Em São Fidélis, a nomeação do ex-prefeito Davi Loureiro para a secretaria de Governo pode estar ameaçada. No último dia 11, o presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Nelson Ferreira, protocolou uma representação contra o prefeito. O caso foi levado ao Ministério Público Estadual. O PEN pede exoneração imediata de Davi e que seja, também, proposta Ação de Improbidade Administrativa contra o prefeito Amarildo Alcântara, pela nomeação que é impedida por lei municipal.
O PEN usa como justificativa para a ação a Lei Municipal 1.315 de 14 de março de 2012 que veda a nomeação e contratação para cargo em comissão para a prefeitura de São Fidélis pessoas que encontram-se inelegíveis para condições de candidatura por atos de improbidade administrativa. Esse seria o caso do atual secretário Davi Loureiro, condenado por improbidade administrativa no processo 0000949-84.2007.8.19.0051. Ele está inelegível até 2020.
— Existe a Lei Municipal que proíbe que pessoa que esteja inelegível assuma cargo na prefeitura. Não estão respeitando a lei, em virtude disso o PEN, achado que deveria tomar uma posição, entrou com essa ação. A lei tem que valer para todos. Entendemos que a nomeação de Davi Loureiro fere a lei — disse Nelson Ferreira, ressaltando que espera o afastamento dele do cargo e a improbidade administrativa do prefeito porque ele feriu a lei.
Até o fechamento desta edição, a assessoria da prefeitura de São Fidélis não respondeu a demanda da Folha sobre o assunto.
Na secretaria de Governo, Davi Loureiro está sendo considerado um “super secretário”, com poderes concedidos pelo prefeito Amarildo. Davi, inclusive, tem sido o porta voz oficial sobre os problemas encontrados neste início de governo. “Isso demonstra a importância que a experiência do ex-prefeito Davi Loureiro vai ser muito aproveitada pela gestão que se inicia”, chegou a responder a assessoria de São Fidélis, na semana passada, quando questionada sobre o papel do ex-prefeito no atual governo.