A escolha do próximo presidente do Senado, em fevereiro, poderá ser definida por suplentes na Casa. Dezesseis dos atuais 81 senadores da República (19,75%) não são os titulares eleitos para ocupar cadeiras no Senado e são rostos desconhecidos dos próprios eleitores. Entre os motivos que levaram os substitutos à Casa estão falecimento, cassação e licença do titular.
Se existisse uma “bancada de suplentes”, seria a segunda maior do Senado, perdendo apenas para o PMDB, que tem 19 senadores. O grupo de substitutos é mais numeroso do que as segunda e terceira maiores bancadas da Casa: PSDB (12 parlamentares) e PT (10).
Se o quadro permanecer assim até fevereiro, os substitutos participarão da importante votação que vai escolher o presidente da Casa pelos próximos dois anos, prevista para o dia 1º de fevereiro.
Cada chapa eleita no Senado é composta por um titular e dois suplentes. Tradicionalmente, os substitutos são empresários, donos de grandes patrimônios, que financiam a campanha do senador que encabeça a chapa.
É o caso de Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que assumiu em definitivo o mandato após a morte de João Ribeiro (PR) em 2013, e Wilder Morais (PP-GO), que entrou no lugar do cassado Demóstenes Torres (ex-DEM).
Com a renúncia de Marcello Crivella (PRB), que assumiu a prefeitura do Rio de Janeiro no começo do ano, Eduardo Lopes (PRB-RJ) passou a ser o terceiro da bancada fluminense no Senado. (A.N.)