de sorte que é agraciada, já que fomos os maiores produtores de cana-de-açúcar e petróleo do país e não aproveitamos como deveríamos. Agora, a logística é a bola da vez. Todos esses produtos capixabas e os produtos fluminenses precisam ser exportados por algum lugar, e esse caminho pode e deve passar por aqui.
Com as riquezas do nosso estado, somadas às oportunidades que o ES oferece e a posição do maior porto-indústria privado do país, podemos surfar nessa onda até diversos países, produzindo e exportando para o mundo.
*Felipe Manhães é advogado